18.09

Nos dias em que esteve aqui no Brasil, Cassie deu uma entrevista para a Capricho, onde ela falou sobre Thais(!!!), The Wicked Powers e mais. Nós separamos alguns trechos importantes pra vocês lerem aqui – e no final do post tem a matéria completa no site da Capricho!

Sobre mulheres fortes:

Há pelo menos 15 anos, Cassandra Clare criou seu próprio universo mágico e segue encantando leitores ao redor do mundo com ele. Ela, que é um dos maiores nomes da literatura fantástica, cada vez mais quer exaltar a força das personagens femininas.

“Uma das coisas que realmente considero importante para criar personagens femininas fortes é torná-las todas distintas, porque as mulheres são fortes de muitas maneiras diferentes”, afirmou a autora em entrevista exclusiva à CAPRICHO durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro deste ano.

(…)

Ela exemplificou isso através das singularidades de suas protagonistas, que contam com particularidades entre si, mas que não deixam de demonstrar poderes impressionantes. “Tessa é uma mulher forte que ama livros e é um pouco tímida enquanto Emma é extrovertida e completamente diferente, mas as duas são mulheres muito fortes.”

“Muitas vezes existe essa ideia, como em Hollywood, de que uma mulher forte é só de um tipo mas, na verdade, são todos os tipos de mulheres.”

Ao analisar também as semelhanças, a escritora compartilhou que o ponto em comum que estabeleceu para suas personagens principais está baseado em “lealdade, confiança e amor” nas relações que são mantidas no decorrer das narrativas. “Elas acreditam em si mesmas e nas pessoas ao seu redor. Elas amam seus amigos e sua família”, explicou.

Sobre Thais, a Caçadora de Sombras brasileira

Nos livros do universo dos Caçadores de Sombra, é comum encontrarmos diferentes cenários e personagens de vários lugares do mundo, como do Brasil. Para Cassie, isso reafirma a ideia de que qualquer pessoa poderia ser parte da história e, além do nosso país já ter sido visitado pelos protagonistas nas páginas do enredo, uma integrante brasileira está chegando em uma nova narrativa da autora.

A jovem Thais – nome escolhido, inclusive, com a ajuda do Idris Brasil, fã-clube brasileiro dos livros da escritora – será a melhor amiga de Dru no próximo lançamento de Clare, intitulado The Wicked Powers.

“Ela não está no Brasil porque está na Academia dos Caçadores de Sombras. Ela é colega de quarto da Dru. Juntas, elas se metem em muitos problemas. Thais sempre quer fazer coisas que não são permitidas, entrar na floresta e fazer uma festa com as fadas”, compartilhou.

“Elas são realmente boas amigas. Podemos esperar que a Thais não siga tanto as regras, mas ela é muito, muito leal”. Passear pelo Rio de Janeiro e conhecer fãs foi essencial para construir as características principais da personagem e também de ambientação, já que a Candelária foi oficialmente escolhida como o Instituto do Rio de Janeiro.

@capricho Estamos cada vez mais próximos de conhecer melhor a Thais, uma caçadora de sombras brasileira que estará nos livros de Cassandra Clare! Em entrevista à CH, a autora contou um pouco do que podemos esperar da nova personagem do universo shadowhunter. 👀 #cassandraclare #booktok #booktokbrasil ♬ Lemonade – Muspace

“Não existe uma pessoa que possa te dizer como alguém deve ser, mas quando você conhece umas 400 e todas elas têm algo para falar sobre a personagem, você começa a ver o padrão de quais são as coisas com as quais elas mais se importam”, ressaltou a escritora.

Ela aproveitou para revelar que sempre pergunta para amigos e fãs se o que está escrevendo está correto e de acordo com a realidade. “Sei que a Thais vai ser calorosa, carinhosa, expressiva, sempre abraçando as pessoas. Quer dizer, tenho certeza que há muitos brasileiros que não gostam de abraçar… [risos]”, brincou Cassie.

Sobre construção de vilões

“Tem uma morte ruim em The Wicked Powers. Estou preocupada com isso. É tudo que posso dizer”, antecipou Cassandra, entregando a alarmante notícia com risos nervosos.

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“Tenho que sempre me lembrar que ninguém é o vilão da própria história. Então, tenho que pensar: ‘Qual é a história deles sobre o que está acontecendo? O que Valentine acha que está fazendo? O que Sebastian acha que está fazendo? O que Malcolm Fade pensa que está fazendo?’”

“Se todos eles tivessem escrito suas próprias histórias, acho que encontraríamos coisas para simpatizar. Malcolm Fade diria que estava apaixonado por essa mulher e ela foi assassinada pelos Caçadores de Sombras. Agora tudo que quer é trazê-la de volta. Ok, isso não é insensível. O que é insensível é a quantidade de pessoas que ele mata para que isso aconteça”, pontuou ela, que também relembrou a morte de Max, sempre mencionada pelos fãs: “Foi muito triste. Foi o primeiro personagem que matei e deixou as pessoas muito chateadas.”

Sobre pontos de vista:

“Eu gosto de escrever múltiplos pontos de vista. É, sim, difícil. É um desafio porque você tem que lembrar que o ponto de vista de cada pessoa é diferente. Elas vão olhar para a mesma situação, mas vão pensar coisas muito diferentes de outra pessoa que está na mesma cena”, compartilhou sobre o processo de desenvolvimento de uma sequência que conta com mais de um narrador.

“Digamos que você esteja em uma festa em As Últimas Horas. Os pensamentos de Cordelia vão ser muito diferentes dos da Lucie. E também muito diferente do que James ou Alastair estão pensando. Então, toda vez que você inicia um novo ponto de vista, você está se reiniciando dentro daquele personagem”, explicou.

Por ter tantos personagens e diferentes pontos de vista, decidir sobre quem gostaria de escrever mais pode ser uma missão difícil mas ela dá destaque para Matthew Fairchild, de As Últimas Horas: “Ele teve uma jornada muito interessante e sinto que a história dele ainda não acabou.” Já ao refletir sobre a trajetória que mais se orgulha, Clare logo encontrou a resposta: “Eu tenho muito orgulho do Alec.”

“Quando escrevi o Alec foi porque, quando eu era mais jovem e lia livros de fantasia, meu melhor amigo, que é gay, sempre dizia: ‘Não tem ninguém como eu nos livros que gosto de ler, não há ninguém quem me identifique.’ Então, eu queria escrever um personagem com o qual alguém como ele pudesse se identificar”, disse Cassie.

“Tantas pessoas me procuraram para dizer que se identificam com Alec e, por isso, estou muito orgulhosa dele e de sua jornada”, destacou ela sobre o Lightwood – que também é namorado de Magnus, um personagem central do Mundo das Sombras e que está conectado com diferentes momentos e núcleos criados pela autora. Logo, ela percebeu que ele havia se tornado essencial em diversos pontos da história.

“É muito interessante porque eu não acho que sabia a jornada do Magnus quando comecei. Eu sabia que ele seria namorado do Alec, sabia que seria um feiticeiro e sabia que ele teria meio que uma relação complicada com os Caçadores de Sombras, que ele não confiaria neles completamente”, recordou a escritora sobre o início do Alto Feiticeiro do Brooklyn em Os Instrumentos Mortais.

Isso fez com que ele se tornasse uma referência, não só para os próprios personagens, mas também para os leitores: “Ele se tornou o centro moral do universo dos Caçadores de Sombras. É algo que apenas se desenvolveu com ele com o tempo.”

O Portador da Espada

Após passar tantos anos escrevendo sobre o Mundo das Sombras, Cassandra se prepara para lançar seu primeiro livro fora do universo já conhecido pelo leitor. Em O Portador da Espada, ela irá explorar cenários e personagens inéditos em uma Alta Fantasia adulta – que Holly Black a fez prometer que contaria com apenas dois pontos de vista.

“Holly brinca comigo o tempo todo porque meus livros são muito longos. Ela sempre diz: ‘Se você tiver apenas um ponto de vista, o livro será mais curto.’ E eu respondo: ‘Eu sei, mas gosto muito de escrever de pontos de vista diferentes’”, relatou a autora, que revelou ter tido um grande desafio ao descobrir como desenvolveria seu novo universo sem usar seu tradicional recurso.

“Eu continuava pensando: ‘Ah, mas se pudéssemos ver essa cena pelo ponto de vista do príncipe Conor, saberíamos o que ele estava pensando e seria muito diferente. Foi muito, muito desafiador. Então, comecei a perceber que há algo realmente interessante em ver alguém de fora. Você não sabe o que eles estão pensando. Então, de fato, com o príncipe da história, nunca vimos dentro de sua mente, só sabemos o que nossos dois personagens principais pensam que ele está pensando”, refletiu.

(…)

“O começo foi muito desafiador. Eu tinha que pensar no mundo de uma maneira totalmente diferente, é um tipo de linguagem diferente na fantasia, na Alta Fantasia, porque os personagens não podem saber nada”, contou Clare. “Eles não sabem nada sobre o nosso mundo, não conhecem telefones celulares, nada de eletrônicos, nenhuma gíria moderna”, adicionou a autora.

Mas, quanto mais compreendia o novo cenário, mais fácil ficava de se aprofundar em cada personalidade. “Muitas das coisas que são realmente difíceis no começo, são mais gratificantes no final. Então, eu realmente comecei a amá-la e sentir que eu conheço essa cidade da mesma forma como conheço Nova York ou como conheço Londres”, afirmou.

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