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A autora Sarah Rees Brennan, que escreve “As Crônicas de Bane” ao lado de Cassandra Clare e Maureen Johnson, deu uma entrevista revelando vários fatos curiosos sobre Magnus Bane, como foi escrever todos esses contos ao lado de Cassie e Maureen, entre outros relatos que você confere a seguir.

A série líder de vendas de Cassandra Clare, Instrumentos Mortais, gerou não só uma trilogia predecessora e um filme, mas uma coleção de subprodutos de ebooks de pequenas histórias, As Crônicas de Bane, sobre um dos personagens mais populares nas séries, o feiticeiro bissexual e asiático Magnus Bane. Co-escrito com Co-conspiradores Sarah Rees Brennan (Untold) e Maureen Johnson (The Madness Underneath), as séries de 10 contos conectados foi lançada em abril de 2013 pela Margaret K. McElderry Books.

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A capa de cada história de “As Crônicas de Bane” é um pedaço de um quebra-cabeças que forma uma grande imagem de Magnus Bane.

Lançadas mensalmente, cada história aborda um capítulo diferente nos longos séculos de existencia de Magnus Bane. Com dez partes planejadas, Clare está as escrevendo alternadamente com Rees Brennan e Johnson, embora a oitava história, “The Course of True Love (And First Dates),” que reconta o primeiro encontro de Magnus com o Caçador de Sombras Alec Lightwood, será escrita somente por Clare. As outras histórias levam Magnus à Peru, Paris durante a Revolução Francesa, e Londres e Nova Iorque em vários momentos.

Mais cedo neste verão, Sarah Rees Brennan respondeu algumas das minhas questões sobre Magnus e suas crônicas.

Eu entendo que muito de As Crônicas de Bane foi idealizado enquanto vocês três jogavam conversa fora (quero dizer, ESCREVENDO) em um retiro de escrita na França. Mas normalmente, vocês três não estão escrevendo no mesmo lugar. Como a sua colaboração nessas histórias funciona? Uma pessoa envia um rascunho à outra, e vocês trocam comentários? Vocês reescrevem umas as outras?

Sarah Rees Brennan: Nós fazemos todas essas coisas — enviamos comentários, rascunhos, reescrevemos tudo de novo! Cada história é bem diferente. E cada história é escrita de uma maneira distinta, dependendo de quem teve a ideia original, quem teve a ideia de aperfeiçoamento, quem estava mais familiarizada com aquele período da história. Tipo, Maureeen vive em Nova Iorque e tem mais de um ano, então ela tem sido ótima com a história de Nova Iorque em três das nossas histórias agora. Cassie escreveu uma trama romantica (entre um vampiro e um lobisomen) em “Vampires, Scones and Edmund Herondale” que eu nunca tinha pensado antes.

Algumas delas são escritas pessoalmente. Cassie e eu escrevemos “The Midnight Heir” enquanto estávamos no ônibus de turnê de Cassie: uma de nós escreveria, e a outra iria tirar um leve cochilo no ombro da escritora e quando ela acordasse ela veria que tinha mais história. Nós contávamos histórias para a outra sobre a história enquanto pegávamos chá no Starbucks e enquanto fazíamos a nossa maquiagem antes dos eventos.

Maureen e eu estávamos sentadas no sofá escrevendo “The Last Stand of the New York Institute” juntas na Inglaterra bem recentemente — Cassie estava sentada na nossa frente. Maureen tinha acabado de me entregar um reajuste de uma cena, e eu estava fazendo caretas daquele jeito que você faz quando percebe que fez algo estúpido, e aqui está a versão melhorada, você está brava e o seu coescritor/editor viu a bagunça que você não fez, e Maureen estava tipo ‘POR QUE VOCÊ TÁ FAZENDO ESSA CARA? VOCÊ ME ODEIA, NÉ?’ e eu estava tipo “Não, eu te amo. Não, é só que normalmente você não está aqui para me ver fazer essa cara!”

Mais tarde nós fomos à praia e eu escrevi ‘EU TE AMO MAUREEN’ na areia, mas um cachorro andou no meio da mensagem antes dela ver, e depois uma gaivota cagou no meu cabelo.

… Possivelmente, ficar separada às vezes não é tao ruim.

Muitos romances juvenis parecem ser sobre encontrar o seu verdadeiro amor que dura pra sempre — mesmo se os personagens principais forem adolescentes. E Magnus Bane é muitos anos mais velho e imortal, o que significa que ele teve a oportunidade de se apaixonar diversas vezes. Como você acha que Magnus se sente quanto à romantica ideia de único e eterno amor?

Eu acho que Magnus aprendeu que muitas coisas são eternas.

Amor é tão assustador — as incertezas se é correspondido, como o amor pode ser criado, porque ninguém ama ninguém, o sentimento de que não merecemos o amor. Eu entendo de onde vem o ideal de único e verdadeiro amor. Eu acho que nós temos a ideia de verdadeiro amor porque perdê-lo é são assustador, porque nós queremos acreditar que uma vez que o milagre do amor acontece, ele permanece.

Mas, é claro, amor por toda vida, ter um único amor, acontece com alguns de nós, e nós não vivemos pra sempre. Alguém que vive, teria que ser muito mais cuidadoso do que o resto de nós do quão fácil é perder o amor. E, ainda assim, Magnus se mantém esperançoso: ele mantém a sua grande crença no amor.

Ele acha que o amor é lindo: ele acha que os humanos são lindos. Todas as suas ações — ele é um tipo de pessoa essencialmente gentil, ele se importa muito com muitas pessoas, e ele não para de se importar através dos anos — se baseiam nisso.

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Godfrey Gao como Magnus Bane no filme de Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos

As histórias acontecem ao longo de vários séculos e em culturas diferentes, ML: As histórias acontecem ao longo de vários séculos e em diferentes culturas, o que é uma tarefa bastante ambiciosa quando se trata de escrever contos! Tem sido interessante ver como você incorporou a fluidez sexual de Magnus (como eu chamaria) nestes contos. Você encontrou alguns desafios interessantes ao retratar a identidade dele nesses diferentes períodos e culturas?

Na verdade, eu não estava preparada para o tanto de pesquisa que teria que fazer: eu achei que seria muita, mas eu disse para mim mesma de que eu conhecia bem a história, e então me dei conta de que havia uma tonelada e eu estava em uma roubada. Minha casa agora está mergulhada em livros de história, livros escritos milhares de anos atrás porque não existem relatos contemporâneos. Tenho certeza de que não entendi muito bem. (Considerando que Maureen e Cassie dominavam a Revolução Francesa, wow!) Mas eu tive que pegar o máximo que eu pudesse, porque era imensamente importante: isso é história que não foi dita. A grande maioria dos programas de TV, filmes históricos e livros são sobre pessoas brancas e heterossexuais. Eu sou uma pessoa branca e heterossexual, e essa é a história que eu aprendi — a história que é contada para tantas pessoas, nos dando esta horrível e falsa ideia de como a história de fato aconteceu. Haviam equilíbrios a serem atingidos — a linguagem e os conceitos sexuais mudaram. Os tempos mudam, e as pessoas também (um casal adolescente da Inglaterra de 1870 não saberia como reconhecer ou discutir a fluidez sexual do Magnus, mas eles estão cientes e confortáveis o suficiente com a sexualidade de Magnus para conversar sobre isso com ele no momento em que é 1903 em “The Midnight Heir”). Eu tenho certeza de que poderia ter feito melhor, mas é muito importante para todos nós fazer o melhor que pudermos.

Aqui está um cara bissexual de cor, e seus contos (disponível somente online, oh meu deus, admirável mundo novo em que vivemos) estão na lista dos mais vendidos, superando muitos livros nas prateleiras . Jesse Williams vai ler para você uma história antes de dormir sobre Magnus! (Ele também mencionou que gostava de Magnus e da história, e eu tive que me sentar.) É algo que seria inacreditável mesmo em um punhado de anos atrás: eu teria amado ver histórias como essa para adolescentes, histórias de aventuras fantásticas sobre um personagem como esse, no mainstream, quando eu era adolescente. Estou tão feliz que eles existem agora. Magnus é o personagem de Cassie, é claro, e essa resposta esmagadora para ele, é devido a ela, e também devido aos leitores que o adotaram — que estão exibindo uma demanda e um desejo de ver personagens como ele. Eu estou muito honrada de fazer parte disso, e também sinto que devo isso aos leitores e fazer o meu melhor para não decepcioná-los.

Então agora eu tenho todos esses livros de história, alguns deles são coisas revoltantes sobre as glórias da conquista e colonização, e também recebi um email de uma senhora me xingando por assistir os vídeos da família dela em suas férias no Peru, que ela carregou para mostrar para a sua tia. ‘Eles têm quatro anos de idade,’ disse ela. ‘POR QUE VOCÊ OS ASSISTIU COM TANTA FREQUÊNCIA?’

A maioria das histórias de As Crônicas de Bane se passam antes de Os Instrumentos Mortais, mas as últimas envolvem Alec, e a última é sugestivamente intitulada “The Last Stand of the New York Institute.” (O Confronto Final no Instituto de Nova Iorque) Onde esse se passa?

Bem, há personagens de TMI nele…

É engraçado ter algumas histórias com Alec! Alec é o maior interesse amoroso de Magnus (seu único e verdadeiro interesse amoroso nos livros de TMI, apesar dele “brincar” com uma dama vampira e um cavalheiro lobisomem nas séries históricas). Os leitores estão muito interessados neles como um casal — é algo do qual nós temos consciência, as qualidades que atraem Magnus a alguém. Ele tem vários outros interesses amorosos em As Crônicas de Bane, mas queríamos dar uma sensação de Magnus “fechando o círculo” — para ser a pessoa que os leitores conheceram em 2007, para fazer sentido como aquela pessoa, com as suas experiências passadas o iluminando.

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