10.07

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Agora a pouco, durante a madrugada, Cassie Clare respondeu uma ask em seu tumblr falando, outra vez, sobre o final de Princesa Mecânica e a conclusão da triologia As peças Infernais.

Em uma resposta longa e detalhada, Cassie falou sobre como ela enxerga o triângulo amoroso, sobre como Os Instrumentos Mortais e As Peças Infernais são as histórias de Clary e Tessa, respectivamente, e como as garotas são heroínas, sem deixar ainda de dar uma olhar geral sobre a visão dos leitores de sempre se importarem mais com os personagens masculinos do que os femininos.

É bastante grande, mas bastante interessante, porém avisamos: CONTÉM SPOILERS SOBRE O FINAL DE PRINCESA MECÂNICA. Se você não leu o livro ainda, saiba que ela fala realmente o final do livro.

Confiram traduzido abaixo!

Princesa Mecânica e triângulos amorosos: o último post

Este é, como prometido há muito tempo, a última e definitiva das minhas dissertações/respostas sobre Princesa Mecânica, seu fim, e a série As Peças Infernais em geral. E a última vez que eu vou escrever sobre triângulos amorosos por um bom tempo. 🙂

Já que agora faz um tempo desde o lançamento de Princesa Mecânica, eu não estou colocando isso com uma tag de “ler mais”. É CHEIO DE SPOILERS. FIQUEM AVISADOS DOS SPOILERS, SE VOCÊ NÃO LEU PRINCESA MECÂNICA. Reitera um monte de coisas que eu já disse sobre triângulos amorosos, amor, etc – mas é um resumo, e a palavra final sobre o tema.

Em primeiro lugar, quero ressaltar que nunca tive uma reação tão positiva para com um livro como eu tive com Princesa Mecânica. Online, em pessoa, em criticas, a resposta tem sido incríveis e compreensíveis, e eu queria agradecer a todos vocês por compartilhar seus pensamentos – e lágrimas! – comigo. À medida que avançamos para a loucura do filme não vamos esquecer Will, Jem e Tessa – e talvez um dia eles vão ter seu próprio filme também. Mas, mesmo que eles não tenham, espero que eles vivam em seus corações, como vivem no meu – e irão novamente em TLH! Leia mais sobre TLH aqui.

SPOILERS

“Então … eu terminei Princesa Mecânica há dois meses ou mais, e eu não posso fazer nada a não ser não gostar do epílogo. Bem, quando Tessa pensa sobre Will, sobre como anos se passaram é de partir o coração e triste, e eu queria chorar, mas quando ela vê Jem e ele não é mais um Irmão do Silêncio… Eu não gostei. Não só porque eu não suporto Tessa em tudo, mas também porque eu não gosto que Tessa, afinal, acabou com ambos Will e Jem. Eu posso entender (mais ou menos), que ela amava os dois, mas a coisa sobre a trilogia era que ela tivesse que escolher entre os dois. Escolher sempre significa perder o que você não escolheu e não me parece justo que ela poderia estar com Will e Jem. É como se você tivesse escrito para agradar tanto os que shippavam Wessa e Jessa. Apenas um pensamento… – littlerocavarancolia”

“É como se você tivesse escrito para agradar tanto os que shippavam Wessa e Jessa. Apenas um pensamento.”

Apenas um pensamento que eu ouvi uma ou duas vezes antes. 🙂 Exceto, é claro, que é um final que corre o risco de desagradar tanto os que shippavam Jessa e Wessa tanto quanto ele tem a chance de agradá-los. Afinal de contas, parte do ponto de shippar é você querer o seu casal, e não o seu casal e o outro também. Por exemplo, o autor da questão, posso dizer da sua ask que: 1) seu casal era Wessa e 2) você não está satisfeito. Então, por que você acha que todo mundo estaria [agradado], uma vez que você não está?

Como eu acredito que eu já escrevi sobre isso algumas vezes, eu sabia que eu estava escrevendo um final polêmico, e que nem todo mundo ficaria feliz com isso. Tenho, de fato, sido surpreendida por quantas pessoas têm abraçado (possivelmente – espero – porque todo mundo estava ficando um pouco cansado do triângulo amoroso onde “ela tem que escolher! Ela tem que escolher!” e queria ver as coisas evoluírem de forma diferente). Escrevi para expressar meu sentimento de que você pode amar lindamente, do tipo que muda a vida, profundamente, e ainda amar mais do que uma vez, e mais de uma pessoa. Escrevi porque eu queria ver um triângulo amoroso em que nenhum amor foi invalidado, e isso inclui o amor entre os dois pontos do triângulo: Will e Jem. Eu escrevi exatamente o fim que eu tinha planejado escrever o tempo todo, que sempre foi insinuado e apontado, e o único final que parecia certo para mim. Realmente não sei como eu poderia ter escrito um outro final que não teria parecido enganoso, como todo o final de Príncipe Mecânico deixou bastante claro que Tessa amava ambos os meninos, assim, sem uma mudança repentina e reviravolta no coração [de Tessa] em sua parte em Princesa Mecânica, ou um dos meninos cair morto ou se apaixonar por outra pessoa de repente e improvavelmente, não havia nenhuma maneira funcional para outro fim funcionar.

“A coisa sobre a trilogia era que ela tivesse que escolher entre os dois”

Não, não era. Não só não era o tema principal sobre a trilogia, é muito explicitamente a antítese do ponto da trilogia. Se o ponto dos livros fosse Tessa escolher entre duas pessoas, então a série não teria sido escrita para mostrar claramente que se trata de duas pessoas que não queriam que ela escolhesse entre eles. O leitor pode querer que ela escolhesse, porque eles têm um favorito, e porque eles têm expectativas de que triângulos amorosos são supostamente para trabalhar de certa forma, mas Tessa não tem um favorito, e também não tem conhecimento de que ela está em um triângulo amoroso em um livro. Essa é a grande coisa sobre os personagens; eles não sabem que estão nos livros, ou que eles deveriam respeitar as regras ficcionais específicas decididas pelos leitores, e por isso eles sempre podem surpreender.

Tessa nunca teve, de fato, os dois rapazes em pé na frente dela tipo ‘Me escolhe! Não, não, me escolha!’. Eu não gosto da ideia de alguém escolher dessa forma, como se as outras pessoas fossem objetos. As pessoas não são itens à venda em uma loja: Tessa fez muito em As Peças Infernais além de escolher entre dois meninos, como se estivesse escolhendo entre iogurte de framboesa e de morango. E VOCÊ SÓ PODE TER UM DELICIOSO SABOR DE FRUTA. Will e Jem têm sentimentos, eles se amam assim como a amam, assim como ela ama os dois: Will, assim como Tessa, não queria machucar Jem e agir honradamente. Jem, bem como Tessa e Will, era capaz de grandes sacrifícios e grande perdão em nome do amor. Se alguma vez tivesse havido um momento em que os dois rapazes estivessem na frente dela com a oportunidade de fazer a situação do “me escolha”, o que teria acontecido é o seguinte: Jem provavelmente acabaria dizendo ‘Escolhe o Will, ele lutou tanto todo este tempo, ele é uma pessoa tão boa, que me faria feliz ele ter o seu amor’ e Will iria começar a gritar ‘Escolha Jem! Ele é tão gentil e inteligente, e injustiçado pelo mundo, e musical, as meninas gostam de cavaleiros com dotes musicais. E BONITO! Deus, ele é tão bonito! JEM!’

Em As Peças Infernais, Tessa descobriu a verdade emaranhada sobre sua herança, fez bons amigos, salvou muitas vidas, descobriu sobre todo um outro mundo, teve que lutar com o grande cenário da situação da mulher naquele dia e época (um homem literalmente acha que ele a fez, como Pigmalião, e que ele tem o direito de seu corpo), ela aprendeu a lutar, ela fez fugas ousadas, ela se recusou a recuar em suas crenças, ela aprendeu mais sobre o mundo real, mas nunca desistiu de seu amor pelos livros. Ela estava em uma missão para resgatar seu irmão. Ela ainda se achou para amar os outros quando seu irmão, e então Will, a traíram dentro de um pequeno espaço de tempo no mesmo livro (Will fez isso por que ele achava que tinha uma boa razão, mas Tessa não sabia disso, e por isso não era menos horrível para ela). Mesmo depois que outras pessoas a tinham machucado, ela fez o seu melhor para poupar os outros. Ela soube que ela era imortal e tinha poderes estranhos, era um ser totalmente diferente do que ela pensava. Ela aprendeu a ser independente. A história foi a história dela de amadurecimento, a sua formação como a de Clary em Os Instrumentos Mortais, mostrando como alguém se torna uma heroína. Porque Tessa é uma heroína. Tessa é a heroína da história.

“Eu não suporto Tessa de jeito nenhum”

Você está absolutamente dentro de seus direitos para não gostar de qualquer personagem que você escolher, mas essa atitude não é algo que eu, como escritora, posso realmente responder. Como a escritora, eu amo todos os personagens, mas Tessa é o coração da história, o que eu escolhi para se concentrar, para construir o mundo de As Peças Infernais ao redor. Sem Tessa, tudo teria de ser alterado. (Sem Tessa, na verdade, ambos Will e Jem estariam mortos. Todos no Instituto estariam mortos.) Passei anos da minha vida escrevendo a história de Tessa, e eu não posso falar sobre isso como se fosse qualquer coisa a não ser a história de Tessa – como se ela não fosse, naturalmente, e, obviamente, a personagem mais importante da sua história. (Eu também tenho falado muitas vezes sobre como, de todos os personagens que eu escrevi, que ela é a mais parecida comigo, por isso é um pouco de um “ai, essa doeu” ao ouvir alguém dizer que a odeia, mas – isso é problema meu!)

Por um lado, os leitores podem interpretar a história da maneira que quiserem. Vocês podem decidir que todos os livros têm sido a história do Church (o gato Coroinha, do Instituto), se vocês quiserem. 😉 Mas, por outro lado, quando você se esforça para escrever personagens complicados, os meninos se tornam amados por serem complicados e as garotas são xingadas, e isso é sempre uma atitude que me perturba.

Afinal, o que há de tão errado e terrível sobre Tessa? Que ela fez o seu melhor, que ela leu muito, que ela acreditava em um irmão que traiu ela, que ainda se encontrou para amar os outros quando seu irmão e então Will a traíram dentro de um pequeno espaço de tempo no mesmo livro, que ela era amada, duas vezes em mais de cem anos, quando milhares de mulheres no mundo são amadas por (e amam) muitos mais em menos tempo? Ou são desagradáveis também? Que mulheres tem a aprovação – as muito poucas, a minoria, que amaram só uma pessoa (embora isto descreva Clary e ela recebe o dobro de ódio que Tessa, então quem sabe…), ou aqueles cujos corações são tão pequenas que eles nunca amaram quem quer que seja?

“Escolher sempre significa perder o que você não escolhe e não me parece justo que ela poderia estar com Will e Jem.”

Não parece justo para quem? Quem, exatamente, está sendo injustiçado aqui?

Eu vejo muito isso – que não é “justo” que Tessa “fique” tanto com Will quanto com Jem (embora, na verdade, ela fique com o Will e então Jem, que é uma distinção importante). Eu posso entender que não seja injusto, mas irreal talvez se o personagem não sofre nada e fica com tudo entregue a eles em uma bandeja de prata, mas essa não é a Tessa. Tessa, apesar do que se pode dizer sobre o que ela “conseguiu”, perde muito – ela perdeu os pais e tia, seu irmão, seu anjo mecânico, Jem, que ela pensou que ela ia se casar, e então ela perdeu Will para a morte. E um dia ela vai perder Jem novamente. Ela perdeu seus filhos, teve seu coração partidos várias e várias vezes pela agonia de ser imortal e amar aqueles que são mortais – E ela ainda continua vivendo, apesar de todas essas perdas . Tessa sofreu imensamente, e sofrerá imensamente novamente.

Então, essa não é a questão: a questão deve ser que Tessa está sendo injusta com outro personagem. E ainda, no epílogo, e certamente antes, ela está tomando uma decisão que não fere a ninguém. Will está morto, e se importa muito além do que qualquer um, e se ele estava flutuando no sobre vida após a morte, todos nós sabemos que ele iria querer Tessa com Jem de toda maneira, porque este é Will, que é generoso e amável, e não um odioso, egoísta imbecil que quer sua esposa passe a eternidade infeliz porque ele morreu há cem anos atrás. E a Tessa ter escolhido Will não machucou Jem também: ele ficou aliviado, na verdade, que as duas pessoas que ele mais amava no mundo teriam um ao outro para se cuidarem quando ele foi embora, para onde estar com Tessa seria impossível. Porque Will é bom. E Jem é bom. E Tessa também é.

O argumento principal da “injustiça” que eu vi colocado por aí é que Tessa não é justa para um ideal imaginário do tipo de amor que ela “deve” ao Will e/ou Jem: a de que o fato de que ela ama tanto os dois diminui o seu amor por qualquer um (escolha o seu favorito) e que, portanto, ela é desprezível, por não oferecer estes exemplos estelares de masculinidade do tipo de amor perfeito que eles merecem, não importa que ela ofereça exatamente o amor que eles querem – que se ela não amasse Jem como ela ama, Will não iria amá-la como ele ama, que ele prefere o seu coração compartilhado – não é o que o garoto em questão “merece”, que é ser absolutamente a prioridade número um de Tessa em cada minuto de todos os dias de sua vida – e não a vida deles, mas a dela, não importa quanto tempo ela viva além da vida deles, não importa quanto tempo eles estão mortos, ou é um “monge”. O que é injusto e odioso sobre Tessa é que ela de vez em quando pensa em sua própria felicidade e prioriza seus sentimentos. O que é odioso sobre ela é que ela é uma menina que, por qualquer equivocada razão, parece ter perdido o memorando que o ponto inteiro de sua vida é lembrar que os sentimentos de um cara são mais importantes do que os dela, mesmo que ele esteja morto e não vá notar.

Quero dizer, todos nós realmente percebemos que Tessa encontrar o amor novamente cem anos após a morte de Will não é moralmente errado, e que na verdade ela dormir com Will quando pensa que Jem está morto e ela vai estar morta em poucas horas não é moralmente errado também, certamente não em qualquer maneira grande que faria um personagem valer a pena ser odiado. Essas coisas são bastante indiscutíveis. O problema é que em ambos os casos, o que Tessa está fazendo é pensar na sua própria felicidade, e sobre o que ela mesma precisa, honestamente em seu coração, e não sobre se martirizar por causa de um menino que está morto e que não quer ela se martirizando de qualquer maneira. E isso, para uma personagem feminina, é visto como intensamente problemático. Somos treinados como leitores para priorizar o que acontece com os homens/personagens masculinos, os sentimentos de homens/personagens masculinos, o heroísmo e o destino dos homens/personagens masculinos, então porque Tessa não está fazendo a mesma coisa? (Eu lembro de ter visto uma enorme quantidade de ódio amontoadas em Cecily devido à mera teoria de que se não houvesse qualquer Cecily no livro, teria tido mais Jem. Exceto que não iria, porque eu escrevi tudo sobre Jem que eu precisava. Não é como se eu não tivesse escrito porque eu não tinha espaço para isso. Sem Cecy, ele só teria sido um livro mais curto. Mas a ideia é indicativa dos sentimentos de que o tempo gasto em histórias de mulheres é o tempo que deveria ter sido gasto em homens e, portanto, é perda de tempo*).

Assim, gostaria de colocar isto: o ódio por Tessa não é porque ela escolheu Will ou Jem. É porque ela acha que a história é sobre ela, não sobre eles. E é aí que reside o problema.

Temos que parar de ver as mulheres como recompensas para os homens, como troféus a serem entregues ao melhor homem, tão importante apenas em como elas afetam emocionalmente os homens, como se fossem nada mais que um lixo inútil em uma história que é realmente sobre os homens, ou que deveriam ser sobre os homens. Temos que parar de pensar que as mulheres não merecem o que elas ‘conseguem’ – especialmente se o que elas conseguem é estar no centro da narrativa, ter os poderes especiais, serem as que vivem para sempre, serem as que amam mais de uma vez. Dizer que Tessa está sendo injusta com Will escolhendo Jem bem, bem no final é dizer que os sentimentos de um homem morto há muito tempo triunfa sobre os de uma mulher viva. E essa é uma ideia que todos devem se esforçar para, pelo menos, examinar, porque “homens mortos valem mais do que mulheres vivas” é problemático em essência.

Princesa Mecânica era a história de Tessa. Cidade do Fogo Celestial vai ser o fim da história de Clary. Essas meninas são o coração e a alma dos livros que eu escrevi. Elas são os protagonistas: elas são os heroínas, elas são as estrelas. A história é delas.

(* E sim, a este tipo de argumento que você sempre recebe a resposta: “Mas se isso e aquilo fosse um personagem melhor do sexo feminino, eu não me importaria com ela! Se Cecily fosse apenas melhor, teria sido bom para ela estar no livro!”) para o qual eu digo: Eu não estou dizendo que eu escrevo personagens femininas perfeitas, ou o melhor, ou nada do gênero. Mas nunca em todo o tempo que tenho lido livros e examinado críticas, eu nunca vi uma personagem mulher que escapou a este tipo de crítica. Será que é realmente provável que ninguém, em qualquer lugar, na história do tempo, já escreveu uma personagem feminina importante que é boa o suficiente, e esse é o problema? Não parece provável, parece? As únicas personagens femininas que já pareceram fugir deste tipo de crítica são personagens incrivelmente pequenas que não ocupam algum espaço narrativo – é o equivalente àquele estudo onde as mulheres que falam a mesma quantidade que os homens são vistas como dominando a conversa).

O original, em inglês, você encontra aqui.

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2 comentários em “Cassie Clare responde última ask falando sobre o final de “As Peças Infernais”, triângulos amorosos e o papel de personagens femininos nos livros”



  1. CRIIS disse:

    UAL! AMEI! SIMPLES E DIRETA!

  2. Denise disse:

    É por isso que eu amo os livros dessa mulher!
    Ela é simplesmente perfeita <3



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