16.08

Cassie deu uma entrevista para “The Bookseller”! Vem ver tudo traduzido pela nossa equipe:

Cassandra Clare fala sobre sua primeira fantasia adulta, criação de mundos e intrigas politicas

Eu soube sobre Cassandra 10 anos atrás depois de devorar “Anjo Mecânico”, o primeiro livro da trilogia dela “As Peças Infernais”. Desde então ela escreveu mais seis séries, cinco que estão no universo Shadowhunter dela. Eu lembro da gente ter conversado no Zoom sobre o livro de fantasia adulto dela, depois de sete anos de pensamento. Clare, que geralmente fica nos Estados Unidos, está na chuvosa Somerset no feriado com a família, amigos e outros escritores quando nos falamos.

“Sword Catcher”, uma homenagem vivida e deliciosa para a alta fantasia, onde tem muitas conspirações e intrigas politicas, parece um retorno nostálgico para a trilogia de Robin Hobb “Saga do Assassino” com um toque distintamente moderno. Não é apenas o primeiro livro adulto de Cassie, mas é a primeira vez que ela construiu um mundo completamente novo, e aqui a criação de mundo é complexa e completamente convincente. Cassie não deixa pedra sobre pedra, levantando das páginas as torres imponentes, histórias e pessoas de Castellane, uma cidade no estilo medieval de extremo hedonismo e pobreza.

A cidade foi inspirada em uma viagem que ela fez com seu marido na qual “de um modo esquisito” seguia as partes da Estrada de Seda e na qual Cassie leu “City of Fortune” de Roger Crowley, uma examinação do poder náutico e de vendas de Veneza num período de 500 anos. “A ideia veio pra mim de escrever um livro de fantasia que se passasse em uma cidade imaginaria que ficasse perto das rotas de trocas marítimas e terrestres, que tirasse seu prazer todo basicamente de trocas.”

Politica é uma ferramenta, poder é uma ferramenta e magia é uma ferramente. Você decide o quão importante essas coisas serão no seu mundo.

Castellane é o coração das trocas e vendas da região, comercio é o sangue que corre em suas veias e é controlada pela aristocracia que cuidam de certas frotas. Em homenagem a natureza “super diversa” da Roma Antiga, Castellane é terra de inúmeras pessoas e culturas. “Eu não queria fazer algo monocultural”, explica Cassie quem, que antes colocou seus livros em lugares conhecidos como Londres, Nova York e Los Angeles, descreve que criar um mundo é “refrescante e difícil”. Ela continuou: “Você tem que lembrar do mundo todo. Porque tem que fazer sentido. Tem que parecer vivido no livro por essas pessoas e essas pessoas tem que ter relacionamentos que são realísticos. Eles tem que ter trabalhos que fazem sentido pra você e a economia tem que funcionar de um jeito que faça sentido também.”

Castellane é governada por uma monarquia, o único herdeiro é Príncipe Conor, um rapaz inocente, mas compassivo que é protegido por Kel, seu duble de corpo, que tem que imitar Conor em todos aspectos, desde seus maneirismos, jeito de falar e aparência até a forma que ele se posiciona em situação de perigo e colocar a vida do príncipe acima da dele. Quando alguém esfaqueia Kel, depois de confundir ele com Conor, o ritmo tedioso da vida na corte é interrompido, revelando segredos sombrios e a natureza podre da aristocracia. Lin, uma médica dotada Ashkar, é levada para curar Kel e, ao fazer isso, logo é puxada para as teias de enganos. Logo Lin e Kel se unem ao feitor de crime em Castellane – o Rei Ragpicker. Conforme os eventos atingem o ápice em um final emocionante, Kel e Lin devem provar quão longe eles vão para salvar aqueles que amam.

A historia e a cultura dos Ashkar “não é a historia dos Judeus, mas é retirada das mitologias judias”. Significa muito para Cassie, que é Judia, ver essa representação no livro onde a linguagem Ashkar contem algumas palavras em Hebreu, como em Sefer Refuot, um texto medico, então “vai ser ressonante para meus leitores que são Judeus. Eu queria que eles pudessem ler palavras como ‘sanhedrin’ e ‘shomrim’, quem vigia os muros, e reconhecer essas palavras e pensar ‘oh, certo, eu vejo isso, eu sinto isso’.” A experiencia dos Ashkar é “a mesma que pessoas diasporicas”, eles são tratados diferente em varias regiões do mundo, e “uma das experiencias dos Judeus sempre foi mudar de lugar em lugar quando esses lugares são mais amigáveis ou menos amigáveis”. Como tal, os Ashkar vivem divididos pelo continente em comunidades muradas dentro das cidades para proteger seu povo. Cassie homenageia essa necessidade de proteção com o “shomrim”, referindo aos guardas que protegem os muros. O termo também remete ao “vigilantes da noite”, uma frase lá de quando “os Judeus Romanos que criaram um sistema de vigiar a comunidade durante toda a noite para manter eles seguros”.

Eu estava interessada em uma abordagem mais moderna onde nós falamos muito sobre cidades, sobre trocas, sobre poder, sobre maquinações, deslealdade, traição.

Significativamente, na linha de “Game of Thrones” de George R. R. Martin, magia não existe como uma força imensamente poderosa no mundo de Cassandra. Os Ashkar, incluindo Lin, ainda possuem a habilidade de usar magica, conhecia como “gematry”, mas é “pouca magia”, primariamente usada com amuletos e outros objetos para ajudar com pequenas tarefas e curas. Foi uma decisão intencional criar um mundo “onde a magia estivesse quase acabando” para explorar o que poderia acontecer nesse vácuo de poder. “Nós estamos criando uma definição mais flexível de fantasia e a magia é menos transcendental”, disse Clare. “Politica é uma ferramenta, poder é uma ferramenta e magia é uma ferramenta. Você decide o quão importante essas coisas serão no seu mundo.” Mais uma praticidade do que uma força épica, o tratamento da magia em Sword Catcher é um exemplo de “como funciona a evolução do gênero de fantasia”, explica Clare. “Eu estava interessada em uma abordagem mais moderna, nós falamos muito sobre cidades, sobre trocas, sobre poder, sobre maquinações, deslealdade, traição. Eu quero que os personagens de aprofundem na historia, não na magia.”

Sendo o primeiro livro adulto de Cassie, Sword Catcher levanta questionamentos diferentes dos personagens em livros YA. Ao invés de ficar apodrecendo com suas experiencias adolescentes quando os personagens tentam descobrir quem eles são. Sword Catcher coloca a questão da responsabilidade e considera “em que parte da vida estão esses personagens. Não é uma questão gratuita – com violência ou sexo – mas uma abordagem psicológica, que percebe como os personagens vão responder pelos papeis deles, “transações de poder” e sistemas autoritários em Castellane. “Fantasia é muito como uma metáfora” e a metáfora para Sword Catcher não fica na magia, mas como Clare queria, fica nos personagens: “Para Kel tem a metáfora de alguém que nunca teve o espaço para encontrar a si mesmo. Para Lin, sua dificuldade em ser uma médica ressoa muito forte em mim e eu acho, espero, que fará o mesmo com muitas mulheres por falarem que tem coisas que não podemos fazer.”

Para a legião de fãs das Cronicas Shadowhunters, Clare mergulhando na fantasia adulta não marca o fim dos tão amados livros YA com a próxima série de livros, The Wicked Powers, ainda para ser lançada. A sequência de Sword Catcher, The Ragpicker King, já está sendo escrita e esperançosamente sairá em Março de 2025. Refletindo sobre a demora, Cassie disse: “Eu amo esses livros e eu amaria viver nesse mundo também, mas também é bom para mim passar um tempo em outro mundo e voltar me sentindo refrescada.”

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