Essa é uma resenha diferente, onde eu vou falar sobre os dois livros, mas vou falar sobre eles separadamente para não ter grandes spoilers de um no outro, por isso pode ler tranquilamente se quiser saber só o que eu acho de Divinos Rivais, porque eu vou colocar um aviso antes de começar Promessas Cruéis.
Sinopse: Após séculos adormecidos, os deuses estão em guerra novamente. No entanto, a única preocupação de Iris Winnow, uma jovem jornalista de dezoito anos, é manter sua família unida e em segurança.
Enquanto a mãe de Iris sofre para superar um vício e o irmão está desaparecido em meio às trincheiras da guerra, a melhor forma de a garota atingir seu objetivo é conquistando a vaga de colunista no jornal onde trabalha, a Gazeta de Oath.
Enquanto isso, para lidar com suas preocupações, Iris escreve cartas para o irmão. Porém, misteriosamente, elas vão parar nas mãos de Roman Kitt, seu insensível e fascinante rival na redação do jornal.
Quando ele passa a responder anonimamente as cartas, os dois criam uma conexão mágica que seguirá Iris até a linha de frente da batalha, em uma busca por seu irmão, pela salvação da humanidade e pelo amor.
A coisa mais importante para se dizer sobre “Divinos Rivais” é que a história de fundo dele, começa muito, mas muito mesmo antes de Iris e Roman nascerem. O deus Dacre um dia resolveu que ele queria sequestrar a deusa Enva e, segundo conta a história, ela era a deusa mais amada do mundo e conseguiu fugir depois de um tempo, travando uma grande batalha com Dacre – e vencendo. Porém, séculos depois, o deus Dacre acordou e tudo que ele pensa é em vingança: e é aí que entram os nossos protagonistas da história.
Iris é uma garota comum, com um passado triste: seu irmão foi recrutado pela deusa Enva para lutar a guerra (porque sim, é isso que ela faz, ela recruta humanos para lutarem por ela) e não tiveram mais noticias dele desde então. É quando sua mãe se afunda na bebida e Iris sabe que não pode ficar sem resolver tudo, mesmo sozinha agora, então começa a trabalhar em um jornal, concorrendo para uma vaga de colunista, com ninguém mais, ninguém menos do que Roman.
“Enquanto isso, espero que encontre seu lugar, onde quer que você esteja. Mesmo no silêncio, espero que encontre as palavras que precisa compartilhar.”
Os dois são verdadeiros opostos em tudo: tanto na vida que tiveram, Iris com sua vida sofrida e Roman com sua vida cheia de privilégios, até mesmo em suas personalidades. Enquanto Iris é completamente sentimento e ação, Roman é levado mais pela cautela e segurança, seguindo sempre as coisas que considera importantes para ele.
É quando Iris, triste pela solidão que se encontra, decide escrever uma carta para o irmão na máquina de escrever que tem em casa – e magicamente essa carta vai parar nas mãos de Roman. E quando eu digo magicamente, é magicamente mesmo. A máquina de escrever deles é conectada por uma magia antiga, então ele sempre recebe as cartas que ela escreve e logo começa a responder.
“Não creio que você perceba a força que tem, porque às vezes a força não está nas espadas, no aço ou no fogo, como tão frequentemente nos fazem acreditar. Às vezes, se encontra nos lugares quietos e suaves.”
Não demora muito para Iris perceber que não está fazendo muita diferença ali em um lugar em que provavelmente ela nem ganhará o cargo, por isso ela decide ir trabalhar como jornalista na linha de frente da guerra, vendo como tudo está acontecendo, como as pessoas estão lidando e lutando contra um deus que não tem sequer nenhum pingo de piedade dentro dele.
Roman, é claro, vai também trabalhar assim, o que leva a pensar que eles são realmente rivais, que ele a vê assim o tempo todo. E eu preciso falar que essa dinâmica do relacionamento deles foi o que me comprou em primeiro lugar. Todo o livro se divide nos pontos de vista dos dois, então desde o começo nós sabemos que não é como se Roman “odiasse” Iris, apesar dela acreditar que sim.
“É preciso coragem para tirar a armadura, para permitir que as pessoas nos vejam como somos. Às vezes, me sinto como você: não posso correr o risco de que me vejam como sou. Porém, há também uma voz baixinha lá no fundo, uma voz que diz: “Você perderá tanto ao se resguardar dessa forma.”
O romance deles é um slow burn bem lento mesmo e não é exatamente enemies-to-lovers, porque ele realmente não a odeia, é mais um “rivals to lovers”, porque eles estão competindo o tempo inteiro na questão de emprego.
O livro terminou de uma forma que não me deixou chocada só porque eu sabia que o livro seria uma duologia, mas ainda assim não deixou de doer e me deixar ansiosa: eu PRECISAVA terminar aquela história, precisava saber o que iria acontecer a partir dali.
Sinopse: O amor deles acabará com a guerra ou destruirá o mundo?
Duas semanas se passaram desde que Iris Winnow voltou para casa com o coração partido, mas a guerra está longe do fim e a cidade de Oath permanece em estado de completa descrença e ignorância.
Apesar do perigo, Iris não hesita em voltar à linha de frente como correspondente de guerra para reportar os movimentos de Dacre. Afinal, é apenas uma questão de tempo até que a batalha chegue a outra cidade despreparada e prestes a ruir.
Até então desaparecido, Roman Kitt acordou no reino de Dacre sem se lembrar de nada do seu passado e, mesmo confuso, começa a escrever artigos em favor do deus. Mas quando uma carta misteriosa aparece em seu guarda-roupa, Roman terá que escolher, de uma vez por todas, entre ficar ao lado de Dacre ou trair o deus que o curou.
Embalada por um romance épico e repleta de fantasia, Promessas cruéis é a conclusão da duologia Divinos Rivais e da história de amor arrebatadora de Iris e Roman.
O primeiro livro termina de uma forma terrível para nós, leitores ansiosos. Com Roman sendo levado e Iris também, cada um para um lado diferente, separados no meio de toda aquela confusão da guerra, tudo que eu queria era saber LOGO o que teria acontecido com eles.
E então o segundo livro começa duas semanas depois do final do primeiro: nós vemos que Iris realmente foi para casa depois de ser uma correspondente de guerra e vemos que Roman está lá, junto com o terrível vilão Dacre, sem nenhuma memória do que aconteceu e acreditando na bondade do deus, afinal, o deus o salvou da morte.
“As almas deles não eram espelhos, mas complementos, constelações que ardiam lado a lado.”
Iris simplesmente não quer aceitar ter perdido Roman e por isso decide voltar a ser uma correspondente de guerra para tentar talvez conseguir chegar perto do garoto que passou a amar. E se no primeiro livro a gente tinha muito mais lendas e mitos para saber mais sobre os deuses, no segundo nós vemos em primeira mão tudo que eles fazem e como isso afeta todos os seres humanos no meio.
Todo o segundo livro tem um ritmo muito mais agitado e cheio de ação do que o primeiro: mesmo quando estávamos nas partes onde era mais evidente a guerra, o ponto principal era mais o desenvolvimento dos dois personagens e nesse livro nós temos eles com as mãos até o fundo da guerra.
“Escreva uma história sem fim, Kitt. Escreva para preencher meus espaços vazios.”
Nós vemos, conforme o livro passa, o desenvolvimento deles e Roman tendo que decidir se ele continuará acreditando em Dacre ou se ele deve ouvir aquela vozinha no fundo da cabeça dele – que estranhamente é muito como a de Iris, falando para ele abrir bem os olhos.
A conclusão que essa duologia entrega, é uma das melhores que eu já vi. Eu fiquei completamente apaixonada e rendida por toda essa história, por Iris, por Roman, pelos personagens secundários. As únicas pessoas que eu não gostava – não eram pessoas, eram os deuses.
“Devo me surpreender porque eu estava me apaixonando por você uma segunda vez? Devo me surpreender por suas palavras me encontrarem aqui, mesmo nas trevas? Por eu ter carregado suas cartas como E. junto ao peito, como um escudo protetor?”
Rebecca Ross foi genial na mitologia que ela criou, em todo o mundo que ela fez e toda a história e pano de fundo que tem rolando em tudo ali. Enquanto rola todo o romance, nós também temos uma grande dose de fantasia e até mesmo de politicagem acontecendo no meio do livro.
Essa romantasia merece ser lida por todo mundo que gosta do gênero. Tenho certeza de que vocês vão adorar!
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