11.04

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O site CraveOnline entrevistou Cassandra Clare quando ela estava na WonderCon e nós temos aqui para vocês a entrevista completa e traduzida, onde ela fala sobre o filme de Cidade dos Ossos.

Cassandra Clare me disse para chamar ela de Cassie porque eu conhecia ela na WonderCon e eu entrevistei ela e nós somos amigos agora. Screem Gems trouxe as estrelas do filme que é adaptação do livro de Clare, Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos, para a WonderCon conhecer os fãs, e nós falamos com Clare na sala de entrevistas, em cima do hall para o publico. O primeiro livro e filme tem Clary (Lily Collins) descobrindo que ela vem de uma linhagem de caçadores de sombra e tem um papel na batalha sobrenatural deles. Vamos deixar Clare explicar o resto ela mesma.

CraveOnline: Quando hollywood começou a comprar os livros adolescentes, você esperou um tempo e tentou vender essa serie enquanto distraia os possíveis compradores?

Cassandra Clare: Não fiz. Eu era muito nova no cenário. Eu vendi meus livros antes que Crepúsculo saísse e então quando nós colocamos os livros para estúdios de filmes e o que não comprar os direitos, livros de literatura fantástica para adolescentes era um fenômeno desconhecido. As pessoas não estavam certas do que fazer com aquilo. Foi comprado pela Unique Features e Constantin. Eles amaram a história e eles estavam com a mesma visão que eu, então eu não fui em cima deles. Eu não esperei e distrai compradores porque não tinha esse tipo de frenesi antes. Agora que é realmente interessante para mim, mas não, eles já tinham os direitos á cinco anos.

Então eles compraram e levaram para um estúdio diferente antes da Screen Gems?

Eles fizeram, mas Robert Kulzer, que é o produtor na Constantin que eu mais trabalhei, tem um longo relacionamento com a Screen Gems e a Sony. Eles fizeram os filmes “Underworld” juntos e eu acho que ele sentiu que eles realmente conseguem fazer uma fantasia urbana, então eu acho que eles foram a primeira alternativa. Por sorte eles colocaram a bordo.

Você precisa que os filmes sejam realmente fieis aos livros, ou você está aberta para alguma interpretação?

Eu estou aberta para interpretações porque eu acho que uma coisa interessante sobre os filmes é, com os livros você tem o ponto de vista de uma personagem, Clary. Então você não pode ver uma coisa como leitor que ela não vê. Você não pode ouvir algo que ela não ouve, você não sabe coisas que ela não sabe, mas em um filme você pode abrir o resto do mundo e pode ver cenas que ela não estava presente, e pode ouvir coisas que ela não ouviu e saber de coisas que ela não sabe, e eu acho que isso cria algumas coisas interessantes.

Nós vimos pelo trailer que vai ter a cena no clube, certo?

Sim, definitivamente tem a cena do clube. Estou animada com isso.

Como foi ver cenas como essa criarem vida?

É muito surreal porque você só imaginou isso e então aparece, criando vida em uma tela e você fica tipo, “Wow, alguém entrou na minha cabeça e puxou para fora todas as coisas e colocou isso no telão para todo mundo ver.” É incrível.

Tinha alguma cena que eles tinham que ter no filme?

Sim, tem certas cenas que eu realmente queria que eles mantivessem no filme. A cena onde Clary e Jace conversam pela primeira vez, a cena da estufa que é muito romântica, e a festa do Magnus que é minha cena favorita no livro. Eu realmente quis que eles tivessem elas.

E todas essas cenas ficaram?

Até onde eu sei, sim.

Tem alguma cena que você ficou bem com eles não colocarem ou mudarem?

Tem algumas cenas que eu entendi o porque eles mudaram. Tem uma grande parte na cena que tem uma luta em um hotel entre caçadores, lobisomens e vampiros. Naquela cena no livro, é apenas Jace e Clary. Eles colocaram junto outros personagens, Isabelle e Alec, interpretado por Jemima West e Kevin Zegers. Eu entendi o que eles fizeram, porque eu senti que eles queriam ter certeza que os outros personagens estavam igualmente presentes e darem a audiência mais uma chance de se ligar a eles. Então, com essas mudanças eu estou bem.

Quando você escreveu, você pensou sobre a tradicional estrutura como a jornada do herói de Joseph Campbell?

Sim, definitivamente. Eu li “O Herói de Mil Faces” e “O Ramo de Ouro” [são dois livros bem antigos que falam sobre mitos e heróis] e todas essas coisas antes de começar. Eu realmente queria escrever a história da jornada de um herói que batesse todas as jornadas de heróis, mas fazer isso sobre uma garota. Isso é algo que eu quis quando eu estava crescendo.

Isso se aplica ao primeiro livro, ou se expande para toda a série?

É realmente o arco dos três primeiros livros. Cruzando os dedos, eu adoraria que eles tivessem uma chance de se transformar todos os três em filmes porque eu acho que eles formam um conjunto.

Não são seis livros?

Bem, tem seis livros, mas é realmente duas trilogias separadas. É trilogia um e trilogia dois. Contanto que eles façam os primeiros três, certo? Não é pedir muito.

Por que você decidiu chamar os seres humanos de “mundanos?”

Porque eu tenho um monte de amigos que jogam Caverna do Dragão e eles realmente me ajudaram quando eu estava trabalhando no sistema de magia nos livros, porque eu diria: “Esse tipo de luta funciona? Esse tipo de luta funciona?”. Eles sempre chamam as pessoas que não jogam Caverna do Dragão de mundanos. Eles diriam: “Bem, um mundano não entenderia isso, mas é assim que esse tipo de magia funciona”. Eu apenas pensei que era uma maneira tão encantadora de olhar para as coisas que eu peguei a frase.

É ainda pior ser um mundano do que ser um trouxa?

Eu não acho que seja realmente ruim. Eu sempre sinto que os Caçadores de Sombras são tem pouco de inveja dos mundanos, porque a vida dos Caçadores de Sombras são tão perigosas. Magos, mágicos, eles têm magia, eles basicamente vivem uma vida feliz e mágica. Caçadores de Sombras nascem para lutar, eles são treinados para lutar, eles lutam a vida inteira e morrem cedo. Cara, eu acho que ser um mundano seria muito mais fácil.

E sobre fazer suas estórias se passarem no mundo real de Nova York?

Eu acho que essa é uma das coisas que é realmente divertido sobre o filme é, na verdade, porque eu estava conversando com o [diretor] Harald [Zwart] sobre em vez de tomar os personagens e os tirar de nosso mundo conhecido de telefones celulares e iPads e transito e os levar para outro lugar, tipo bem longe, como Hogwarts ou Acampamento Meio-Sangue ou algo assim, você fica nas redondezas urbana cheia de energia. Mas a magia está lá ao mesmo tempo, e isso é algo que eu sempre amei nas realmente clássicas, estilo antigo, fantasias urbanas.

Você chegou a estar no set?

Eu estive. Eu visitei o set de um monte de vezes, na verdade. Eu fiquei por Toronto, visitando o set.

Em qualquer posição oficial de produtora ou consultora?

Eu não sou um produtora ou consultora, eu não tenho um título oficial. Eles foram apenas muito abertos para que a minhas opiniões e eles eram gentis o suficiente pra pararem tudo para me ouvir. Eu apenas sentava com Harald às vezes e conversava sobre quando ele tinha dúvidas sobre problemas no set. Será que isso vai lá? Ele sempre quis falar sobre magia, as regras da magia, as runas, como elas funcionam. Então eu meio que era um consultora não-oficial andando por ali. Na maior parte do tempo eu estava me divertindo.

Lily Collins ou Jamie Campbell Bower lhe fizeram perguntas?

Eles me perguntaram algumas perguntas. Tentei nunca chegar e oferecer para eles qualquer tipo de opinião a menos que eles especificamente viessem e me perguntassem, porque eu senti que eles realmente tinham que ocupar esses papeis e serem essas pessoas e tomar suas próprias decisões.

O que eles especificamente eles te perguntaram?

Jamie me perguntou a idade de Jace em certos pontos em sua vida quando ele aprendeu determinadas coisas. Eu não quero estragar as coisas no filme, mas ele conta algumas histórias sobre coisas que aconteceram em sua infância para que ele me perguntou aproximadamente quantos anos ele tinha quando essas coisas aconteceram com ele, esse tipo de coisa. Apenas uma maneira de construir a história passada do personagem.

Acontece que eu fiz minha pesquisa para esta [entrevista] lendo o Wiki e algumas outras coisas sobre o seu livro. Como autor, não te incomoda que a sinopse inteira e resumo da trama está lá fora, assim?

Incomoda um pouco porque eu sinto que as pessoas que poderiam ir e ler e então elas saberiam de tudo o que acontece, então eles só pegam os spoilers. Eu tento responder a todos meus e-mails de fãs. Às vezes eu recebo perguntas de pessoas que, obviamente, só leram o Wiki, mas ainda não leram os livros. Eu fico tipo: “Mas você tem que ler o livro ou você não vai entender”. Mas eu acho que é um país livre. Se você quiser ler a sinopse inteira, você pode. Não é o mesmo que ler o livro.

Acho que isso é exatamente o que eu infelizmente fiz, porque eu só soube sobre esta entrevista há uma semana, e eu não sou um leitor rápido o suficiente para ler um livro inteiro em uma semana.

Bem, com certeza, você está fazendo uma pesquisa, então… São bastante páginas. [Risos] Eu realmente acho que são provavelmente úteis para ter como pesquisa, e as pessoas que já leram os livros usam muito o wiki para voltar e se lembrar de coisas. É uma mitologia muito complicada. É um mundo grande, vasto. Eles vão voltar e verificar e ver quem está ligado a quem e o que aconteceu quando.

Vou precisar apenas soletrar os nomes direito.

[Risos] Sim, provavelmente.

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