13.08

Sinopse: Na infância, Katerina Wilmot e Christopher Petruchio praticamente moravam na mesma casa. Na vida adulta, eles nem sequer moram no mesmo país. Isto é, até Kate voltar para a cidade de surpresa e reacender a animosidade entre eles.
Apesar dos apelos da família e dos amigos, nenhum dos dois parece disposto a deixar as desavenças de lado. Mas quando Kate bebe demais e confessa o porquê de hostilizar Christopher desde a infância, ele decide fazer as pazes com ela de uma vez por todas. No entanto, mesmo que seja tentador ceder às gentilezas de seu antigo inimigo, Kate não tem certeza se pode ― e quer ― confiar nesse novo Christopher bonzinho.
A persistência de Christopher e a curiosidade de Kate levam a um beijo apaixonado, e eles percebem que a paz nunca foi uma opção. Conforme o desejo leva a sentimentos mais profundos, Kate e Christopher precisam decidir se odiar é de fato melhor do que se arriscar no amor ― ou se, no fundo, eles já se entregaram há muito tempo.

CONTEÚDO ADULTO

Se tem uma coisa que eu gosto bastante é releitura. E tem uma grande onda de releituras por aí e eu estou ✨️ apaixonada ✨️ por essa da qual falarei aqui: “Antes ódio do que nada” é uma releitura de “A Megera Domada” de Shakespeare, em uma coleção que Chloe Liese tem feito. O primeiro livro, que é uma releitura de “Muito barulho por nada”, se chama “Dois erros, um acerto” e já foi resenhada AQUI e o próximo livro será uma releitura, ao que tudo indica, de Romeu e Julieta, estou ANSIOSA.

Mas agora vamos falar sobre a historia: o livro é dividido no ponto de vista dos dois protagonistas, Kate e Christopher, então nós podemos ver os dois lados da história, como os dois pensam e se sentem um sobre o outro. E a história é o puro suco do enemies-to-lovers.

Kate tem muito pavor de Christopher, eles se conhecem desde novinhos, onde a família dela toda simplesmente adora ele – e ela não tem ideia do porquê, pois com ela, Christopher sempre foi detestável. E Christopher, bem, ele tem suas razões pra ser do jeito que é (claro que sim).


“Tenho tantas perguntas, mesmo morrendo de medo das respostas. Tenho pavor de gostar das respostas dele. E, se eu gostar das respostas, o que mais me apavora é a facilidade com que eu poderia baixar a guarda e deixá-lo se aproximar.”

A história deles no livro começa quando Kate e sua irmã quiseram trocar o lugar onde moravam uma com a outra por um tempo, as duas precisando escapar de suas vidas momentaneamente e então Kate volta a conviver com Christopher, já como ele é quase parte da família, exatamente como ela conseguia evitar de fazer vivendo a vida viajando e sempre bem longe da própria família.

Christopher tem uma vida toda “controlada”: ele cuida de uma empresa, tem a família Wilmot sempre por perto, tudo bem alinhadinho da forma como ele gosta. E então Kate volta pra casa como um furacão, bagunçando tudo que ele tinha tão calculadamente arrumado.


“Quero muito confiar nele. E tenho tanto medo de que ele vá partir meu coração antes mesmo de saber há quanto tempo o possui.”

Desde o inicio fica bem claro que eles vão se dar tão bem quanto se davam quando eram mais novos: quase se matando, se bicando sobre toda e qualquer coisa, discutindo sobre as coisas mais mínimas, até que em um momento a discussão toma um tamanho gigantesco, no meio de um “jantar em família” e a família chega a conclusão que não adianta eles ignorarem as briguinhas, eles precisam fazer os dois concordarem em se aguentarem mutuamente e não quererem se matar cada vez que se encontram.

Então, em uma noite de jogos, Kate acaba bebendo demais e Christopher é quem a encontra e a leva para descansar, e, no meio da bebedeira, Kate deixa escapar o porque ela odeia ele durante todos esses anos em que eles se conhecem.


“Nunca fiz isso, nunca passei tanto tempo em casa, tanto tempo com outras pessoaa com quem eu me importo, e acho que isso está trazendo à tona inseguranças antigas, de que eu vou fazer alguma coisa que vai fazer as pessoas cansarem de mim.”

E quando Christopher enfim entende porque Kate age daquele jeito com ele, ele decide que é hora de mudar a dinâmica do relacionamento deles porque eles simplesmente não podem continuar do jeito que estão – e porque talvez, talvez ele tenha lutado esse tempo todo em vão para não se importar com ela.

O relacionamento dos dois é simplesmente maravilhoso. Porque claro que quando Christopher começa a mudar, Kate fica desconfiada do que estaria levando aquela mudança ali entre eles – e ao mesmo tempo curiosa sobre o que isso significa e sobre onde isso vai dar


“Ele não entende como, para mim, é mais fácil me sentir próxima de quem eu amo de longe.”

Kate é uma personagem maravilhosa, o que não é de se estranhar considerando que eu amo a Megera Domada em absolutamente todas as suas versões, desde 10 coisas que eu odeio em você até O Cravo e a Rosa.

E Christopher não fica atrás. Naquela pegada de mocinho sofrido, que prefere fugir de seus sentimentos porque tem medo de se machucar e sofrer, ele é simplesmente nota 10.


“Mas, por baixo desse orgulho, dessa determinação feroz de ser independente, está a necessidade desesperada de que alguém me agarre pelo cotovelo e me puxe para os seus braços e me deixe desmoronar até eu conseguir me recompor.”

Se você, como eu, gosta de releituras e gosta de enemies-to-lovers, de uma chance para “Antes ódio do que nada“, tenho certeza que você vai amar.

E, ah, outra coisa: apesar dos livros serem de uma série, eles podem ser lidos de forma independente, tá? O primeiro livro não fui eu que li e resenhei, foi a Vi, mas eu pretendo ler logo também porque adorei o segundo – e estou ansiosa pro terceiro!

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