18.03

Sinopse: Se liga, Dani Brown, o segundo volume da trilogia Irmãs Brown, é uma comédia romântica deliciosa que promete seduzir até os leitores mais cínicos com personagens cativantes, muito charme e uma pitada (tá bom, uma tonelada) de amor.

Dani Brown precisa de um sinal. Tudo que ela quer é alguém com quem possa se divertir, sem complicações ou sentimentos envolvidos. O problema é encontrar essa pessoa, por isso ela pede ao universo que lhe avise se aparecer alguém que preencha os requisitos.

Quando acaba presa em um elevador durante um treinamento de incêndio e é resgatada por Zaf, o segurança rabugento de quem é mais ou menos amiga, Dani pensa ter entendido o recado e começa a bolar um plano para seduzi-lo. Nenhum dos dois espera que o resgate gere rumores de que eles estejam juntos. Muito menos que tais rumores tragam benefícios para suas vidas, o que os leva a encenar um namoro de mentira.

Nos bastidores, porém, Dani continua firme com seu plano de seduzir Zaf e conseguir o que quer, mas aos poucos essa amizade colorida se torna mais complicada que sua tese de doutorado. Será que o tiro saiu pela culatra? Ou será que esse é o verdadeiro sinal do universo e Dani só precisa se ligar para ver?

Conteúdo adulto.

Acho que fazia muito tempo que eu não ria TANTO lendo um livro como foi com “Se Liga, Dani Brown”. Já tinha lido (e resenhei e vocês podem ler aqui a resenha sem spoilers) “Acorda pra vida, Chloe Brown”, o primeiro livro da série das “Irmãs Brown” e quando eu li, ainda não tinha (se tinha eu não lembro, minha memória de 0 centavos) alguma confirmação de que os livros eram mais de um e confesso que foi uma gostosa surpresa quando eu soube porque: eu amei aquele universo da Chloe e as irmãs dela são simplesmente MARAVILHOSAS.

No livro da Dani, nós somos apresentados mais formalmente a ela: Danika Brown é uma professora de faculdade, uma mulher foda pra caramba e que é absurdamente cínica a respeito do amor: ela não acredita em relacionamentos românticos, só gosta de sentir prazer e assim só o que ela cultiva são relacionamentos sexuais e, a partir do momento em que a pessoa demonstra estar começando a ter sentimentos, ela salta fora. Logo que o livro começa, Dani está passando justamente por um momento assim: ela acabou de terminar um “relacionamento” com uma amiga porque essa amiga quis algo mais: queria um namoro sério e com romantismo e Dani não estava disposta a isso.


“Zaf olhou para ela, nitidamente perplexo. “O que está fazendo, Danika?”.
Estou sendo linda para o povo.
Ele soltou uma gargalhada. “Queria poder te carregar assim o tempo todo. Você faz milagres com meu humor.

Então, lá está ela, pedindo por sinais do universo para encontrar um novo amigo colorido (ou amiga colorida) com quem ela possa se divertir. O problema é que quando o universo começa a apontar na direção de Zaf, ela não quer acreditar que o destino está falando sobre ele porque ela não acha que ele seria assim tão bom de cama para satisfazer o que ela queria, já como ele parece o tempo todo tão bonzinho e preocupado com ela.

O problema é quando o destino resolve jogar na cara dela e por causa de um teste de alarme de incêndio no prédio da faculdade onde eles dois trabalham, ela acaba presa em um elevador e é salva por Zaf, que a leva para fora da faculdade, a carregando nos braços como se ela fosse uma princesa – e é claro, num tempo de redes sociais, os alunos gravaram um vídeo da cena e esse vídeo viralizou. Agora, com todos achando que eles namoram de verdade e as oportunidades que isso trás para Zaf por conta de uma ong que ele tem, ele pergunta se Dani aceita ser sua namorada de mentira e é aqui que o não-relacionamento dos dois começa mesmo.


“Era uma demonstração de afeto ridícula. O romance claramente fazia o cérebro de mulheres sensatas derreter. Dani estava muito feliz por não ter nada daquilo em sua vida.”

Eu já tinha amado absurdamente o livro da Chloe, mas nunca ia imaginar que Dani ia acabar se tornando a minha irmã favorita (bom, isso até sair o próximo né, não posso garantir nada) porque a forma com a qual ela leva a vida é tão engraçada que me fez rir demais – porque ela não é só completamente cínica sobre o amor, mas como ela carrega junto com ela uma mala de traumas que a fizeram ser assim, obviamente.

E, é claro, Zaf também tem suas próprias bagagens e eu quero entrar nisso por um minuto: logo no início do livro é avisado que trata de assuntos sensíveis e é sobre isso mesmo a história dele. Ele perdeu o pai e o irmão num acidente (isso não é spoiler, porque é dito logo no início do livro) e é muito sobre o luto dele e sobre como isso desencadeou ataques de pânico e de ansiedade. O que eu tenho pra dizer é que Talia Hibbert tratou esse assunto com tanta calma e com tanto respeito, que eu não pude deixar de sentir um quentinho no coração. Não foi só uma coisa que ficou jogada ali no meio, foi algo bem retratado e que teve a devida atenção e eu amei demais o cuidado que ela teve com esse assunto tão sensível não só pra mim, mas pra muita gente também.


Nunca fico desconfortável, Zafir”, ela sussurrou. “Não tenho a consciência social necessária. E, caso não tenha notado, sou bem foda.

Fora a representatividade da personagem principal: assim como Chloe, Danika é uma mulher negra e gorda e é PROTAGONISTA do seu livro e não só isso, ela ainda é bi e como eu disse lá em cima: ela é foda pra c*r*lh*. Eu sempre adoro quando livros tem uma representatividade importante, não só um personagem jogado no meio pra dizer que “ah, pelo menos tem alguém aqui”. Está na hora (já passou da hora, pra falar a verdade) de ter mais diversidade em livros SIM.

Eu sei que eu falei uma resenha anterior que já tinha escolhido minha romcom favorita do ano, mas eu tenho que abrir esse espacinho para Dani Brown e sua boca suja e seus cabelos coloridos porque ela tomou conta do meu coração todinho! Se você quiser ler uma romcom que tem cenas quentes (tem mesmo, cuidado se isso é algo que você não gosta!), dá uma chance pra esse livro e venha dar gostosas gargalhadas com a Dani – e também sentir o coração quentinho com o romance dos dois.

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