22.11

Sinopse: Na continuação de Uma princesa em Tóquio, um casamento real está prestes a acontecer, e Izumi, a mais nova princesa do Japão, precisa garantir que tudo dê certo.

Quando Izumi Tanaka descobriu que seu pai era o príncipe herdeiro do Japão, ela precisou se adaptar depressa à vida em outro país – e em meio à realeza. Não foi nada fácil, mas depois de enfrentar primos antipáticos (e interesseiros), uma imprensa fofoqueira e alguns escândalos imperiais, parece que Izzy finalmente encontrou seu lugar como princesa em Tóquio.

Para melhorar, sua mãe e Tamagotchi, seu cachorro, estão passando uma temporada no país. E seu namoro não poderia estar melhor! Aliás, o clima de romance está no ar no palácio, já que seus pais retomaram o relacionamento. Mas, quando o casal começa a falar em se casar, o conselho imperial não parece nada animado com a ideia…

Na tentativa de ajudar os pais a conquistarem o “felizes para sempre” que merecem, Izumi bola um plano de se tornar a princesa perfeita. Mas será que vai conseguir segui-lo sem sacrificar quem ela é de verdade.

[Pode conter spoilers do primeiro livro “Uma Princesa em Tóquio”, que você pode ver a resenha sem spoilers clicando AQUI].

Quando eu soube que “Uma Princesa em Tóquio” teria uma continuação, eu confesso que fiquei um pouco confusa porque a história, pelo menos para mim, já parecia acabada. Porém, é claro, que fiquei agradecida, porque eu gostei muito da história de Izzy e Akio e eu queria ler mais deles também.

Então quando eu enfim peguei o livro, eu não posso deixar de falar que fiquei um tanto desapontada. Vou explicar o porquê.

Em “Uma Princesa em Tóquio” Izzy acabou de descobrir que seu pai é o príncipe herdeiro do Japão, o que faz dela também uma princesa. E ela, que sempre se sentiu deslocada morando nos Estados Unidos, pensa que essa é sua chance de descobrir suas origens e saber mais sobre sua própria história. Ao chegar no Japão, é claro que nem tudo sai como planejado, e não demora para ela pensar que, mesmo ali, ela também não se encaixa completamente.

Durante todo o livro nós vemos o quanto ela se esforçar para pertencer em algum lugar, numa lembrança muito boa de um filme que eu adoro que se chama “Tudo que uma garota quer”. E Izzy aparentemente consegue isso. Depois de muito desenrolar da trama, quando livro termina ela está num relacionamento saudável e apaixonado, sua mãe está passando uma temporada com ela no Japão, a imprensa não parece mais odiar ela tanto assim e ela tem a família reunida ali, com seu pai e sua mãe juntos. Final feliz, não é?


“Nós criamos nosso próprio conforto. Não importava o que acontecesse, sempre havia uma aura de alegria ao nosso redor, alimentada pela coragem e pela força de vontade dela.”

Pois então, quando “Um Sonho em Tóquio” veio, a história segue basicamente do ponto onde parou. Falta pouco tempo para sua mãe voltar para a casa delas nos Estados Unidos, mas seus pais parecem ter reacendido a chama do amor deles, o relacionamento dela com Akio está perfeito, suas amigas estão seguindo os rumos que sempre quiseram para suas vidas.

E é aí que seus pais decidem que querem se casar e dar a eles mesmos a chance que eles perderam anos antes. E, claro que Izzy está feliz com a notícia, mas o conselho Imperial nem tanto e então ela escuta uma conversa em que absolutamente tudo é questionado: desde seus modos, até seu namoro com Akio e o fato de ela não estar na Universidade ainda. E, por isso, Izzy decide fazer de tudo para que seus pais possam ter o final feliz – mesmo que ela tenha que se sacrificar bastante por isso.


“Como pude esperar que fosse possível ficar em sua órbita dourada para sempre? Eu já deveria saber. Estávamos jogando um jogo perdido esse tempo todo.”

E é aí que entra meu desapontamento. Durante o primeiro livro todinho nós tivemos um grande desenvolvimento da Izzy, dela descobrir quem ela é, a forma com a qual ela aprende a lidar com tudo e, no segundo livro, parece que todo esse desenvolvimento vai por água abaixo. Izzy volta a se questionar sobre tudo (inclusive sobre seu amor e de Akio, o que vou falar mais logo abaixo) e volta a fazer das tripas coração para mostrar que ela pertence sim aquele lugar ali.

E eu não posso negar que isso me deixou um pouco frustrada. Eu entendo que naturalmente, a gente vê que a mídia nem sempre fica amando uma pessoa para sempre e isso é o natural, mas aquela história com um final tão redondinho não precisava virar uma parte dois da mesma história, apenas com um fundo diferente: dessa vez Izzy não quer que eles a amem apenas porque ela pertence ali, mas quer que amem sua mãe também e, principalmente, que não a usem como desculpa para atrapalhar o casamento de seus pais.

Nisso que entra o relacionamento de Izzy e Akio também. Assim como o desenvolvimento pessoal da personagem, parece que o desenvolvimento dos dois como um casal foi para o ralo e eles tiveram que passar por todo esse desenvolvimento de novo, dessa vez com um triangulo amoroso (que absolutamente ninguém pediu) no meio. Foi meio cansativo, não vou negar não.


“Será que o amo? Sei lá. Só sei que gosto muito dele. E também sei que Akio é como um lar para mim. Seguro. Confortável. Tranquilo. Não importa para onde eu vá ou o que eu faça, sou como um bumerangue: é para ele que quero voltar, é nele que estou sempre pensando. Isso é amor?”

Porém, não pensem que eu odiei o livro. Eu não odiei ele não. É um bom livro, assim como no primeiro, a escrita de Emiko Jean é fluida e é gostosa de ler e é divertida com várias passagens muito engraçadas e o ponto alto para mim, do livro todinho foi que finalmente Izzy fez as pazes com as gêmeas Iluminadas.

Eu simplesmente ADOREI que elas enfim começaram a se dar bem e as duas são MARAVILHOSAS (assim que você esquece o fato de que elas parecem as gêmeas de “O Iluminado”, é claro). Todo o desenvolvimento da amizade delas é muito bom e meu destaque é para quando Noora, sua melhor amiga de infância vai visitar Izzy no Japão e ela conhece também as gêmeas Iluminadas. É divertido demais.


“Quantas vezes será que ela se deixou levar por um filme sobre uma princesa que foge por um dia de uma vida rigidamente controlada? Aposto que muitas.”

Eu também gostei bastante da terceira parte do triangulo amoroso. Não vou falar o nome dele aqui para não dar spoiler, mas sinceramente, desde o primeiro minuto que ele aparece fica muito na cara que esse triangulo vai acontecer e ele é uma gracinha. Não que eu trocaria o Akio por ele não. Prefiro ainda continuar com meu guarda-costas rabugento. 😉

Se você quer um bom livro para passar o tempo depois de ter lido “Uma Princesa em Tóquio” (ou nem tanto, porque várias coisas do livro são relembradas durante a leitura da continuação), “Um Sonho em Tóquio” é algo que você pode gostar. Como eu disse, eu não gostei muito da diminuição no desenvolvimento anterior, mas de resto, o livro é todo muito bom e divertido sim, então dê uma chance, pode ser que você goste!

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