Alguns pediram um snippet para celebrar #LoveWins, eu pensei que um snippet do casamento de Helen e Aline no conto “Bitter of Tongue” de TSFA poderia ser apropriado.
“Simon não entendia completamente as tradições dos Shadowhunters.
Tinha muito da Lei sobre quem você poderia ou não se casar: se você casasse um mundo que não tivesse ascendido, você perderia suas Marcas e te forçariam a deixar os Shadowhunters. Você poderia casar um membro do Submundo em uma cerimônia mundana ou em uma do Submundo, e não te forçariam a deixar, mas todo mundo ficaria sem jeito, algumas pessoas agiriam como se seu casamento não tivesse validade, e sua terrivelmente tradicional Nephilim tia avó Nerinda iria começar a se referir a você como a vergonha da família. E mais, com a nova paz funcionando como estava, qualquer Shadowhunter que quisesse casar com uma fada, provavelmente estava sem sorte.
Mas Helen Blackthorn era uma Shadowhunter, pela Lei deles mesmo, não importava quantas pessoas pudessem desprezar ou não confiar nela por causa do sangue de fada. E Shadowhunters não tinha atualmente colocado na preciosa Lei deles que Shadowhunters não podiam casar com alguém do mesmo sexo. Possivelmente isso é porque não tinha ocorrido para ninguém como uma opção anteriormente.
Então Helen e Aline podiam se casar, com uma completa cerimônia Shadowhunter, nos olhos dos familiares e do mundo delas. Mesmo que elas ficassem exiladas novamente logo depois, elas podiam ter pelo menos isso.
Em um casamento Shadowhunter, disseram a Simon, que você se veste de dourado e coloca a runa de casamento em cima do peito da outra pessoa. Tem uma tradição de levar a noiva ao altar, nos dois lados do casamento. A noiva ou o noivo iriam escolher a pessoa mais importante para eles na familia — ás vezes um pai, mas ás vezes uma mãe, ou um parabatai ou um irmão ou um amigo, ou seu próprio filho ou um mais velho que iria simbolizar toda a família–e o escolhido, ou família, daria a noiva ou o noivo para o seu amado, e acolheria o seu amado em sua própria família.
Isso não é sempre possível em casamentos Shadowhunters, considerando que algumas vezes sua família inteira e todos seus amigos foram devorados por demônios-cobra. Nunca se sabe com Shadowhunters. Mas Simon achou que era bonito que Jia Penhallow, Consul e mais importante membro da Clave, estava lá como escolhida para dar a sua filha Aline, aos contaminados, escandalosos Blackthorns, e para receber Helen ao seio de sua família.
Aline teve coragem para sugerir isso. Jia teve coragem para aceitar. Mas Simon supôs que a Clave já tinha efetivamente exilado a filha de Jia: o que mais eles poderiam fazer com ela? E qual a melhor maneira de cuspir na cara deles do que dizendo: essa garota que vocês cuspiram e mandaram embora agora é tão boa quanto a filha da Cônsul.
Julian era quem estava lá para dar Helen. Ele permaneceu em suas roupas de escritos dourados, sua irmã em seu braço, e seus olhos da cor do oceano refletidos no sol brilharam como se ele estivesse feliz como qualquer criança poderia estar. Como se ele não se importasse com nada no mundo, mas Simon sabia que não era assim.
Helen e Aline estavam ambas vestidas em vestidos dourados. Um fio dourado brilhava como uma estrela nos cabelos pretos de Aline. Elas estavam tão felizes, seus rostos refletiam seus vestidos. Elas ficaram no centro da cerimônia, sóis gêmeos, e por um momento o mundo inteiro parecia girar ao redor delas.
Helen e Aline desenharam as runas do casamento uma no coração da outra com mãos firmes. Quando Aline inclinou a cabeça brilhante de Helen para baixo, em sua direção, houveram aplausos por todo o hall.
“Obrigada por nos deixar vir,” sussurrou Helen depois que a cerimônia havia acabado, abraçando sua nova sogra.
Jia Penhallow segurou sua nora em seus braços e disse, em uma voz consideravelmente mais alta que um sussurro: “Sinto muito, tenho que deixar você ser levada novamente.”
Simon não falou para Julian sobre encontrar Mark, mais do que disse a Mark que Helen não estava lá para se importar pelas crianças Blackthorn. Parecia cruelmente hediondo, por um peso sobre ombros que recentemente haviam carregado outro peso. Parecia melhor mentir, como fadas não podiam.
Mas quando ele foi dar parabéns para Helen e Aline, ele beijou a bochecha de Helen, para que pudesse sussurrar em seu ouvido: “Seu irmão Mark manda amor, e felicidade pelo seu amor.”
Helen olhou para ele, com lágrimas subitamente em seus olhos mas com um sorriso ainda mais radiante do que antes.”