26.07

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E chegou um dos grandes momentos que esperávamos antes da estreia de Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos, no dia 21 de Agosto!

Finalmente, aparentemente já começaram algumas exibições fechadas do filme para críticos de cinema, e já saiu a primeira resenha. Essas avaliações são importantíssimas para despertar o interesse da audiência, e também gera muito medo nos fãs, pois isso pode ser decisivo para o sucesso do filme, principalmente pelo fato de que críticos geralmente não falam nada bem de filmes voltados ao público adolescente.

Claro, essa é a primeira resenha, e a opinião geral infelizmente pode ser outra, mas o crítico W.L. Swarts fala tão bem do filme, da direção e da atuação da atriz Lily Collins, que ficamos até em dúvida se colocaríamos uma imagem da Lily para estampar essa matéria.

E considerando que ele deu notas baixíssimas para outros filmes do gênero (como para Jogos Vorazes, com nota 6,5, o que já é considerado alto), já adiantamos que a nota que ele deu para Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos é extremamente satisfatória!

Por isso, confiram a resenha completa e traduzida abaixo. Mas se você foge de SPOILERS do filme, é melhor passar longe daqui!

O que tem de bom: Conceito, Efeitos Especiais, Atuação
O que tem de ruim: Momentos de Personagens
O Básico: Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos, está aqui para aqueles que esperam um filme de fantasia forte e envolvente, embora aqueles procurando por algo realmente sombrio e adulto acharão uma certa deficiência disso no filme

Todo ano, há muito tempo, a temporada de grandes filmes do verão tem sido caracterizada por vários filmes previsíveis. Os grandes estúdios lançam os grandes filmes baseados em efeitos especiais em intervalos calculados para dominar a audiência por uma ou duas semanas antes que o próximo grande filme, e com cereza algo que com certeza dê certo, o tire do “pedestal”. Não é uma época do ano conhecida por filmes de alto conceito, e em Agosto os grandes estúdios já ganharam muito dinheiro vendendo ingressos antes de chegarem à “Crise de Setembro”, e então para (a cada ano mais cedo) a Tempora de Filmes feitos para o Oscar. A época de Agosto “Pré-Crise” geralmente é época do ano em que os estúdios despejam as comédias e um ou dois filmes que eles não acreditaram o suficiente para lançar no começo do Verão, para que não competissem com as grandes estreias.

E está aqui, na época reservada para comédias fracas e românticas, que propositalmente coincide com os alunos de faculdade retornando às aulas, em que a Sony e a Screem Gems lançarão “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos”. O filme é baseado em um livro de fantasia para Jovens Adultos (que se tornou uma série), e para o interesse geral, eu não li nehum livro da série, então essa é uma revisão somente do filme, sem nenhuma comparação. Aparentemente há uma grande pressão (da mídia) contra o gênero de fantasia para Jovens Adultos, e no começo do ano muito se comentou do gênero quando 16 Luas e A Hospedeira foram lançados, e fracassaram.

Felizmente, para os fãs de cinema, “Os Instrumentos Mortais: CIdade dos Ossos”- tirando alguns socos, especialmente na cara – é um lançamento que prende mais e é mais maduro do que os fiascos do começo do ano do mesmo gênero. Na verdade, tirando o elemento do triângulo amoroso que talvez inspire alguma comparação com a Saga Crepúsculo, “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos” é mais como “Constantine” encontra com “Underworld”, do que um romance meloso. Na verdade, para crédito do filme, no final ele promete cuidadosamente não seguir a mesma fórmula nos filmes seguintes, o que é ótimo.

Clary Fray é uma garota jovem comum, vivendo em Nova York (exceto que, apesar de sua idade, ela consegue entrar em uma boate sem ser parada, o que de acordo com o quão jovem ela aparenta causa uma primeira incredulidade na audiência) que não imagina que é diferente do resto das pessoas do mundo. Embora, uma noite na boate, ela observa Jace Wayland matar outra pessoa, ali mesmo. Ela fica surpresa de que ninguém na boate, especialmente da segurança, percebe o que aconteceu, e no dia seguinte, Clary confronta Jace. Sua tentativa de descobrir mais é cortada momentaneamente por uma ligação de telefone de sua mãe, o que a faz ir correndo para casa para descobrir que sua mãe está desparecida, e em seu lugar está um demônio. Ela é atacada pelo demônio, e seguindo o conflito, ela é levada ao reino dos Caçadores de Sombras, um mundo protegido dos olhos dos mundanos por uma ilusão.

Os Caçadors de Sombras, usuários de magia sobrenaturais que lutam contra demônios na Terra, ficam fascinados por Clary por ela (se ela realmente fosse uma humana comum) conseguir vê-los. Pela intervenção do Alto Feiticeiro do Brooklyn, Magnus Bane, Clary e seus aiados – seu amigo Simon, Jace, e os Lightwoods, Alec e Isabelle – aprendem que há um bloqueio mental na cabeça de Clary, e que ela talvez tenha a Visão, em partes por sua mãe ser uma Caçadora de Sombras. Conforme Jace e Clary ficam próximos, Simon fica com cíumes, e eles começam a procurar pela mãe de Clary, Jocelyn, cujo desaparecimento parece estar ligado a um misterioso Cálice Mortal, um artefato dos Caçadores de Sombras de grande poder. Mas a Jocelyn ter escondido o Cálice deixa claro para Clary e seus aliados de que o Caçador de Sombras que quer o Cálice, o supostamente morto Valentim Morgenstern, talvez tenha as motivações mais sinistras.

“Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos” funciona bem assim porque introduz ao espectador um univero de Caçadores de Sombras, demônios, e criaturas sobrenaturais conforme a Clary aprende também. Embora essa fórmula pudesse ser uma desculpa para uma exposição desejeitada, o diretor Harald Zwart raramente usa artíficos para mostrar ao espectador o mundo conforme a Clary o vê. A partir do assassinato na boate, seu mundo muda literalmente da noite para o dia, para um mundo repleto de criaturas e conceitos que ela nunca havia sido exposta antes. O resultado é uma mudança abrupta e abaladora na vida de Clary. Zwart dobra o mundo de uma forma que aparenta surpreendemente orgânica; Clary começa a ver os Caçadores de Sombras e demônios ao redor dela, e então entra no mundo escondido de onde o título do filme deriva.

Para o crédito do filme, embora tenha um certo número de similaridades com 16 Luas (entre outra coisas, incluindo uma bruxa negra que aparentemente obtém todas as respostas sobre o passado da protagonista), “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos” é notavelmente “fresco” por causa do ritmo alucinante e a busca essencial do filme. Clary é uma jovem mulher em um processo de amadurecimento. Com a idade de 15 e 16 anos é totalmente natural que ela ainda estaria emocionalmente ligada a sua mãe, especialmente considerando que ela foi criada sem um pai. Perder sua mãe se torna um trauma real e identificável para ela, e recuperar sua mãe se torna um verdadeiro objetivo em meio ao bombardeio de situações e criaturas sobrenaturais que a rodeia. Então, embora todos os personagens sejam dolorasamente bonitos nessa versão da cidade de Nova York (e o Submundo ali), a luta essencial da personagem no filme é atraente.

Além disso, “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos” pode diminuir opiniões depreciativas do gênero porque o conflito essencial não é “com qual garoto Clary ficará”. Enquanto há situações românticas e paixonites em abundância, o foco do filme permanece estritamente em Clary aprendendo sobre o mundo escondido ao redor dela, e a busca desesperada por sua mãe. Ao redor dessas duas coisas, Clary aprende informações muito importantes sobre seu passado e recebe também informações sobre os artefatos como o Cálice Mortal.

Clary se torna de cara uma protagonista interessante, o que ajuda a fazer “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos” quase instantaneamente envolvente. Enquanto ela faz alguns erros tolos (correr para a casa dela quando a porta foi quebrada pode ser bom para um herói em um filme, mas parece totalmente incomum para um nova-iorquino!), eles são facilmente perdoados pela sua idade, como é sua ingenuidade em seus relacionamentos. Enquanto há um quadro amplo de personagens secundários, Simon e Jace não são nem de perto tão interessantes quanto Clary e Valentim, que é estabelecido para ser o antagonista da série.

Os efeitos especiais em “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos” são apresentados de uma forma satisfatória e de tirar o fôlego. Mais do que qualquer dos outros filmes de fantasia baseados em um livro jovem adulto de fantasia, o cenário representa uma parte integral em “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos” e Zwart e seu time usam os efeitos notavelmente bem para criá-lo. Entre a maquiagem e os cenários (dada a extensão de muitos deles, a maioria são digitais) Zwart e o time de efeitos especiais fazem um mundo fantástico parecer inteiramente realista e a maioria de “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos” aparenta e faz com que o espectador se sinta imerso em um mundo real, ao invés de assistir criaturas e lugares gerados por computador de efeitos especiais.

Na atuação principal, Jonathan Rhys Meyers domina suas cenas como Valentim Morgenstern. Meyers consegue fazer com que Morgenstern não se pareça com um típico vilão exagerado e ele interpreta o papel com ambiguidade suficiente para deixar os espectadores se perguntando se as razões de seu personagem de sequestrar Jocelyn são totalmente sinistras por natureza. Mais do que qualquer coisa, Meyers interpreta Morgenstern como um líder confiável. Parece sensato que outros possam seguir Morgenstern e cumprir suas ordens de bom grado; isso vem mais do carisma na tela de Jonathan Rhys Meyers do que vem das falas do personagem em si. Por seus breves momentos na tela, ambos Lena Headey e CCH Pounder fazem seus personagens (Jocelyn Fray e Madame Dorothea, respectivamente) interessantes o bastante para nós nos importarmos sobre seus destinos e acreditar na informação que elas dão.

A surpresa de verdade é o quão boa Lily Collins é. Foi fácil para a atriz em Espelho, Espelho Meu, mas em “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos”, como sua personagem, ele interpreta com grande destreza. Collins consegue andar na linha tênue de fazer Clary parecer surpresa abalada pelo mundo se abrindo ao seu redor sem parecer absolutamente estúpida. Diferente de outras jovens atrizes de hoje em dia, Collins demonstra emoções bastante bem sem deixar seus olhos arregalados e lábios abertos (sério, qual é a tendência recente para as atrizes nunca fecharem suas bocas? Isso não é uma coisa de conversa, também, olhe para Mary-Louise Parker, ela parece se tornado pioneira em todo um estilo de atuação que foi imediatamente adotado por diretores em todos os lugares que insondavelmente acreditam que isso fala algo sobre o personagem ou o sex appeal da atriz quando elas nunca aparecem na tela com boca completamente fechada.). Ao invés, ela demonstra emoções realistas e faz Clary alternativamente abalada e determinada. Como um real a mais, Collins parece completamente confortável trabalhando com personagens e cenários digitais, sempre olhando exatamente para onde a personagem deveria olhar. O resultado é que Collins ajuda a vender a personagem e realidade de “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos” e o espectador vem a se importar sobre Clary (o que é uma coisa grande para mim como um espectador que não tem absolutamente nenhum investimento inerente nos personagens, não tendo lido os livros!)

Finalmente, a Sony e Screen Gems tiveram a chance de ter o último riso para com a temporada dos grandes filmes do verão. Indo para a Crise de Setembro, eles fornecem um filme que vale a pena assistir e vale a pena falar, o que deve fazer “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos” algo que irá além da já existente base de fãs.

NOTA: 7 de 10.

E aí, Shadowhunters? Felizes com a resenha? Como ficou a ansiedade para o filme?
Comentem suas reações aqui nos comentários!

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14 comentários em “Primeira Resenha por Crítico de Cinema de “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos””



  1. Stephanie Arias disse:

    mais ansiosa ainda!!!!

  2. Ray Araújo disse:

    SURTANDO <3333

  3. Julia Chrysostomo disse:

    Não tem como aumentar mais ainda as minhas expectativas. Elas já estão além do limite!

  4. Carolline Nascimento disse:

    7 de 10? Isso é fantástico! Jonathan e Lily liderando os elogios, que orgulho!

  5. Rafaela Borges disse:

    Ahhh! Assim da até orgulho de ser fã dessa série!! Me deixou muito mais ansiosa pro filme!!

  6. Mirlla disse:

    21 de agosto, já pode chegar que eu quero te usar! Surtando de ansiedade para ver o filme! *-*

  7. Juan Lavor disse:

    espero que todas as criticas sejam positivas. 21 de agosto que não chega logo D:

  8. Priscilla Falcão disse:

    Orgulho demais dessa série e da Lilynda.

  9. Ana Gabriela De Freitas disse:

    Só serviu pra aumentar ainda mais a ansiedade pra estreia *-*. Se até a crítica gostou, imagina os fãs? Veeeem 21 de agosto!

  10. Bruno Almeida disse:

    Dia 21 ainda tá tão longe ~~~ Enfim, a nota foi ótima, né?!

  11. Júlia da Mata disse:

    Isso me animou muito, já que esse ano foi tomado por grandes livros adaptados que foram fracassos – como A Hospedeira e Dezesseis Luas. Mas eu ainda espero a critica de alguém que leu o livro.

  12. Anabelli Gasparin disse:

    Com certeza COB vai bombar!!! Ótima resenha.

  13. Arthur Herrera disse:

    ANIMADOOOOOO Meu, é ótimo que o filme já começou com uma crítica assim! Muito orgulho do trabalho de todos envolvidos no filme por fazer o sonho de vários fãs realidade com tanto esforço e competência. Essa resenha só me deixou mais animado para ver o filme 😀

  14. Ezequiel Tomé disse:

    sinceramente?… o filme é cheio de erros grosseiros que não cabem a uma grande produção. Porém, quase morri de rir. Do começo (uns 10 min em diante) até o final rachei o bico. Hilário de mais. Só vale a pena pra dar risadas…



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