23.04

Sinopse: Uma deliciosa comédia romântica que mostra que coisas incríveis podem acontecer se você se abrir à descoberta — de si mesmo e do mundo ao seu redor.

Depois de quase ser atingida por um carro em alta velocidade, Chloe Brown se deu conta de que seu obituário seria um tanto entediante. Para reverter essa situação, ela decide montar uma lista de atividades necessárias para finalmente “acordar para a vida”.
Mudar assim não é nada fácil, mas, para sua sorte, Chloe encontra alguém que — mesmo a contragosto — pode ajudá-la nessa missão. Seu vizinho Red Morgan é um motoqueiro misterioso, que tem várias tatuagens e mais sex appeal que uma estrela de Hollywood.

No entanto, um acordo leva Chloe e Red a se aproximarem e perceberem que suas primeiras impressões um do outro estavam erradas. E que, mesmo com traumas do passado e receios quanto ao futuro, o amor nunca perde a chance de surpreender.

“Talia Hibbert é uma estrela! Sua escrita é inteligente, engraçada e sexy, mas, acima de tudo, ela vai fazer você se apaixonar por seus personagens maravilhosamente imperfeitos, que são tão reais que você vai querer abraçá-los.” — Meg Cabot, autora best-seller de O diário da Princesa

CONTEÚDO ADULTO

[Alerta de gatilho de relacionamento abusivo]

Eu queria pontuar aqui, antes mesmo de começar essa resenha, que não chegamos a ver nenhuma cena pesada de um relacionamento abusivo no livro. É algo no passado do personagem principal e ele tem lembranças e comentários sobre, mas como no próprio livro tem esse aviso antes do início e como nós nunca sabemos o que realmente pode causar gatilho em outra pessoa, eu achei por bem avisar.

Chloe Brown tem muito medo da vida. Ela tem literalmente medo de fazer qualquer coisa porque alguns anos atrás foi diagnosticada com fibromialgia (que “é uma síndrome que provoca dores no corpo por longos períodos.”, segundo o google. Claro que eu imagino que seja bem mais do que uma explicação simples assim.), que é uma doença crônica, depois de ter passado por um grande trauma causado por uma pneumonia.


“Era uma vez uma mulher chamada Chloe Brown, e ela morreu.
Ou quase.”

Mas não é apenas por sentir muitas dores que ela tem medo da vida. Claro que isso soma uma grande parte, apesar dela assegurar que sabe muito bem quais são seus limites com seu corpo, mas tudo que ela passou até ali, a levaram a se fechar dentro de um casulo e não permitir realmente a entrada de ninguém além das pessoas que ela tinha certeza que não a abandonariam num momento em que ela precisasse.

Porém, depois de um momento de quase morte, Chloe chega a uma conclusão: ela não quer mais passar a vida dentro desse casulo em que se fechou, ela quer ter algo que possa ser memorável e então ela resolve sair da segurança de sua casa com sua mãe e seu pai e suas irmãs para se mudar para um apartamento sozinha e é aí que ela conhece o zelador que todos parecem amar: Red.


“Chloe Brown havia feito outra piada com o rosto inexpressivo e daquele seu jeito estranhamente autodepreciativo. Ela precisava parar de fazer aquilo, porque Red estava começando a gostar.”

Red, como eu mencionei acima, acabou de sair de um relacionamento abusivo e turbulento, com uma ex-namorada que fazia questão de destruir a auto-estima dele, o fazendo deixar de acreditar que tudo que ele fazia tinha importância e deixando até mesmo de seguir com a maior paixão que ele tinha, que era a pintura, então o que ele faz é viver sua vida apenas trabalhando como um zelador no prédio de Chloe, a quem ele acha profundamente nariz empinado.

E Chloe não fica atrás. Ela simplesmente não consegue entender porque as pessoas gostam de Red tanto assim, achando ele bem insuportável. Mas, quando resolve que está na hora de riscar coisas da lista que criou para voltar a viver, ela decide pedir ajuda do zelador, porque acha que ele será capaz de fazer ela completar quase tudo.


“Chloe tinha aprendido da pior maneira que as pessoas estavam sempre atrás de um motivo para ir embora, que afeto, adoração ou promessas de devoção se transformavam em pó quando as coisas ficavam difíceis.”

Como é de se esperar, a aproximação dos dois acaba trazendo à tona sentimentos que nem eles mesmos têm consciência de ter um pelo outro e com isso algumas feridas “esquecidas” voltam para assombrar os dois, deixando apenas a pergunta: vale a pena se abrir para outra pessoa novamente?

Olha, quando eu peguei esse livro, eu sinceramente não esperava gostar tanto assim quanto gostei. Chloe é uma personagem maravilhosa e o senso de humor dela, a forma como ela age sobre as coisas, me deixaram completamente apaixonada por ela.


“Chloe pegou os óculos depressa e alerta, como um esquilo roubando uma castanha da mão dele. “Por que está sorrindo?
Ele não conseguia evitar. Então disse, só para irritá-la: “Você me abraçou”.

Red também me conquistou bastante com a personalidade dele e eu gostei muito do fato de ser ele quem sofreu um relacionamento abusivo porque é algo que nós vemos sempre ao contrário: uma mulher que passou por um relacionamento ruim, não um homem. Achei isso muito, muito interessante mesmo.

E eu não tenho palavras para conseguir explicar o quanto Chloe e Red funcionam BEM. Não existe absolutamente nada entre eles que não seja maravilhoso, mesmo as brigas deles são necessárias e eu não consigo deixar de adorar o fato de como eles ajudam um ao outro a lutarem contra seus demônios.


“A promessa de mais com ele brilhava como vidro quebrado — linda, mas potencialmente mortal. Coisas boas costumam levar a dor.”

Uma coisa que eu preciso muito comentar sobre esse livro é a representatividade dele: Chloe não apenas é a primeira personagem com fibromialgia que eu já vi em um livro, o que é muito interessante tanto pra ouvirmos falar mais sobre essa doença, como ela também é uma personagem negra e gorda e eu achei isso maravilhoso. Nós precisamos de mais personagens que tenham representatividades diferentes e a própria autora falou sobre isso já.

Se livro de romance com uma pitada de erotismo é algo que te agrada, dê uma chance pra “Acorde pra vida, Chloe Brown” e pode ter certeza que você não vai se arrepender.

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