24.11

Sinopse: Sem querer, Sam é transportada no tempo e vai parar no início anos 90. Agora, para conseguir voltar ao presente, ela vai ter que unir forças com quem jamais imaginaria: sua mãe.

Samantha King está prestes a terminar o ensino médio. A pressão sobre o futuro não é nada perto das brigas com a mãe, Priscilla, que desaprova todas as suas escolhas. Após uma discussão, Samantha pede um carro de aplicativo que a transporta no tempo direto para os anos 90 ― mais especificamente, para a adolescência de sua mãe.
Nessa nova realidade, Sam precisa se adaptar a um mundo com pouca tecnologia, roupas estranhas e preconceitos menos velados, enquanto tenta ajudar sua mãe a impedir um trauma que a marcou pelo resto da vida. Como se tudo isso já não fosse o suficiente, Sam ainda precisa lidar com seus próprios sentimentos amorosos, que atravessam as épocas.
Entre calças jeans de cintura baixa e celulares sem internet, Maurene Goo nos apresenta o romance perfeito sobre relações familiares e como às vezes precisamos chegar nos lugares mais inusitados para descobrir quem somos ― e quem queremos nos tornar.

Eu sou um pouco suspeita para falar sobre esse livro porque eu gosto bastante de historias que falam sobre volta no tempo e esse tipo de coisa, mas uma coisa que tenho para dizer é que nem nos meus melhores sonhos eu ia imaginar que “De volta aos anos 90” seria tão bom assim como foi.

O livro não começa direto com Sam indo para o passado onde sua mãe é apenas um adolescente, mas nos dá todo um background de como os relacionamentos ali funcionam: Sam tem um irmão mais velho que está na faculdade e que parece que os pais idolatram ele, enquanto ela mantem as notas baixas e não decidiu ainda o que quer da vida. Então ela e a mãe vivem brigando, enquanto Sam tem um bom relacionamento com a avó, coisa que a mãe dela não tem.


“Por um segundo, o rosto dela se contraiu, e eu senti um buraco no estomago, imediatamente arrependida de minhas palavras. Só que eu não tinha forças para retirar o que disse. Para pedir desculpas e tentar consertar o que quer que estivesse se desfazendo entre nós.”

Mas, se você está pensando que esse livro é um tipo de romance fofinho, eu preciso dizer que está enganada. O livro é muito mais sobre o relacionamento de Sam com sua mãe, Priscilla e com sua avó do que qualquer outra coisa.

Quando as duas tem uma briga enorme, na qual Priscilla deixa Sam na chuva sozinha, Sam pede um carro de um aplicativo desconhecido e esse carro a leva diretamente de volta no tempo para os anos 90, quando sua mãe ainda é uma adolescente – e, obviamente, não tem uma relação boa com a mãe, assim como a delas é.


“Mas eu encarei como sabia que Priscilla encararia. Então todo o peso da felicidade da família dela recaía sobre os ombros dela? Aquilo era tão injusto que eu quase fiquei sem ar.”

Sem saber exatamente o que fazer, tudo que Sam sabe é que no dia do baile, Priscilla perdeu como rainha do baile e ela tem uma briga gigantesca com a própria mãe sobre isso, o que causa a ruptura entre a mãe de Sam e a avó dela, fazendo com que elas tenham um relacionamento frio e distante nos dias atuais.

E por isso Sam chega a conclusão de o que tem que fazer é conseguir com que sua mãe ganhe a coroa de rainha do baile e talvez assim evitar uma briga gigantesca entre as duas: o que não é nada facil quando Priscilla é basicamente uma mean girl que não quer deixar Sam se aproximar para ajudar a vencer a coroa.


“- Como assim? O que é ser como você?
Você sabe.
Desviei o olhar, desconfortável.
Não sei, não.
Senti as bochechas queimando.
Imperfeita.
O silêncio dele foi terrível. Fiquei olhando para os dedos enquanto tamborilava no descanso de braço de madeira, sentindo o tempo passar em câmera lenta. Era aquele tipo de conversa triste que cansava Curren.
A perfeição é chata.

A coisa que mais me prendeu nesse livro foi realmente o relacionamento de Sam e de Priscilla. É muito bom ver como Sam vai se desenvolvendo e entendendo muito do que levou a mãe dela a ser como era nos dias atuais, o porque ela dava tanta importância as coisas que dava e porque mantinha uma distancia educada da própria mãe.

E também nós podemos ver como isso é uma coisa que acontece basicamente sempre e todo mundo acha que está sozinho quando passa pela “fase rebelde” da adolescencia, que os pais não entendem e tudo mais. Eles provavelmente também tiveram pais que não entendiam eles, porque é tudo bem um ciclo vicioso – e que Sam está mais do que disposta a quebrar.


“O que eu estava vendo agora… talvez não fosse a melhor versão delas. Para algumas pessoas, a escola era apenas um obstáculo a ser superado antes que a vida real começasse.”

E é justamente isso o core central do livro. Não vou dizer que não tem romance, porque tem – e falar dele seria MUITO spoiler, acreditem, mas o romance é minimo perto do desenvolvimento e da amizade entre Sam e Priscilla e de como o relacionamento delas se dá.

Outra coisa bem interessante é que, como sempre, Maurene Goo coloca bastante representatividade em seus livros e eu acho isso maravilhoso mesmo e gosto como vemos cada vez mais presentes nos livros do que só aquele monte de personagem que segue um padrão.

“De volta aos anos 90” é um livro muito gostoso de ler e se você está procurando algo que é bom, que ajuda a passar o tempo e ainda assim aquece o coração, esse é o livro certo pra você.

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