Sinopse: Arcadia “Dia” Gannon é obcecada por Louisiana Veda, a designer de jogos cujas criações e empresa obsessivas, Darkly, conquistaram seguidores cult. Dia fica chocada quando é escolhida para um estágio altamente cobiçado, junto com outros seis adolescentes de todo o mundo. Por que ela? Dia nunca ganhou nada em sua vida.
Darkly, que já foi um império de criação de jogos conhecido por seus brinquedos e jogos engenhosos e totalmente aterrorizantes, agora está adormecido após a misteriosa morte de Veda. Os jogos restantes têm preços semelhantes a obras de arte raras, com alguns chegando a atingir milhões de dólares em leilões.
À medida que Dia e seus colegas estagiários investigam o coração de Darkly, eles descobrem símbolos ocultos, pistas enterradas e uma teia de intrigas. Quem são esses outros adolescentes e que segredos eles guardam? Por que algum deles foi realmente escolhido? As respostas estão no labirinto distorcido de Darkly – uma leitura arrepiante e viciante de Marisha Pessl.
Este verão será o jogo Darkly mais distorcido de todos.
Como vocês já sabem, essa resenha é em parceria com a Random House Internacional, de quem recebemos esse e-ARC (Advance reading copy: algo como “uma cópia de leitura avançada, ou seja, o livro ainda pode sofrer alterações antes de ser publicado). Também lembrando que essa resenha terá um formato diferente: por ser um e-ARC, não haverá quotes, já como os livros podem sofrer mudanças em seu texto antes de serem comercializados. Gostaríamos de agradecer profundamente a Editora pela oportunidade de parceria.
Não sei exatamente como me sinto sobre esse livro. Desde que eu terminei de ler, eu estou olhando para a página em branco pensando no que escrever e como descrever a história sem dar muitos spoilers, mas mais do que isso, eu não sei como eu me sinto ainda.
“Darkly” não é um livro ruim. Longe disso. É um dos melhores livros que eu li esse ano no seu total, ele me prendeu de uma forma que fazia um tempo que não me sentia presa, ficando ansiosa para saber o que aconteceria em seguida e quem estava por trás de todo mistério. Mas o final foi meio… desanimador, vamos dizer assim.
O livro segue a história e o ponto de vista de Dia, que é uma garota aparentemente comum, que se inscreveu para participar de um estágio na Darkly, uma empresa que criava jogos de tabuleiro que, depois da morte de sua criadora, ficou sem lançar mais nada, então Dia sequer tem ideia do que exatamente acontecerá nesse estágio, porque se não tem nada sendo lançado…
Mas ela se inscreve mesmo assim e fica surpresa quando é aceita, principalmente pela quantidade de pessoas inscritas. Ao todo são escolhidos 7 estagiários: Dia, Poe, Everleigh, Cooper, Mouse, Franz e Torin. Cada um deles vem de um lugar diferente no mundo, todos eles têm 17 anos e, obviamente, não se conhecem. Na internet eles começam a ser chamados de “The Veda Seven”, porque o nome da criadora da empresa é Louisiana Veda.
Todos eles ficam em choque quando eles descobrem que, ao contrário do que pensavam que ficariam em hotéis, eles ficarão na ilha onde os jogos de Darkly foram criados, mas mais do que isso: é de conhecimento publico que existem 28 jogos criados por Veda, o que eles não sabem é que um outro jogo original, o número 29, que se chama Valkyria, foi roubado na festa de 50 anos de lançamento da empresa Darkly. E desde então ninguém soube o que aconteceu com o jogo até agora. Um adolescente sumiu enquanto jogava depois de aparentemente “vencer” o jogo e o que a empresa quer é reaver o jogo, descobrir quem o roubou e achar o garoto desaparecido.
Tudo isso em troca de um milhão de libras – para todos os estagiários – e a pessoa que “vencer” ganhará os direitos sobre qualquer um dos 28 jogos já lançados, o que significa que absolutamente tudo que for feito sobre esse jogo, a pessoa que vencer ganhará dinheiro por isso, o resto da vida.
Claro que todos eles ficam com medo, mas ao mesmo tempo eles tem curiosidade: todos querem saber mais sobre Louisiana Veda e todos querem saber mais sobre o jogo que nunca foi lançado por ter sido roubado antes. Além de, é claro, ter todo o dinheiro que pode vir com isso. Assim eles ficam na ilha para tentar desvendar o mistério por trás do roubo e do desaparecimento do menino, ao mesmo tempo que tentam desvendar o passado de Veda, porque todos eles sentem que isso é uma das coisas mais importantes para descobrir quem roubou e principalmente o porquê roubou.
As coisas, obviamente, são mais complicadas do que eles esperavam porque eles começam a sentir que estão sendo observados por alguém ali dentro da ilha com coisas sumindo subitamente, um deles sendo atacado diretamente por alguém – além da falta de confiança entre eles: eles não sabem se é algum dos 7 por trás de tudo, ou se é alguém da empresa ou se a própria Louisiana está viva e escondida no lugar. E é aí que a coisa fica ainda mais perigosa: quando eles conseguem contato com a pessoa por trás de Valkyria e começam todos eles a jogar o mesmo jogo que levou o desaparecimento do menino e assim a própria vida deles está correndo perigo.
Por isso que eu digo: não é um livro ruim. Darkly conseguiu me prender do início ao fim porque cada fim de capítulo eu ficava mais ansiosa para saber o que aconteceria em seguida e mais ainda para saber quem estava por trás dos ataques e desaparecimentos – como o livro todo é no ponto de vista de Dia, nós só sabemos o que ela sabe, o que eu achei bem diferente dos últimos livros de suspense que eu li, em que tinha pontos de vista de quase todos os personagens.
Todo o livro é recheado de tensão do início até o fim do estágio e é aí que eu digo que o final ficou meio falho e desanimador para mim: tudo se resolve muito simplesmente. Claro que eu não esperava que fosse uma grande trama, mas ainda assim. O final fica bem simples demais depois de toda uma tensão e, eu preciso assumir, que não gostei da conclusão romântica da história, mas isso não posso falar muito porque seria spoiler demais.
Eu tenho certeza de que Darkly daria um filme maravilhoso (quem acompanha a gente sabe muito bem como eu gosto de filmes de terror e suspense duvidosos), todo tempo que eu estava lendo ele, estava com essa sensação de que seria MARAVILHOSO assistir.
Apesar do final não ter sido do meu agrado, eu realmente aconselho quem gosta de suspense dar uma chance pra Darkly e estou torcendo bastante para que alguma editora aqui no Brasil traga ele para cá.
Thanks for the free e-book, Penguin Random House International.
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