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Os amigos Caçadores de Sombras de Simon eram a outra razão pela qual ele estava indo.
“Tenho certeza”, disse Simon. “Tchau, Mãe. Eu te amo.”
Ele falava sério. Ele nunca deixou de amá-la nessa vida, ou em qualquer outra.
Eu te amo incondicionalmente, sua mãe lhe disse uma ou duas vezes quando ele era mais novo. É assim que os pais amam. Eu te amo não importa o que aconteça.
Pessoas dizem coisas assim, sem pensar em potenciais cenários de pesadelos ou condições horríveis, o mundo todo mudando e o amor indo embora. Nenhum deles jamais sonhou que o amor seria testado, e falharia.
Rebecca tinha mandado um cartão a ele que dizia: BOA SORTE, SOLDADO! Simon se lembrou, mesmo quando ele havia sido trancado para fora de casa, com a porta o barrando de todas as maneiras possíveis, dos braços de sua irmã ao redor dele e de sua voz doce em seu ouvido. Ela tinha o amado, até mesmo naquela época. Era isso. Era alguma coisa, mas não era o suficiente.
Ele não poderia ficar aqui, pego entre dois mundos e dois conjuntos de memórias. Ele tinha que escapar. Ele tinha que ir e se tornar um herói, da maneira como ele foi uma vez. Então tudo isso faria sentido, tudo isso significaria alguma coisa. Com certeza, isso não machucaria mais.
Simon parou antes de colocar sua bolsa nos ombros e partir para a Academia. Ele colocou o cartão de sua irmã em seu bolso. Deixou sua casa para uma estranha nova vida e carregou o amor dela com ele, como havia feito uma vez antes.
Simon se encontraria com seus amigos mesmo que nenhum deles estivesse indo para a Academia. Ele concordou em vir ao Instituto e dizer adeus antes de partir.
Havia um tempo em que ele conseguiria ver através dos encantos por conta própria, mas Magnus tinha que ajudá-lo a fazer isso agora. Simon olhou para o estranho e imponente volume do Instituto, relembrando dificilmente que ele já havia passado por esse lugar antes e visto apenas um prédio abandonado. Essa era outra vida, porém. Ele se lembrou de alguma passagem da Bíblia sobre crianças vendo através de vidros manchados, mas crescer significava que você conseguiria ver as coisas claramente. Ele podia ver o Instituto muito claramente: uma estrutura impressionante crescendo acima dele. O tipo de construção desenhada para fazer os seres humanos se sentirem como formigas. Simon empurrou o portão ornamentado para abrir, andou pelo caminho estreito que serpenteava em volta do Instituto e cruzava além dos jardins.
As paredes que rodeavam o Instituto incluíam um jardim que lutava para florescer dada sua proximidade com a New York Avenue. Havia caminhos de pedras impressionantes, bancos, e até mesmo uma estátua de um anjo que dava calafrios a Simon, desde que era um fã de Doctor Who. O anjo não estava chorando exatamente, mas parecia bastante depressivo para o gosto de Simon.
Sentados em um banco de pedra no meio do jardim, estavam Magnus Bane e Alec Lightwood, um Caçador de Sombras que era alto, obscuro, incrivelmente forte e silencioso, pelo menos perto de Simon. Magnus era tagarela, ainda que, tivesse os olhos de gatos mencionados acima e poderes mágicos, e estava usando uma camiseta justa com um padrão listrado de zebra com detalhes rosa. Magnus e Alec namoravam por algum tempo; Simon imaginou que Magnus poderia falar pelos dois.
Atrás de Magnus e Alec, inclinadas contra uma parede de pedra, estavam Isabelle e Clary. Isabelle estava inclinada contra a parede do jardim, olhando para além disso, para algo distante. Ela parecia estar no meio de uma pose para uma inacreditável sessão de fotos. Então novamente, ela sempre fez. Era o seu talento. Clary, no entanto, estava encarando o rosto de Isabelle com teimosia, e falando com ela. Simon se perguntou se Clary conseguiria o que desejava, e faria então Isabelle prestar atenção nela eventualmente. Esse era o seu talento.
Olhar para cada um deles lhe causou uma pontada no peito. Olhar para as duas começava uma maçante, dor constante.
Então, ao invés disso Simon olhou para seu amigo Jace, que estava ajoelhado na parte com grama e afiava uma curta lâmina contra uma pedra. Simon presumiu que Jace tinha suas razões para isso; ou, eventualmente, ele só sabia que ele parecia legal fazendo isso. Possivelmente ele e Isabelle poderiam fazer uma sessão de foto juntos para o Fodões do Mês.
Todo mundo estava junto. Só por causa dele.
Simon teria se sentido honrado e amado, exceto que em sua maioria se sentia estranho, porque ele tinha apenas alguns fragmentos avulsos de memória que diziam que ele conhecia todas essas pessoas, e uma vida inteira de memórias que lhe diziam que eles estavam armados, estranhos excessivamente intensos. O tipo que você pode querer evitar no transporte público.
Os adultos do Instituto e da Clave, a mãe e o pai de Isabelle e Alec e as outras pessoas, eram os únicos que tinham sugerido que, se Simon quisesse se tornar um Caçador de Sombras, ele deveria ir para a Academia. Ela estava abrindo suas portas pela primeira vez em décadas para acolher aprendizes que poderiam restaurar os postos de Caçadores de Sombras que a recente guerra tinha dizimado.
Clary não tinha gostado da ideia. Isabelle não disse absolutamente nada sobre o assunto, mas Simon sabia que ela não tinha gostado também. Jace tinha argumentado que ele era perfeitamente capaz de treinar Simon em Nova York, tendo até mesmo oferecido…
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Aaahh! Doctor Who, morri com essa – aquelas estátuas também me assustam heheu
♥ ♥