05.10

Cassie deu uma entrevista para o site “Paste Magazine” falando sobre “O Portador da Espada” e o que pode se esperar do livro. Vem ver a tradução completa aqui:

Leitores ávidos vão conhecer Cassandra Clare como a criadora do icônico mundo de adolescentes caçadores de demônios, também conhecidos como Shadowhunters. Desde 2007, as historias dela tem passado por vários séculos no meio de 20 livros, marcando quase duas décadas de personagens amados e mundos familiares. Mas a fantasia adulta de Cassie, O Portador da Espada, é uma clara indicação de que, as vezes, deixar a zona de conforto pode trazer coisas ótimas.

O Portador da Espada segue a história de Kel, um garoto salvo de um orfanato apenas para ter uma chance no emprego mais perigoso de todos: o papel de portador da espada do Príncipe Conor Aurelian, um duble físico que deve manter o príncipe vivo. Agora chegando aos 20 poucos anos, Kel está navegando as águas precárias do noivado iminente de Conor e o que isso significa para tênue natureza das alianças e politicas de Castellane. O mundo inteiro de Kel muda uma noite, quando ele é quase morto por um ataque que devia ser para Conor, o que o leva a conhecer Lin, uma jovem médica misteriosa e uma garota que pode conter traços da magia desaparecida do mundo deles.

Nós tivemos a oportunidade de falar com Cassandra para saber mais sobre a incursão dela nesse novo gênero – e em um novo mundo ficcional. Com uma escrita muito bem feita, um novo sistema de magia e personagens inesquecíveis, esse é um livro que vocês não querem perder.

Paste Magazine: O que foi mais animador para você sobre entrar em um mundo novo para “O Portador da Espada” depois de passar quase duas desadas criando e vivendo em outro?

Antes de escrever O Portador da Espada, eu estava um pouco assustada pela ideia de criar um mundo do começo. Parte do que eu gosto sobre o Universo Shadowhunter é levar magia ao nosso familiar e mundano mundo. Mas tem vezes onde o nosso mundo cria restrições, então foi animador sair dessa linha.

Com O Portador da Espada, eu amei escrever um novo mundo, um que tem ecos da nossa própria história, mas também uma personalidade de uma cultura bem distintas. Adoro viajar e, ao longo dos anos, as viagens que fiz e as novas culturas que experimentei formaram o mundo de Castellane. Eu estava sempre adicionando pequenos pedaços de ideias para aquele mundo fantasioso que estava crescendo, roubando daqui e dali como um pega*, e quando finalmente parei para escrever fiquei agradavelmente surpresa com o quanto já existia na minha cabeça!

* Pega é um tipo de pássaro, o nome em inglês é magpie.

E falando em passar tanto tempo em outros mundos – você achou, inicialmente, difícil não se deixar levar de volta para o Universo Shadowhunter?

De jeito nenhum – eu acho que eles ocupam espaços bem diferentes no meu cérebro. Dito isso, levou um tempo para eu conseguir colocar em ordem uma historia com personagens mais velhos. Os anos de adolescência são um período de mudanças e muitas coisas acontecem aos personagens nessa idade pela primeira vez – primeiro amor, primeira perda.

Como pessoas de 20 e poucos anos, Lin e Kel estão em lugares bem diferentes em suas vidas, cada um tendo experiências de vida e já se reconhecendo em seus lugares, por assim dizer. Mas conforme eu fui seguindo, foi divertido escrever sobre pessoas com diferentes perspectivas e problemas.

Você já escreveu tantos personagens já, e todos eles são únicos e tem nuances individuais. Eu não acho que seja um processo fácil, encontrar vozes que diferem para cada personagem – qual deles foi o mais difícil de escrever em O Portador da Espada?

De certa forma, Kel foi o mais difícil, porque ele é cercado por personagens bem intensos. Príncipe Conor é um bagunceiro, ele entra na pagina e a historia simplesmente acontece. Nos primeiros rascunhos, Kel estava correndo por aí, apagando a bagunça do príncipe todo tempo, e eu pensei: quem é esse cara? Quem ele era antes de ser levado para trabalhar para Conor? O que ele quer da vida? Ele sequer é feliz? Ele passa tanto tempo fingindo ser alguém que não é, que eu tive que afastar isso para conhecê-lo.

E, por outro lado, quem foi o mais fácil ou mais divertido de escrever?

Eu adorei escrever as brincadeiras entre o Rei Ragpicker e seu bando de capangas, e as ridículas conversas entre os amigos de Conor entre a nobreza. E eu amei escrever as cenas de Lin com seu avô, Mayesh. A evolução do relacionamento deles é uma das minhas coisas favoritas no livro.

Você fez algo, em particular, para entrar na cidade de Castellane e adiante, como uma playlist ou assistir certos filmes para ambientação? (E se for uma playlist, você poderia compartilhar uma ou duas musicas?)

Eu visitei o sudoeste da França, que é uma inspiração para a linguagem e a cultura de Castellane.

E eu faço playlists para todos os livros: a desse inclui “Everybody Knows” de Leonard Cohen, “Broken Crown” de Mumford and Sons, e “Best Friends” de Grandson.

Seus outros livros tem várias pesquisas e referencias literárias (da bíblia, é claro, assim como outras). Você fez uma pesquisa em alguma cultura ou mitologia em particular para O Portador da Espada?

Esse livro nasceu do meu desejo de escrever um livro de fantasia com a magia inspirada pela tradução Judia. Como uma pessoa Judia, eu cresci absorvendo muitas historias e tradições, mas como parte de viver a cultura mais do que estudar sobre ela. Foi divertido revisitar e reler sabedorias Talmúdicas e folclore Judaico e mitologia com um olhar para levar como base para ficção. Eu queria criar algo que pudesse ressoar com leitores Judeus, sem ser o Judaísmo mesmo. Se você está interessada em alguma recomendação, o livro “Tree of Souls: The Mythology of Judaism” de Howard Schwartz, é uma leitura particularmente divertida.

Eu notei que várias autoras de Jovem adulto (Victoria Aveyard, Leigh Bardugo) estão mudando para o mundo de fantasia adulta (e como alguém que acabou de passar por isso na vida real, eu estou super apoiando). Porque você sentiu que era hora de dar esse salto para a fantasia adulta agora, ao invés de mais tarde ou antes na sua carreira?

Eu estava amarrada no Universo Shadowhunter por tanto tempo, então não tinha muito espaço na minha mente (ou na minha agenda!) para outras histórias.

Mas quando eu comecei a pensar sobre acabar essa série, eu comecei a pensar sobre outros projetos que eu queria fazer. Eu já tinha escrito livros infantis com Holly Black (a série Magisterium), e eu sabia que queria um desafio diferente. Quando eu pensei em O Portador da Espada pela primeira vez, eu sabia que seria um livro adulto, embora certamente muitos jovens gostem de fanfarrões e intrigas palacianas.

E seguindo na mesma linha, você se vê continuando no gênero adulto no futuro? Ou você vai querer explorar outros gêneros além da fantasia?

Eu tenho planos de escrever outros livros adultos de fantasia, e outros livros de jovens adultos também. Eu ainda tenho que terminar o Universo Shadowhunter!

Fantasia é onde vive meu coração, mas talvez algum dia eu seja inspirada por algo totalmente diferente. O Portador da Espada é também parte do gênero de mistério e também de ficção histórica, então nunca se sabe se eu posso tentar um desses.

E para uma última, não séria, pergunta: onde é o lugar mais esquisito que você esteve enquanto escrevia O Portador da Espada?

Em um avião indo para a Inglaterra, passando por cima dos destroços do Titanic.

“O Portador da Espada” é o novo livro de Cassie Clare, que se passa completamente fora do mundo das sombras, em um mundo novo. E, ele está com data prevista para ser lançado aqui no Brasil, simultaneamente com os Estados Unidos, no dia 10 de outubro!

Ainda não temos uma pré-venda do livro em português, mas vocês podem garantir a edição em inglês AQUI

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