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jared

O site Collider publicou hoje uma entrevista com Jared Harris, que viverá Hodge Starkweather na adaptação de Cidade dos Ossos. O texto original foi escrito por Steve Weintraub e pode ser conferido em inglês.

A seguir, segue a entrevista traduzida pela equipe do Idris Br. O conteúdo pode conter spoilers, então, cuidado!

Nota: Para ouvir o ÁUDIO original da entrevista, clique AQUI

Jared Harris fala das sequências de lutas, Sherlock Holmes e mais no set de Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos

por Steve ‘Frosty’ Weintraub

Sempre que você tiver contratado Jared Harris, você terá feito a escolha certa. O motivo é o fato de que nas duas últimas décadas, e especialmente nos últimos anos em Mad Men, Sherlock Holmes: A Game of Shadows e Lincoln, Harris interpretou todo o tipo de papel e sempre fez com que parecesse fácil. No filme Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos, do diretor Harald Zwart, Harris abraçou um novo desafio: interpretar um Caçador de Sombras chamado Hodge Starkweather. No universo dos Instrumentos Mortais, os caçadores de sombras são um grupo secreto de guerreiros que se dedicam a livrar a Terra de demônios.

Durante uma entrevista em grupo no set, ano passado, em Toronto, Harris falou sobre como ele conseguiu o papel, as diferenças entre o filme e o livro, seu processo de preparação, Sherlock Holmes, como foi filmar as cenas de ação, e muito mais. A seguir, você pode ler ou ouvir o que ele disse.

Antes da entrevista, segue a sinopse oficial do filme e o trailer:
Os Instrumentos Mortais é uma série de seis livros de fantasia para jovens adultos escritos por Cassandra Clare. No primeiro livro da série, o livro número 1 mais vendido do New York Times, “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos”. Situado na contemporânea Nova York, um adolescente aparentemente comum, Clary Fray, descobre que é descendente de uma linhagem de Caçadores de Sombras, um grupo secreto de jovens guerreiros parte anjos presos em uma antiga batalha para proteger nosso mundo de demônios. Após o desaparecimento de sua mãe, Clary deve unir forças com um grupo de Caçadores de Sombras, que a apresenta a uma perigosa alternativa Nova York chamada “Cidade do Submundo”, cheio de demônios, bruxos, vampiros, lobisomens e outras criaturas mortais.

Como sempre, ofereço duas maneiras de ficar a par da entrevista: você pode clicar aqui para ouví-la em aúdio, ou lê-la a seguir. Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos estreia dia 23 de agosto.

Aviso: há spoilers nessa entrevista

P: Fale um pouco sobre o projeto. Era algo que você já conhecia antes de eles procurarem você?
JH: Absolutamente não.

P: Qual foi sua reação inicial? Você leu o livro?
JH: Eu li o roteiro antes. Eu não tive tempo para ler o livro antes de aceitar. Geralmente, eles avisam um dia antes de você ir encontrar alguém que eles vão, realmente, encontrar você. Quando eles decidem que podem realmente fazer isso, eles avisam um dia antes. Isso não é tempo suficiente para ler um livro. É tempo suficiente para ler um roteiro. Então, sim, eu li o roteiro e depois fui encontrar Harald. Depois, eu li o livro. Quando eu soube que ia, com certeza, estar no filme.

P: Então, o que lhe chamou atenção no personagem e no conceito?
JH: Ele é um personagem divertido. Você não sabe de que lado ele está, o que é sempre algo interessante de se fazer. E sim, ele possui algumas reviravoltas na história. E é um mundo divertido. É como uma ideia que não está tão longe assim, você mencionou o seriado Fringe, certo? Que há mundos paralelos, mundos acontecendo um ao lado do outro, e esse mundo de sombras existe juntamente com o mundo em que vivemos e que podemos ver. É divertido. É muito imaginativo, e é para ser uma diversão boa.

P: Você possui uma tatuagem no seu pescoço agora.
JH: É verdade, eu costumava ser um caçador de sombras. Eu ainda posso chutar alguns traseiros, cara.

P: Estou apenas curioso, você usou as tatuagens fora do set, e você notou se foi tratado de maneira diferente?
JH: Só pela minha namorada. Ela gostou delas.

P: New York Magazine acabou de fazer uma lista das 25 bases de fãs mais fanáticas no mundo do entretenimento e Mad Men estava na lista. Esse grupo de “fãs fanáticos” é diferente, mas como é entrar em algo que tem uma base tão sólida de fãs?
JH: Bem, isso é um pouco diferente dos fãs de Mad Men porque existe em forma literária, os fãs já… Já está construído na imaginação deles. E acho que é muito importante honrar a mitologia que foi criado nos livros, o que eles fizeram. Obviamente, as coisas mudam um pouco nos sets por causa de qualquer que seja a circunstância, e por isso que é importante ler os livros. Porque você precisa saber que as escolhas e as ideias, as sugestões que você cria para resolver os problemas são consistentes com a mitologia que já foi criada. Então você precisa saber não só um pouco sobre ela, mas sim, bastante. Mas algo como Mad Men, existe na mente de Matt Weiner. E ninguém pode ler como é a sexta e a sétima temporada, porque está na mente dele. Bom, a sétima ainda não está, mas a sexta, sim. Então eu diria que nesse sentido, é um pouco mais livre, enquanto nessa outra (TMI), você tem um compromisso com a mitologia. E você não quer irritar os fãs, sabe? Eles são as pessoas que você espera que estejam nas ondas iniciais de entusiasmo, que contem aos outros que é um filme legal e uma ótima história, e dirão a essas outras pessoas que vejam o filme, porque você satisfez a curiosidade deles quando eles o viram. Claro, tudo que está no livro não pode estar no filme.

P: Você já gravou aquela parte onde seu personagem precisa entregar Jace e entregar Clary?
JH: Nós podemos falar sobre isso? Isso está acontecendo agora.

P: Eu ia perguntar se foi divertido entregar o Jamie.
JH: Novamente, isso é um pouco diferente do livro. Porque, de novo, toda essa última parte do livro, se você fizer como um filme, iria durar uma hora. Do ponto onde Clary está presa naquela espécie de ‘Cone do Silêncio’ ou o que quer que seja aquilo, e então toda aquela sequência dele passando pelo portal com o corpo de Jocelyn, quero dizer, só isso já seria uma hora no filme, desse ponto até o final. E nesse ponto, você está próximo do clímax do filme, então você precisa encaixar os eventos, coisa que eles fizeram de maneira muito, muito inteligente. Mas sim, nós fizemos muito disso.

P: Para as pessoas que não leram os livros, você pode nos apresentar ao Hodge e ao relacionamento dele com a Clary?
JH: Hodge é um Caçador de Sombras; ele esteve na Academia com Valentim e Jocelyn e Luke, e também Pangborn e Blackwell, creio eu. E ele era parte do círculo de Valetine que queria mudar a maneira com que a Clave utilizava o Cálice Mortal. Pela parte que ele teve no que foi chamado de Insurreição, ele foi sentenciado a permanecer no Instituto, e ele tem uma maldição ou feitiço nele que significa que ele não tem permissão para sair de lá. E foi dada a ele a responsabilidade de ensinar os jovens caçadores de sombras. E seu relacionamento com a Clary é que ela foi trazida ao Instituto por Jace, e ele é o adulto que sabe muito mais sobre a história dela do que ela mesma. E ele vai lentamente a alimentando, não contando a história toda de uma vez só, então ele vai fazendo com que ela descubra algumas coisas por si mesma. Você pode pensar que ele é uma espécie de tutor, mas ele – de novo, ele não quer falar demais. Se você leu os livros, você sabe o que acontece em seguida, mas esse é o relacionamento inicial. As coisas vão de mal a pior.

P: Você tem um contrato para vários filmes ou é só esse?
JH: Nós temos permissão para falar sobre isso? Esse sou eu. Isso é tudo. Só esse.

P: Há algo nesse papel em Cidade dos Ossos que você precisou fazer pela primeira vez – uma sequência de ação ou algo do gênero?
JH: Bem, eu tenho uma cena de luta com armas especiais. Mas quero dizer, não, há todo o tipo de coisas que eu já tinha feito antes. No, eu não diria isso. Eu tenho uma cicatriz, que eu não tinha antes. Uma cicatriz protética, uma peruca, uma peruca branca. Tipo uma peruca de cabelo cinza, algo assim. O que é um pouco chocante. Você se olha no espelho e vê como você pode se tornar daqui alguns anos. (Risos)

P: Pelos padrões de Hollywood, Jamie e Lily ainda são recém-chegados. Então, como foi trabalhar com essa nova geração e com esse elenco mais jovem?
JH: É bom, sabe. Eles tinham muita coisa nas mãos, e eu estou apoiando eles, tentando tirar um pouco do peso deles para não pisar na bola. Mas eles já fazem isso há muito tempo. Hoje, você acaba descobrindo que muitos desses novinhos estão atuando há quase tanto tempo quanto você, porque eles começaram com 6 anos, sabe? Então eles são todos profissionais.

P: Antes de Hogde passar para o lado negro, ele é mais ou menos uma espécie de Professor X (de X-Men) daquele mundo. Houve alguém, como um personagem ou alguém da vida real, seja um professor ou até mesmo um filósofo que você gostou e que tinha como base na sua cabeça enquanto esteve fazendo esse papel?
JH: Aqui, no filme, eles apostam no enigma moral, eles levam isso a um passo adiante. E isso que é interessante nesse personagem, é alguém que sabe qual é a coisa certa a fazer, mas por razões pessoais, está fazendo algo bem diferente, porque ele está tentando mudar as próprias circunstâncias. Mas ele sabe a diferença entre o certo e o errado a se fazer, e ele não está sendo insano, no sentido em que ele não pensa que está fazendo algo para o bem maior da humanidade ou alguma bobagem do tipo. Ele sabe que faz o que faz puramente para conseguir se livrar da situação em que está preso. Sabe, nesse sentido… Eu frequentei um internato britânico. Havia professores que me lembram ele, mais ou menos. Eu estive nesse internato em 1968, e tínhamos professores lá que lutaram na Segunda Guerra Mundial, e havia mais ou menos uma glória enfraquecida neles. Eram professores que ensinavam crianças muito mal-educadas. Havia somente garotos nessa escola, que não estavam nem um pouco interessados no que eles haviam feito há 15 ou 20 anos. E não era tanto tempo atrás, realmente. Mas para uma criança de 7 anos, poderia ser 100 anos atrás, sabe? Então houve algo desse tipo, e você conseguia ver que eles eram frustrados pelo fato de terem que cuidar dessas crianças horríveis. E eles provavelmente queriam nos dar uma lição, mas eles não tinham permissão para isso. Algo desse tipo, mas não algum personagem histórico específico.

P: Como foi filmar as cenas de ação para esse filme?
JH: Bem, ainda não fiz essas. Ainda estamos praticando elas. Mas o que é realmente divertido é que tenho que lutar contra Dredger, de Sherlock Holmes. Ele é um homem muito grande. Então está sendo muito divertido, porque, sério, quando você faz todas essas cenas de luta, você tenta fazer tudo certo e tudo mais. E então eu sento e falo, “Vejam, se esse cara me bater, eu vou desmaiar. Eu viraria migalha se ele realmente conseguisse se conectar comigo, porque o homem é enorme”. Mas eu estava realmente animado de lutar contra ele, porque eu realmente o amei naquele filme. Vamos filmá-las na semana que vem, eu acho.

P: Quantos movimentos nessa sequência?
JH: Está ficando mais longo. Ficou mais longo hoje. Então, eu não sei.

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