23.11

Sinopse: Nesse conto de fadas contemporâneo, uma jovem atravessa o mundo em busca de pertencimento e um final feliz.

Izumi Tanaka nunca sentiu que pertence ao lugar onde vive. Afinal, ela é uma das únicas garotas com ascendência japonesa em sua cidadezinha natal, no norte da Califórnia. Criada apenas pela mãe, as duas sempre foram muito unidas – até Izzy descobrir que seu misterioso pai é ninguém mais, ninguém menos do que o príncipe herdeiro do Japão. O que significa que Izumi é literalmente uma princesa.

Não demora muito até a família imperial japonesa ir atrás de Izzy e ela partir em uma viagem para Tóquio. Em meio a confusões com um jovem guarda-costas mal-humorado (apesar de lindo!) e com primos envolvidos em diversas polêmicas, a garota vai perceber que a vida da realeza está longe de ser só glamour. E, enquanto tenta conhecer o pai, talvez acabe encontrando a si mesma.

Princesa em Tóquio” nos conta a história de Izumi Tanaka, Izzy, uma garota que teve uma vida relativamente normal: morava com sua mãe que a criou sozinha a vida toda e tinha mais três amigas com quem sabia que podia contar para tudo, que estudam junto com ela. Mas Izzy sempre quis um pouco mais: vivendo na Califórnia sendo asiática, ela sempre sentiu que não pertencia realmente aquele lugar e queria saber mais sobre suas raízes.

Não podia perguntar exatamente a sua mãe, porque os avós de Izzy tinham ido embora para a América muitos anos antes e abandonaram completamente a cultura deles, nem ao menos falando em japonês mais dentro de casa. E porque ela não fazia nem ideia de quem o pai dela era. Então, um certo dia, lendo um livro sobre flores que sua mãe tinha no quarto, ela encontrou um bilhete e – com a ajuda de sua melhor amiga (que provavelmente devia ser contratada pelo fbi) descobriu de quem se tratava: um homem que sua mãe conheceu na faculdade, mas não um homem qualquer – o pai dela.


“Eu sabia que era diferente, mas só soube que ser diferente era ruim quando alguém me mostrou. Dei risada como as outras crianças, claro. Afinal, o humor é sempre a melhor defesa. Fingi que não doeu. Assim como fingi que não doeu quando um menino perguntou se a minha família comemorava o bombardeio em Pearl Harbor como se fosse Natal. Ou quando os outros estudantes pediam minha ajuda com a lição de matemática. Pior para eles, porque sou péssima com números. Ainda assim, toda vez, algo dentro de mim parece murchar, num misto de vergonha e silêncio.”

No minuto em que elas viram a fotografia do homem, não restou dúvidas de que eram pai e filha, porque ela era idêntica a ele. Mas a grande surpresa veio em seguida, quando não apenas descobriram sobre seu pai, mas que ele era um príncipe. Ao tentar entrar em contato com o pai, Izzy acaba atraindo atenção não só da imprensa, mas recebe do próprio um convite para que ela fosse visitar ele em TÓQUIO.

É então que toda a vida dela vira de cabeça para baixo ao ir para um lugar que ela não conhece, cercada de pessoas que ela não conhece, sem saber em quem pode confiar ou não, mas disposta a aprender tudo que for necessário para descobrir mais sobre ela mesma, sobre sua cultura e principalmente descobrir onde que ela se encaixa no mundo.


“— Prefiro Izzy.
Você prefere Izumi.
Correto. Só que, lá pelo terceiro ano, já tinha ouvido essas três sílabas serem tão massacradas que quis simplificar meu nome. É mais fácil assim.
Se pessoas brancas conseguem aprender Klingon, também podem aprender a pronunciar o seu nome.
Contra fatos não há argumentos.”

Bebendo diretamente da fonte de outras mídias que já tocaram nesse plot (“O Diário da Princesa” em livros e “Tudo que uma garota quer” em filme), “Princesa em Tóquio” ainda assim consegue ser bem diferente em sua proposta. Diferente de Mia, em O Diário, que soube a vida toda quem seu pai era – apesar de não ter ideia da dimensão disso, Izzy nunca sequer viu o pai ou soube qualquer coisa dele antes de descobrir o bilhete no livro de sua mãe. E diferente de Tudo que uma garota quer, Izzy quer as mudanças que a nova descoberta trazem pra ela.

Ela não é uma garota que descobriu quem seu pai era apenas e está ali para aproveitar disso, não. Ela quer descobrir mais sobre suas raízes, depois de anos morando na América e sendo rechaçada por “não pertencer” lá, ela finalmente descobriu um lugar onde ela acha que será mais fácil pertencer – ou pelo menos não parecer tão “diferente” – e isso não são palavras minhas, é o que ela afirma boa parte do livro.


“Quando eu era pequena, pensava muito no meu pai. Às vezes, fantasiava que ele era dentista ou astronauta — e, uma vez, ainda que jamais admita em voz alta, até desejei que ele fosse branco. Na verdade, eu queria que tanto meu pai quanto minha mãe fossem brancos. Branco era lindo. Branco era a cor das minhas bonecas e das modelos e das famílias que eu via na tv. Era como se abreviar meu nome, ter a pele mais clara e um olho mais redondo fossem tornar minha vida muito mais fácil e o mundo muito mais acessível.”

Izzy me conquistou desde o início simplesmente porque eu gosto de personagens assim. Ela sabe o que quer e se esforça para conseguir isso, sem ter que atropelar ninguém no caminho do autoconhecimento dela. A amizade dela com a “Gangue das Garotas Asiáticas” (como ela e suas três melhores amigas se chamam) também é maravilhosa

E claro que eu não podia não falar sobre o romancezinho que rola no livro. Foi outra coisa que me ganhou de cara, como boa amante de enemies-to-friends-to-lovers. Não que eles sejam exatamente enemies quando o livro começa, mas o guarda-costas definitivamente não gosta dela, o que faz ela não gostar dele de volta, mas é claro que as coisas vão evoluindo conforme o livro passa e vai deixando aquele quentinho gostoso no coração.


“— Você já matou alguém? E, se já, gostou? Aposto que já e aposto que gostou. — É sempre o tipo forte e calado que esconde o jogo. — Me conta, você tem um quarto secreto onde ninguém pode entrar?
Claro que não — Suas mãos estão cruzadas à frente, e suas costas, perfeitamente eretas. — É um porão. É melhor para controlar a temperatura. Você sabe, dos cadáveres.

Como eu falei acima, a premissa de “Uma Princesa em Tóquio” pode lembrar muito outras histórias, mas acreditem em mim quando eu digo que não é NADA igual, pelo menos não no centro da história. Se você gosta de comédias românticas e que te deixam suspirando – não só pelo romance, mas pela história em si, acredite em mim, você vai querer ler esse livro.

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