15.07

Cassie deu uma entrevista para Shelf Awareness onde ela fala mais sobre Sword Catcher. Eles também fizeram uma review do primeiro livro, mas nós traduzimos apenas a parte da entrevista. Vem ver:

Cassandra Clare: criando mundos que nós desejamos visitar.

Cassandra Clare é a autora de best-seller das Cronicas Shadowhunters. Ela também é co-autora, com Holly Black, da série de fantasia Magisterium. Com mais de 50 milhões de copias no mundo, os livros dela já foram traduzidos para mais de 35 línguas. As Cronicas Shadowhunters foram adaptadas tanto para filme quanto para série. Sword Catcher, que será lançado 10 de outubro de 2023, é o primeiro livro de uma nova épica fantasia para adultos, com Kel, o personagem principal, um duble de corpo do príncipe que serve como isca real enquanto ele navega o mundo de Castellane e suas subculturas.

O que influenciou você a ir para a fantasia adulta e quais são as maiores diferenças entre escrever para o publico jovem do publico adulto?

Não foi uma escolha consciente pra mim de mudar para um lado mais adulto. Foi mais essa ideia que chegou para mim e enquanto eu a desenvolvia, comecei a notar que era uma história adulta. Eu acho que as pessoas pensam que tem essas coisas especificas diferentes entre adulto e jovem-adulto que podem identificar imediatamente, mas não na minha experiencia. Se, como em Sword Catcher, os interesses e conflitos deles envolvem casamentos, trabalhos, então o livro é tipicamente adulto. E Sword Catcher é muito sobre pessoas que estão procurando coisas como casar e o que querem ser profissionalmente. Assim como a relação entre Conor e Kel, especialmente, que é sobre duas pessoas que eram incrivelmente próximas quando eram crianças e agora, quando se tornaram adultos, essa amizade muda de uma forma que ameaça isso.

Sword Catcher não é parte das Cronicas Shadowhunters. Qual foi a parte mais divertida de criar um mundo completamente novo e criar os personagens para essa série, e quais os maiores desafios?

Muitas pessoas pensam que Shadowhunters é uma grande série só, mas na verdade é um universo conectado de trilogias e contos. Para cada trilogia eu tive que inventar novos personagens, então não é uma novidade pra mim. Geralmente o que vem primeiro pra mim são os personagens, e a historia e o mundo vem depois. Foi o mesmo com Sword Catcher. Os personagens vieram primeiro e o conceito de Ashkar e o trabalho de ser um Apanhador de Espadas. O Rei Ragpicker é um personagem que eu costumava escrever antes de eu ser publicada, e é bem divertido poder voltar e puxar ele para essa historia. Eu diria que meu maior desafio foi passar por aquele medo de que ficção adulta era algo que eu não conseguiria escrever ou não saberia como, ou que meus leitores atuais rejeitariam Sword Catcher porque é muito diferente dos Shadowhunters ou de Magisterium. Mas no final o meu amor por essa história me impulsionou nas dificuldades.

Como o seu amor por viajar inspirou a criação do mundo de Sword Catcher?

Eu viajava muito com meus pais quando era criança. Eu era filha única, então tinha que arrumar meios de me divertir sozinha em lugares desconhecidos. Me fez amar viajar. Eu amo estar em algum lugar que é diferente de estar em casa. Eu amo novos costumes e culturas, e especialmente como culturas são porosas e se misturam com todos por conta de viagens e trocas. Eu sempre fui interessada na Rota de Seda, e o jeito que se conectava a diversidade de pessoas e culturas. Castellane é uma cidade que existe no estilo da Rota de Seda, então é muito longe de ser uma só cultura. Eu também sempre me interessei muito em quanto tempo as pessoas viajavam por prazer e aventura – as pessoas acreditam que o turismo moderno começou em 1800, mas viajantes já estavam escrevendo guias antes disso. Um dos textos que eu li foi “A Gift to those who contemplate the wonders of cities and the marvels of traveling” de Ibn Battuta, que foi escrito em 1300 e fala sobre suas viagens e tudo que ele encontrou explorando o mundo.

As descrições evocativas da cidade, desde as roupas até a comida, criam uma experiência imersiva que traz Castellane a vida. O que pode nos falar sobre seu processo de pesquisa?

Foi longo! Eu passei uns cinco anos pesquisando para esse livro – não sem interrupções para outras coisas! – porque eu queria ter certeza que Castellane fosse um lugar com camadas e texturas. É no clima mediterrâneo, então passei um tempo pesquisando os tipos de plantas que crescem nesses lugares, e quando elas florescem e como o cheiro do ar fica, e o que as pessoas usam. Lin é uma médica, então eu pesquisei a historia da medicina e dos instrumentos médicos para saber que tipos de remédios ela daria e que tipo de operações ela poderia fazer. Não queria um personagem que tomasse um liquido de uma garrafa, mas de uma garrafa de gim holandês ou pastisson (uma versão ficcionalizada de anis e absinto). Eu não queria que alguém colocasse um sapato, mas que fosse um par de botas desenhado e feito de uma forma em particular. Eu queria mostrar como a comida que os Ashkar comem é diferente da comida dos Castellani, como é diferente da comida de Marakand. Eu sempre gosto de colocar coisas especificas que dão textura aquele mundo, e muita pesquisa acontece pra isso.

Sword Catcher é cheia de personagens diversos e com várias nuances. Porque isso é importante pra você e como você evita criar esteriótipos quando está criando seus personagens?

Eu me seguro no melhor conselho que eu recebi que é: escreva a sua própria experiencia quando você puder e pesquise, pesquise, pesquise quando não puder. (Com pesquisa eu também quero dizer que você deve consultar pessoas de comunidades marginalizadas, não só suas pesquisas, se você vai representar comunidades marginalizadas no seu trabalho. Eu tive vários leitores para fazer uma leitura sensível que trabalharam comigo em Sword Catcher e isso ajudou muito.)


Parte da razão pela qual Sword Catcher, com os Ashkar, focam na mitologia judia e na história judia é porque, como uma fã de fantasia judia, eu sempre tive problemas em encontrar literatura que representasse minha própria experiencia e historia. Tem muitos escritores judeus – mas nós nunca escrevemos sobre a gente ou nossas experiencias. Eu quero que leitores judeus consigam se ver em pequenas referencias, como o Sanhedrin, algumas preces em torno de tudo, desde lavar as mãos para o luto, até cores especificas e poder se relacionar com seus conhecimentos e experiencias.

O que você acha que seus leitores das Cronicas Shadowhunters vão amar sobre essa nova série?

Os personagens, eu espero! Eu sempre senti que lançar um novo livro para meus leitores é como introduzir amigos em comum. Do nada estamos todos dividindo o mesmo espaço. Eu acho que aqueles que amam meus livros e se veem nos personagens, podem se relacionar e encontrar o mesmo aqui – desde Lin e sua teimosia, para Kel e sua devoção a Conor, para Conor e sua travessura, ou o Rei Ragpicker e seus planos astutos, até Ji An e seu senso de humor afiado. Mal posso esperar para poder falar sobre esses personagens que tem vivido em minha mente tanto tempo com meus leitores quando esse livro lançar.

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