Sinopse: O que acontece no clube do livro fica no clube do livro.
Eleito pela Amazon o melhor romance de 2019.

“Lyssa Kay Adams criou uma das comédias românticas mais inovadoras e criativas do ano.” – Entertainment Weekly

A primeira regra do clube do livro é: não fale sobre o clube do livro

Gavin Scott é um astro do beisebol, devotado ao esporte. No auge de sua carreira, ele descobre um segredo humilhante: a esposa, Thea, sempre fingiu ter prazer na cama. Magoado, Gavin para de falar com ela e acaba piorando o relacionamento, que já vinha se deteriorando. Quando Thea pede o divórcio, ele percebe que o orgulho e o medo podem fazê-lo perder tudo.

Bem-vindos ao Clube do Livro dos Homens

Desesperado, Gavin encontra ajuda onde menos espera: um clube secreto de romances, composto por alguns dos seus colegas de time. Para salvar seu casamento, eles recorrem à leitura de uma sensual trama de época, Cortejando a condessa. Só que vai ser preciso muito mais do que palavras floreadas e gestos grandiosos para que Gavin recupere a confiança da esposa.

Eu não sei dizer se o fato de eu ter ido ler “Clube do Livro dos Homens tão despretensiosamente é o motivo pelo qual esse livro me divertiu tanto. Digo, eu já tinha vontade de ler sim, desde que o primeiro livro foi lançado aqui. Então veio o segundo e o terceiro e eu fui adiando, mas agora resolvi pegar para ver se me livrava de uma ressaca literária em que eu estava e eu não podia ter acertado mais, porque eu simplesmente não conseguia largar esse livro depois que comecei a ler ele.

“Clube do Livro dos Homens” nos conta a história de Gavin Scott. Ele é um jogador de basebol e agora que está no topo da carreira, ele descobre que durante todo o tempo em que foi casado com Thea, ela fingiu sentir prazer com ele na cama. Ele, como todo homem obviamente, não reagiu bem e se afastou da esposa. E, por conta disso, Thea resolveu que então era melhor eles se divorciarem. (Veja bem, isso não é spoiler, também é dito na sinopse do livro!)

“Nada no mundo é tão forte quanto uma mulher cansada de fazer papel de trouxa.”

É então que um dos seus melhores amigos, Del, chama ele para fazer parte de um clube literário só para homens. Claro que Gavin pensa que é tudo uma sacanagem para zoar ele pelo fim do casamento – apesar de ele não ter coragem de falar sobre o motivo, devido a vergonha que ele sente por nunca ter sido capaz de dar prazer a sua mulher, mas quando o amigo o convence que não é isso: muito pelo contrário, eles querem ajudar Gavin a se acertar com Thea, ele resolve tentar porque, bem, porque não? Não é como se ele não estivesse já perdendo tudo que importa pra ele.

Então, com a ajuda de um grupo de homens que tem toda essa ideia de homens desconstruídos e de uma pilha de livros de romance de época, eles criam todo um plano que, cá entre nós, Gavin não é muito bom em seguir porque ô personagem cabeça dura (já comento mais sobre isso), mas que até faz algum sentido e, sinceramente, até dá um pouco de inveja porque se todo homem fosse esforçado assim por um relacionamento, já valeria a pena.

“A revolta contra o latte de abóbora com especiarias é um exemplo de como a masculinidade tóxica permeia até as coisas mais mundanas. Se as mulheres gostam de alguma coisa, a sociedade debocha delas automaticamente. O mesmo acontece com os romances. Se as mulheres gostam, é porque devem ser ridículos, né?”

Como eu falei ali Gavin é meio que top dez de personagens mais cabeça dura e orgulhoso que eu já vi na minha vida. Ele simplesmente não consegue não ficar remoendo o fato de que não deu prazer pra Thea nesses anos todos de relacionamento e então volta e meia eles acabam tendo alguma mini discussão por causa disso e também porque, meu Deus, que homem que consegue sempre acabar falando as coisas erradas como ele faz? Chega dar dó. (Laudo médico do Gavin: homem).

Porém Thea também não fica muito atrás nesse quesito. Claro que ela tem seus motivos: ela abandonou a carreira e todos os sonhos para virar a “esposa de jogador”, fica em casa e cuida das filhas gêmeas e faz parte de todos os grupos das outras esposas de jogadores e sempre tenta ser perfeita, apesar dessa perfeição não existir. E com isso ela nota que começou a se perder dela mesma, de quem ela sempre foi e começa a carregar essa mágoa dentro dela, o que acaba meio que atrapalhando ela conseguir seguir em frente e perdoar ele por ter dado um gelo nela.

“Romances são escritos basicamente por mulheres, para mulheres. E todos falam sobre como elas querem ser tratadas e o que querem da vida e de um relacionamento. Lemos esses livros para ficarmos mais à vontade em nos expressarmos e para vermos as coisas da perspectiva delas.”

Juntando isso entre os dois e mais o passado deles individualmente, que levou eles a serem assim como são, é uma receita perfeita pro desastre. Tanto que é justamente o que está acontecendo quando o livro começa, com os dois brigados e Thea querendo se divorciar.

Se Gavin consegue ou não reconquistar Thea, isso é algo que vocês só vão saber lendo o livro, mas eu posso garantir é que: o livro é cheio de cenas fofinhas e é muito divertido que existe um livro dentro do livro. Conforme vão passando os capítulos, nós vamos lendo o livro que Gavin está lendo (algumas passagens só) e isso torna toda a história ainda mais engraçadinha.

“O que mais vovó dizia? Quando um homem quiser ir embora, diga adeus e tranque a porta. Você tem mais o que fazer, não tem tempo para cuidar de causas perdidas.”

Outra coisa que eu posso garantir é que esse livro é uma diversão pura. Cheia de cenas engraçadinhas (além das fofinhas que já falei ali em cima), é muito divertido ver o grupo masculino junto e as coisas que eles pensam e como eles tentam contornar a cada passo do plano que dá errado para melhorar o plano cada vez mais. Eu me acabava de rir com as interações de Gavin com Mack, por quê Mack é todo metidão e ele nem casado é, mas isso é história para uma próxima resenha talvez, porque o próximo livro é dele e eu pretendo devorar tão rápido quanto devorei esse daqui.

Se você tem duvidas sobre ler ou não, minha opinião é que você devia sim dar uma chance e possivelmente se divertir um bocado – e se apaixonar um bocado por esse grupo de feministos e, como eu mencionei antes, até sentir um pouco de inveja das protagonistas desses livros, porque quem não gostaria de uma pessoa que se esforçasse assim? Eu garanto que eu sim.

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