Kevin Zegers deu uma entrevista aonde fala bastante de sua visão da sexualidade de Alec Lightwood. Nossos afiliados do Lightwoods BR a traduziram, e trazemos pra vocês agora! Confiram porque realmente vale a pena!
“A ideia de que caras gays só ficam balançando o pênis por aí como se dissessem ‘Pode vir, venham todos’, é ridícula”, diz Kevin Zegers, sentado em uma cafeteria em Beachwood Canyon, Los Angeles. É uma afirmação honesta e sem rodeios, é claro, mas também um pouco irônica, tendo em vista que já vimos o ator Canadense interpretar um garoto bissexual de 17 anos, que virou estrela pornô.
Zegers tinha acabado de sair da adolescência quando, em 2005, foi escalado para o elenco de Transamérica, um drama cheio de altos e baixos sobre um pre-op MTF* (Felicity Huffman, que ganhou um Globo de Ouro pelo papel) e seu filho prostituto Toby (Zegers, que levou para casa o prêmio “Promising Young Actor”, no Festival de Cannes em 2006). Agora com 28, ele admite que não tinha ideia de onde estava se metendo quando assinou o contrato para o filme. “Eu era muito jovem e inexperiente, nunca tinha trabalhado em nada como aquilo”, disse Zegers, um nativo de Woodstock, Ontario – uma comunidade conservadora de “pessoas brancas e católicas que têm fazendas, jogam hockey e bebem cerveja.”. Ainda assim, sua interpretação de Toby foi bem intensa. “Eu nunca o julguei por ir longe ou chupar caminhoneiros ou por tentar dormir com a sua mãe”, disse Zegers “porque todos vieram do mesmo lugar, e ele só queria conhecer o amor. Foi o único filme que fiz e as pessoas vieram até mim e disseram, ‘isso realmente mudou a minha percepção das coisas’.”
Oito anos depois, Zegers tem a chance de mudar a visão de todos de novo, dessa vez com o drama Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos, baseada no best-seller de Cassandra Clare. Zegers interpreta o garoto gay tatuado, Alec Lightwood, ao lado de Lily Collins e Jamie Campbell Bower, marcando a primeira vez que veremos um personagem lutar abertamente com a sua sexualidade em um filme para jovens adultos. A classificação PG-13* para o filme garante a sexualidade de Alec, que, ao contrário de Toby, será às claras, mas para Zegers, isso não vem ao caso. “O que queríamos não era um garoto do tipo estereotipado,” ele diz. “Deixar a sexualidade dele em destaque seria um grande erro. Eu queria que esse fosse apenas um dos aspectos dele a serem explorados.”
Kevin descreve a saga sobrenatural como algo tipo “Harry Potter encontra Jogos Vorazes”, onde Alec e mais dois guerreiros metade anjos, conhecidos como Caçadores de Sombras, socorrem Clary (Collins) em busca por sua mãe (Lena Headey, de Guerra dos Tronos), em uma Nova York secreta, cheia de demônios e criaturas do submundo, contra quem precisam lutar. Em meio a tudo isso, Alec está se apaixonado por Magnus, o Alto Feiticeiro do Brooklyn. O flerte deles é um dos romances centrais da série de livros, o que inspira a produção de fanfics slash*. Zegers não ficou surpreso com a popularidade do casal da história. “Para a minha geração e a geração realmente interessada nestes livros, coisas desse tipo não são realmente uma grande coisa como antes costumava ser,” ele diz. “Se nós tivéssemos feito isso há alguns anos, seria uma história totalmente diferente.”
Enquanto vários papeis de Zegers caíram na linha “garoto mimado” (por exemplo, os episódios de Gossip Girl onde interpreta um traficante, filho de um embaixador Belga), ele se encontra menos atraído por projetos previsíveis que caem em suas mãos. É a personalidade própria e “autêntica” que faz com que ele goste de personagens como Alec e Toby. “É complicado, porque eu leio um monte de scripts, e eu odeio os que dizem que sou perfeito para o papel,” ele disse. “Eu não quero ser ingrato, mas eu sempre tive esse instinto de fazer aquilo que as pessoas não querem necessariamente que eu faça. Eu tenho mais facilidade em trabalhar em algo como Transamérica do que fazer comédias românticas”. A propósito: seu próximo papel é de um sociopata no filme indie “The Curse of Downers Grove”, com roteiro escrito por Bret Easton Ellis, que deve estrear no próximo ano. “Eu prefiro me balançar e cair de cara no chão,” Kevin diz. “Eu prefiro as pessoas dizendo ‘Que porra é essa que ele estava fazendo?’ do que dizendo, ‘Ele era muito bom.’ De toda forma, ninguém tem ideia do que estou por fazer, e eu meio que gosto disso.”
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lindo! *o*