Leiam toda entrevista na integra:
S: Nós vimos “Crepúsculo”, “Meu Namorado é um Zumbi” e “A Hospedeira”, o que tem de errado com esses adolescentes de hoje em dia?
L: Eu não sei, eu acho que a fantasia tira você da realidade e adolescentes, especialmente hoje em dia. Não importa se é na escola ou em relacionamento ou qualquer outra coisa, adolescentes tem problemas. Eles gostam de sair e gostam de se distrair um pouquinho. E mesmo que essas histórias de fantasia estejam lidando todas com as mesmas coisas, tudo bem, porque isso é em um mundo diferente. É meio que, um pouco estranho e misterioso e é divertido. Eles lidam com personagens que não existem. E isso é interessante. Eu acho que o nosso é diferente em um senso que tem esse tom cômico que a Cassandra é conhecida por colocar em seus livros. Eu não acho que um monte de outros filmes realmente lide com esse tom de comédia. E eu acho que nos momentos em que uma história de fantasia fica fantástica demais, a comédia te trás de volta para o lugar. Isso diz “olha, nós não estamos falando tão sério, você pode rir um pouquinho”. E é isso que torna um pouco mais compreensível. Mas também não é definido por uma história de amor. Há dois garotos e uma garota e existe uma conexão romântica, mas a história é movida porque a garota está procurando pela sua mãe. E não importa se é um mundo de fantasia ou a realidade, isso poderia ser verdade. Isso poderia ser uma situação em que você se encontraria. Então não é definido como romance ou definido como ação ou definido como comédia. É só como todos eles juntos.
S: Então, é legal interpretar uma garota “kick-ass” (valentona)?
L: Sim, eu amei isso. Eu amo que ela não é assim no começo. Então ela lentamente se torna uma garota kick-ass e é jogada dentro dessas roupas, isso é tão estranho. Eu treinei por três meses antes do filme e fiz treinamento de dublês, nunca com a roupa. E então isso veio dois dias antes e eu era tipo, “Ah, eu esqueci que eu vou estar fazendo tudo isso em saltos de quinze centímetros com um vestido que é na verdade um top”. Mas isso foi ótimo porque Clary não sabia que diabos fazer então eu só precisava ser estranha e eu estaria entrando no personagem. Isso foi realmente divertido, sair de um conto de fadas de princesa para me tornar uma caçadora de sombras valentona.
S: E você gostava das roupas? No seu estilo?
L: Isso meio que acabou se tornando meu estilo. É engraçado porque quando eu fiz Mirror, Mirror eu estava mais nessa vibe de fantasia de uma princesa jovem. Romântica. Então eu fiz isso e foi mais ousado e um pouco sexy, tipo punk, um sentimento grunge. E eu comecei a experimentar o meu traje com as calças de couro e os saltos e o vestido. Eu acho que há uma maneira de ser sexy, mas ainda ter classe e limitar coisas e não ser você mesmo. Vestir tudo isso meio que me deu um pouco mais de confiança, e em seguida todo aquele sangue no meu carpet parecia pouco. Eu tenho 24 anos. Eu gosto de me divertir. Eu posso ser um pouco mais velha. Sim, isso definitivamente se tornou uma parte do meu estilo.
S: Você é mais gótica agora?
L: Eu sempre fui fascinada por coisas góticas. Minha mãe ama coisas góticas e ama um pouco de um lado negro… Ela não é uma pessoa má, mas ela gosta desse lado sombrio para certas coisas, arquitetura, estilo e coisas. Então, eu sempre fui crescendo amando isso, mas nunca tendo esse estilo totalmente para mim, porque eu acho que isso realmente não funcionou para mim. Mas, então fazer esse filme foi como, bem, você nunca sabe até tentar. Foi um tipo de experiência que eu tenho entrelaçado com o meu próprio eu.
S: Você pensa em você mesma como uma “fashionista”?
L: Eu sempre amei moda. Eu cresci sempre admirando estilistas como artistas e roupas como obras de arte. E quando eu era mais nova, eu quis ser estilista, cortava coisas de revistas, e quadros de humor e livros e modelos. Então moda sempre foi uma paixão. E agora eu me sinto muito sortuda em ser capaz de vestir o que eu usar e ir a shows e usar esses trajes e todos esses tipos de coisas.
S: Então, você é muito crítica com os seus estilistas?
L: Não. Meus estilistas são ótimos! É um time, Rob (Zangardi) e Mariel (Haenn) e eles são muito colaboradores como um time, nós temos o melhor juntos. Eles são ótimos porque eles inventam coisas e vão tentar isso, e eu fico assim: “realmente, eu não sei”. E eu tento isso e fico: “ai meu deus”, eu nunca faria algo assim ou colocaria essas peças juntas, mas eu amei isso. É sempre sobre incentivar os seus limites, mas sempre lembrar sobre você mesma, e nunca me forçar a algo. Nunca deixa alguma peça de roupa me usar e sempre usar uma peça de roupa.
S: Você se vê no futuro como uma designer de moda no futuro?
L: Eu nunca iria querer que fosse algo que apenas eu acabei de colocar meu nome numa marca de roupa, eu gostaria de estar envolvida criativamente. Como a Gwen Stefani. Ela obviamente ainda tem a sua carreira musical, mas ela realmente se tornou uma estilista. Eu gostaria que fosse assim. Eu teria que ter muito mais tempo para fazer isso. Talvez ter a minha mão em algum projeto ou alguma coisa de um estilista seria legal. Se eu alguma vez me aventura em alguma outra carreira como jornalismo de novo. Jornalismo é algo eu sempre posso manter de lado, porém, é foto jornalismo, blogging, escrevendo, ou seja, o que for, mas alguma coisa grande assim, como música, chamariam muita atenção.
S: Por que você está interessada em jornalismo?
L: Eu sempre estive interessada desde que eu era pequena, eu sempre fui esse tipo de criança que fazia várias perguntas e amava conhecer pessoas, e apenas ficava realmente fascinada com todos os tipos de tópicos. Então, jornalismo foi uma espécie de caminho que me permitiu fazer perguntas e expor coisas, se é moda, política, entretenimento ou estilo de vida, eu sempre amei ser a “pessoa do povo”.
S: Então, como uma jornalista qual foi a pergunta mais difícil que você já perguntou a alguém?
L: Foi uma pergunta que eu não queria perguntar. Eu sempre quis ser positiva nas entrevistas, e falar sobre, ou o que eu deveria falar sobre, ou o que me interessa nessa pessoa. Eu nunca quis entrar em fofocas e a quantidade de vezes que os meus produtores disseram agora você vai perguntar isso, e eu perguntei, eu não me sinto confortável perguntando isso e então eles diziam: ok então você não vai fazer essa entrevista. Então, eu dizia: ok tudo bem. Eu fracassei nas entrevistas. Eu sinto muito por você. Isso me deu um melhor entendimento e valorização por essas coisas, como isso porque eu entendo isso da sua perspectiva. E eu acho que isso foi uma espécie de entendimento pra mim nessas situações mais difíceis. Isso não foi necessariamente a pergunta, porque eu não iria fazer essas perguntas, então eu nunca tive uma hesitação para perguntar elas, porque eu sabia que no fim, eles não queriam me perguntar isso, então foi uma espécie de “empurra e puxa” coisas.
S: Interessante porque eu vou fazer uma pergunta que você não gostaria mais de ser perguntada. Vamos ver sua reação.
L: Sobre o meu pai. (risos)
S: Por que você não quer mais falar sobre isso?
L: Não é isso, eu não quero falar sobre isso, eu apenas acho que tem muito mais o que falar agora sobre o meu trabalho. Não é isso, eu não quero falar sobre isso, eu sou uma filha muito orgulhosa. Eu amo meu pai, eu tenho muito orgulho do meu último sobrenome. Não é isso, eu não quero falar sobre isso, eu apenas acho que esse não é o ponto… Eu entendo que quando eu fiz o primeiro e o segundo filme as pessoas não sabiam muito sobre mim e não tinha muito que falar. Mas, então eu acho que agora esse é o ponto com os novos projetos, que eu estou fazendo e a quantidade de tempo passado, eu não vejo… Eu estou fascinada com outros tipos de perguntas que alguém pode me perguntar, eu me sinto como se todas elas já tivessem sido feitas antes e todo mundo soubesse. Então, isso é apenas um dos motivos. E não é porque eu não goste de falar sobre o meu pai.
S: Se eu estivesse com o Phil Collins na mesa, eu poderia perguntar a ele sobre você.
L: Isso seria bem estranho. O que seria interessante, eu acho que ele provavelmente daria um chute fora. É engraçado, alguém estava me dizendo que eles estavam escutando uma rádio, e o DJ veio e tocou apenas uma música do meu pai, e eles disseram, e esse foi Phil Collins. Para todos vocês que não sabem, esse é o pai da Lily Collins. (risos). E alguém me disse isso e eu contei para o meu pai e ele começou a rir, e eu achei isso ótimo. Então, para mim é realmente engraçado.
S: Você pode dividir a história das suas tatuagens? Você teve que pedir permissão para a sua mãe ou seu pai?
L: Eu tenho duas atualmente. Minha mãe foi comigo quando eu fui fazê-las. Meu pai viu as tatuagens e disse: ok, elas vão sair. E eu fiquei: com certeza pai. Foi uma espécie de entendimento pai e filha, você fez; tudo bem. Minha mãe e eu fomos fazer juntas. É uma coroa britânica. Eu sou britânica. Asas de anjos, minha mãe tem uma tatuagem de anjo e eu quis uma de asas de anjos. E tenho um coração, com as letras L J, meu nome do meio Jane e o nome da minha mãe Jill, minhas avós foram June e Jane, irmãs Jolie. Quero dizer, há muitos “J S” importantes na minha vida. E nas minhas costas eu tenho uma rosa inglesa, porque eu sou inglesa.
S: Você ainda se sente inglesa? Você deixou a Inglaterra há muito tempo.
L: Sim. Eu me sinto, mas eu sempre viajo de volta nos verões e em época de natal para a minha casa no país. E eu apenas acabei de voltar de Dublin onde eu estava há dois meses e meio filmando um filme britânico e onde eu tive que usar meu sotaque britânico e eu realmente me senti mais em casa e confortável sendo britânica, o que foi realmente estranho. Mas eu sempre me considerei mais britânica do que americana. Apesar de falar como americana, eu me sinto completamente britânica. Eu amo morar aqui e eu realmente me sinto parte americana. Minha mãe é americana, mas eu me sinto mais britânica.
S: Isso deve ser um pouco engraçado no set de filmagens porque muito de vocês são britânicos.
L: Jamie é britânico, Jemima é da França, Rob é da Irlanda e eu apenas estava falando com ele sobre Dublin, porque eu nunca tinha estado lá, e nós estávamos mais ligados. E tem o Kevin que é de Toronto. É um cast bem internacional atualmente. E tem Headey, Johnny Rhys Meyers, Jared Harris, e foi como, eu sou a única americana, e eu não sou realmente americana. Foi ótimo estar num set de filmagens como esse, e isso aconteceu também no set de filmagens de Dublin. Eu era de novo a única “americana”, mas todos os outros eram da Inglaterra ou Irlanda. Eu amei. Eu amo escutar sotaques.
S: No filme quando eles querem ler as suas cartas/sorte, você diz que não acredita nesse tipo de coisas. Você acredita em mágicas ou signos?
L: Sim, eu realmente acredito. Eu acho que existem coisas lá fora que não conhecemos. E o que é emocionante, eu às vezes vivo uma fantasia em minha própria cabeça, e eu sou bem aberta a novas experiências e também sobre ler esse tipo de coisas, e ocorrências estranhas e coisas sobrenaturais. Eu acho que há muito mais do que nós conhecemos. Eu não estudei sobre isso, mas eu apenas tenho esse sentimento.
S: Jamie Campbell Bower descreveu você como uma excelente atriz. Qual a sua resposta para isso?
L: Bem, ele é um excelente ator! Não, é maravilhoso estar em cena com alguém e sentir como você pode ser vulnerável ou que você pode ser completamente você em uma cena porque o outro personagem vai te dar isso de volta para você, e isso é um tipo de confiança. Nós tivemos um teste com a nossa química e isso aconteceu lá. É incrível ver como alguém cresceu durante um filme. Eu acho que Jamie fez isso e eu sabia como era talentoso, ele era mas para desempenhar um papel como esse e ser arrogante, nervoso, espirituoso, vulnerável, confiante todas essas características que o seu personagem retrata,e pode fazer todas essas coisas com só um olhar sem dizer nada. E isso é realmente raro.
S: Como é a sensação de estar na liderança? E com esse potencial para uma franquia de sete livros?
L: Isso é muito. E sempre corre o risco dela escrever mais. (risos). Não, Eu amo a Cassie, e ela é tão apaixonada pelos livros como a gente também. É um pouco assustador porque isso poderia assumir vida própria, no ponto que isso é uma benção porque eu amarei interpretar a Clary enquanto eu puder. E isso realmente é emocionante. Mas eu fui uma fã dos livros antes de ser escalada para interpretar a Clary, então eu sei todas as expectativas sobre a personagem.
Eu provavelmente teria expectativas sobre outra atriz que tivesse interpretando a Clary se não fosse eu. Então, eu tenho isso tudo, mas eu também recebo isso como um ator tem que se retirar um pouco para isso. O ator é o que é você não tem que procurar ativamente opiniões a mais. Isso é apenas jogado em você, ou por pela internet ou por alguém que venha até você. Mas a coisa mais importante é, eu escolhi os projetos que eu escolhi. Eu faço os filmes que eu faço porque eu os amei e independente da bilheteria eu tive algumas experiências. Como os filmes independentes que eu faço, eu não poderia me importar menos se as pessoas não assistiram, porque o que eu tenho sobre os filmes é muito mais importante. Claro, eu amaria que as pessoas fossem assistir, mas eu levo o que eu aprendo com eles para um próximo filme. E uso o que aprendi nele.
S: Você compartilha algum ponto em comum com a sua personagem?
L: Sim, eu definitivamente me acho apaixonada, muito determinada, uma amiga leal e sou muito próxima a minha mãe. E ela é muito próxima da mãe dela. O fato é que toda essa jornada começa quando ela (Clary) tenta achar a sua mãe, foi uma coisa que eu conseguia me relacionar o tempo todo. Eu adoraria dizer que eu faria exatamente o mesmo que ela fez. Assim eu poderia estar completamente e emocionalmente envolvida com as coisas pela qual ela está passando.
S: Você já teve a chance de falar com a Jennifer Lawrence ou Kristen Stewart sobre a situação que você está? É um pouco similar.
L: É engraçado, eu realmente conheço elas, mas sempre que eu quero conhecer alguém eu falo sobre trabalho. Então, sempre que alguém quer saber o que fizemos nós discutimos sobre isso, é como se nós só falássemos de comida, e como as cidades estão diferentes e como você está, e como sua família está. Nós nunca falamos sobre a situação que a gente se encontra. Mas eu realmente admiro as duas por ser parte de uma grande franquia e ainda assim buscar outros trabalhos e não serem só definidas pelas suas franquias, mas também de não serem definidas só pelos seus trabalhos também. Elas são mulheres maravilhosas que tem sido capazes de fazer muito e ainda continuarem elas mesmas, e serem engraçadas, legais e lindas e apenas pessoas ótimas. É incrível ver isso.
S: Como foi isso durante os intervalos de filmagens. Você não fala de trabalho, então…?
L: Não, nós tirávamos sarro um dos outros. Nós filmávamos por horas fazendo coisas doidas as três da manhã, você sabe como acrobacias e alguma coisa, e para manter nós acordados, nós fazíamos piadas e tirávamos sarro um dos outros, jogávamos algum jogo para nos manter acordados ou cantávamos músicas.
S: Você canta?
L: Eu gosto de cantar, mas é mais como, nós não estávamos fazendo uma competição de vozes. É como cantarolar alguma coisa e então alguém começava a cantar. Foi exatamente o que nós fizemos para nos manter acordados e para manter a sanidade. Mas, sim, todos nós nos dávamos muito bem, e realmente nos tornamos uma família. Todo mundo era tão engraçado, que no final do dia a melhor coisa que tinha para fazer era ir para casa exaustos.
Um amor a nossa Clary, não é mesmo, Shadowhunters?
Os comentários estão desativados.
fiquei em dúvida, os instrumentos mortais não são 6 livros? a entrevistadora falou 7!!