25.10

Sinopse: Vê se cresce, Eve Brown, último volume da trilogia Irmãs Brown, é uma comédia romântica emocionante sobre aceitar as diferenças (próprias e alheias) e descobrir que a vida pode ser surpreendente se você se abrir às oportunidades que surgem no caminho.

Eve Brown não tem nada sob controle. Pouco importa o quanto ela se esforce, sua vida parece sempre ir na direção errada, tanto que ela já parou de tentar. Mas arruinar uma festa de casamento é demais até para Eve, e seus pais decidem dar um basta. É hora de ela crescer e se provar capaz de se sustentar, mesmo que não saiba como…

Jacob Wayne, por sua vez, está sempre no controle de tudo. Dono de uma charmosa pousada, ele não aceita nada menos que a perfeição. Assim, quando uma mulher de cabelo roxo que mais parece um tornado se candidata ao cargo de chef no estabelecimento, ele é brutalmente honesto: nem por cima de seu cadáver. Então ela o atropela com o carro ― supostamente por acidente. Claro.

Agora, o braço de Jacob está quebrado, sua pousada não tem funcionários, e Eve está zanzando ao seu redor, tentando ajudar. Parece um pesadelo, mas, quanto mais tempo esses inimigos passam juntos, mais a animosidade entre eles se transforma em outra coisa. Assim como Eve, o fogo entre os dois é impossível de ignorar ― e está ameaçando derreter o exterior gelado de Jacob.

CONTEÚDO ADULTO


Vê se cresce, Eve Brown” é o terceiro e último livro da trilogia das irmãs Brown, onde cada livro se concentra em uma delas: o primeiro é sobre Chloe e o segundo é sobre Dani (e eu já li e já resenhei os dois, vocês podem ver aqui e aqui) e agora o terceiro é sobre Eve, a mais nova das irmãs.

Eve Brown nunca teve muitas responsabilidades. Desde muito nova, ela sempre começava as coisas e então desistia na primeira vez que elas davam errado – e, às vezes, até antes delas darem porque era melhor sair fora enquanto ainda estava por cima da situação. Então o livro dela começa justamente quando seus pais já estão fartos dessa situação e dão um ultimato a ela: ou ela coloca a vida no lugar, escolhe uma carreira a seguir e se dedica a isso, ou eles vão deixá-la aprender a se virar sozinha da pior maneira possível.


“Sempre se sentira um tanto nervosa perto dela, como muitas vezes se sentia perto de… bem, da humanidade em geral. Como se caminhasse na beira de um precipício, no limite entre ser a amiga tranquila e divertida que todos queriam ter por perto e a pessoa confusa e irritante que elas empurravam morro abaixo.”

E, como era de se esperar, visto que ela não gosta de confrontos diretos, ela faz o que faz de melhor: foge dos pais e das irmãs e de todo o resto, com a cabeça a mil, pensando em como fará agora para se virar sozinha e não precisar de mais ninguém. É quando ela vai parar em uma cidadezinha e lá descobre que estão precisando de uma chefe de cozinha em uma pousada.

Ela, no meio das várias tentativas de emplacar algo, aprendeu a cozinhar também e por isso vai até lá para fazer uma entrevista e um teste e quem sabe conseguir a vaga que parece perfeita para ela. Porém tudo na entrevista dá errado e quando ela está prestes a ir embora, ela acaba atropelando Jacob – o dono da pousada e seu futuro chefe, porque ele está ali justamente para dizer que ela pode sim fazer um teste para se contratada, apesar da péssima entrevista.


“Por trás das cenas, ela tinha estragado tudo. De novo.
Por que se dava ao trabalho? Por que tentava?”

Quando isso acontece, o melhor amigo de Jacob o leva para o hospital para ver como ele está e então Eve fica tomando conta da pousada durante a noite e no começo do dia seguinte também. E acaba ficando mais tempo para ajudar Jacob porque está se sentindo culpada por ter quebrado o braço dele no acidente que causou.

Ela não tem a menor intenção de continuar ali, visto que apesar de achar que se deu mal em seu último emprego, ela recebe um convite para planejar uma festa de aniversario e irá partir para a essa, assim que Jacob estiver melhor. Porém, conforme o tempo vai passando, os dois vão se aproximando mais e mais e Eve se apaixonando pelo trabalho já não sabe se quer mesmo ir embora quando o outro melhorar ou se quer ficar ali, trabalhando na pousada que ela aprendeu a amar – e com o homem que ela está se apaixonando também.


“Pensando em…
Bom, não em Jacob. Não em específico. Mais nas pessoas em geral, em como seus amigos nunca gostavam dela tanto quanto ela gostava deles. Em como a largavam assim que alguém melhor aparecia, como a empurravam para a periferia de seu círculo de amizade quando faltava espaço para todos, como a tratavam como alguém opcional, e não imprescindível. Todas aquelas ferroadas maldosas haviam deixado uma cicatriz em seu coração.”

Eve é uma personagem que me divertiu bastante enquanto eu lia. Ela é um verdadeiro caos. Quase sofre vários acidentes, é uma negação para lidar com os sentimentos novos que estão começando a se formar. Enquanto isso, Jacob é a criatura mais centrada que existe. Apesar de não resistir quando se trata de Eve, ele é muito concentrado e tem tudo absolutamente no lugar.

E é isso que faz você amar os dois cada vez mais. Você vai vendo conforme o livro vai passando as mudanças positivas que um causa no outro: enquanto Eve faz Jacob se soltar um pouco mais, Jacob ajuda Eve a controlar o caos que ela é.


“Ou talvez fosse só a luz refletida na armação prateada dos óculos dele. Óculos que estavam apoiados em um nariz forte e romano que alguém deveria quebrar, porque os traços de Jacob eram todos fortes e romanos e isso devia ter alguma relação com o fato de ele ser tão arrogante. O cara era irritantemente, inescapavelmente e absolutamente bonito, e era como Gigi costumava dizer: Um homem bonito é um problema terrível para todo mundo, menos para si mesmo.

O que aliás, eu queria muito comentar aqui é o fato de que os dois protagonistas, tanto Eve quanto Jacob, lidam com questões de saúde mental e é bem importante enfatizar a representatividade para o fato de que Eve tem autismo. É muito difícil já termos protagonistas negras e gordas, que como eu já falei nas outras resenhas das irmãs Brown, é algo que precisa mudar e precisamos mais sim, mas é mais difícil ainda uma protagonista que tenha autismo.

É interessante ver como Tália aborda isso nesse livro de uma forma bem clara, mas ao mesmo tempo cuidadosa. Não é algo que fica simplesmente jogado ali na história: é uma parte de quem Eve é, e aos poucos ela vai se dando conta e trata isso completamente normal, não trata como se fosse algo ruim criando um drama em torno disso: ela apenas aprende a se aceitar como ela é e eu achei isso muito bem colocado.


“Jacob não costumava gastar tanto fôlego interagindo com desconhecidos, porque noventa por cento da humanidade acabava se provando inútil e/ou irritante sem que ele precisasse fazer qualquer esforço.”

Assim como diz na sinopse, esse livro não é só um romance, mas também um livro que mostra sobre aceitar as diferenças dos outros (e nossas mesmas) com empatia e com carinho. O que me fez gostar ainda mais desse livro.

Eu sinceramente não acho que essa trilogia poderia ter terminado de uma forma melhor. É maravilhosa a fechada com chave de ouro que Tália dá nesse mundo que ela criou e que pudemos fazer parte durante os lançamentos desses livros.


“Então a voz disse: “Será um cachorro? Tomara que não seja um cachorro.” A memória dele voltou como um raio.
Eve”, Jacob conseguiu rouquejar em tom acusatório.
Ela devia morrer de culpa sob o poder da voz dele, mas tudo o que fez foi suspirar e dizer: “Ah, graças a Deus não é um cachorro
(…)
Acha melhor ter me atropelado do que ter atropelado um cachorro?”, ele perguntou. “A entrevista foi… ruim assim?” Suas palavras saíam com dificuldade. Droga. Ele não queria que suas palavras saíssem com dificuldade.
Não seja egocêntrico”, ela disse, com afetação. “Não tem a ver com você. Quis dizer que prefiro atropelar uma
pessoa do que um cachorro.

Agora você me pergunta: tá, mas o final é fechado, não vai ter mais? E sim, tá bem fechado para mim. E, até onde eu sei, realmente não terá nada mais nesse mundo. Mas eu adoraria sim que tivesse. Talvez algo que nem o último livro de Off Campus, apenas para nos dar um fanservice dos casais e mostrar eles sendo felizes e apaixonados? Eu certamente não iria reclamar!

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