29.11

Sinopse: UMA PRINCESA PRECISA DE UM PRÍNCIPE.

Princesa Lira é uma das ninfas mais letais de todas. Com dezessete corações de príncipes humanos em sua coleção, ela é admirada em todo o oceano até que uma reviravolta do destino a obriga a matar uma sereia. Enfurecida, a Rainha do Mar transforma Lira na pior criatura possível: uma humana. Agora, sem sua Canção, Lira tem até o solstício de inverno para entregar o coração do Príncipe Elian à Rainha ou permanecerá humana para sempre.

Príncipe Elian é o herdeiro do reino mais poderoso do mundo, mas o oceano é o seu verdadeiro lar e caçar ninfas é sua vocação. Quando ele resgata uma mulher misteriosa de um afogamento em alto-mar, ela promete ajudá-lo a encontrar um objeto capaz de destruir as ninfas de uma vez por todas… Mas será que ele deve confiar nela?

“Uma jornada épica de traição e romance.”
Ciannon Smart, autora de Witches Steeped in Gold


Eu vou assumir já de cara que eu estava com medo de ler esse livro. Medo e ansiosa. Primeiro porque geralmente as releituras de “A Pequena Sereia” viram literalmente “ah que pena seria” e acabam me decepcionando bastante. A última vez que peguei uma releitura desse conto com uma capa bonita, eu acabei me decepcionando muito. Mas foi bem longe disso o que aconteceu enquanto eu lia “A Ruína de um Reino”.

Primeiro de tudo, vou falar um pouco sobre o plot central do livro, sem dar nenhum spoiler, nada que já não esteja na própria sinopse: Lira é uma princesa no mar, mas mais do que isso, ela é uma ninfa que coleciona corações de príncipes humanos. Sua mãe, a Rainha do Mar, não é conhecida por ter um dos melhores temperamentos, então quando a garota a desobedece (duas vezes seguidas), a penitência que ela dá a Lira é que ela vai se tornar o que ela mais despreza: uma humana. E será como uma humana que Lira deve caçar aquele que todas as ninfas temem: o Principe Elian, o grande responsável por causar a morte de várias ninfas.


“- E você fica com o príncipe – diz Kahlia. – O do rosto bonito.
O rosto não faz diferença. – Solto a mão dela. – É o coração que eu quero.
Tantos corações… – A voz dela soa angelical. – Daqui a pouco você vai ficar sem espaço para enterrá-los.
Umedeço os lábios.
Talvez – digo. – , mas uma princesa precisa de um príncipe.

E, o Principe Elian, apesar do título que tem e de ser herdeiro de um grande reino, só se sente como ele mesmo quando está no mar, em seu barco, com seus companheiros piratas caçando ninfas e acabando com a vida delas. Elian está atrás da “Maldição dos Príncipes”, uma ninfa que é responsável pela morte de vários príncipes dos reinos.

O caminho dos dois se encontra quando Elian salva Lira de um “afogamento” e a leva para dentro do barco. A garota não consegue acreditar na própria sorte de ter ido parar justamente onde ela devia estar e o garoto não tem ideia de que está cara a cara com sua jurada inimiga, a quem ele prometeu destruir a vida.


“Quero argumentar quanto à possibilidade, mas eu estaria me fazendo de idiota. A Maldição dos Príncipes é o maior monstro que conheço, e a única que escapou da morte desde que coloquei meus olhos nela. Fui incansável ao caçá-la pelos mares, procurando o cabelo flamejante do qual ouvi em tantas histórias.
Eu nunca nem sequer a vi.
Estava começando a achar que ela era apenas um mito. Nada além de uma lenda para assustar os nobres ao ponto de abandonarem suas terras. Mas, toda vez que considero a possibilidade, outro príncipe aparece morto. É mais uma razão pela qual não posso voltar a Midas e ser o rei que meu pai deseja. Não posso parar. Não até que eu a mate.”

Lira consegue que Elian não a expulse do barco ao mentir para ele sobre a forma que tem para encontrar e ajudar ele na busca de um objeto que pode acabar com todas as ninfas no oceano e assim acabar de vez com aquela guerra que ele quer tanto terminar.

Enquanto eu estava lendo, ainda estava me batendo um medo de como tudo se daria até o fim do livro porque minha última decepção começou exatamente no ponto em que a princesa se apaixonou pelo príncipe, mas preciso dizer com todas as letras que Alexandra Christo não errou em absolutamente nada para mim enquanto escrevia essa história e desenvolvia esses dois personagens.


“- Sempre tão cínica.
Sempre são pirata – retruca ela.
Você diz isso como se fosse um insulto.
Você deveria supor – diz ela – que tudo o que eu lhe digo é um insulto. Um dia, o mundo não vai mais ter sorte para te entregar de mão beijada.

De um lado nós temos Lira, que passou a vida inteira carregando a crueldade das palavras da mãe e levando isso como objetivo na vida dela. Sabia que seria rainha um dia e devia ser tão temida e obedecida quanto sua mãe era. Mas isso era realmente necessário? Não teria um outro modo de governar que não fosse fazendo todos terem medo dela? É isso que nós vamos vendo desenvolver em Lira conforme a história vai passando e as palavras de uma personagem para Lira começam a fazer mais sentido na cabeça dela. “Se torne a rainha que precisamos que seja”.

E do outro lado nós temos Elian, que apesar de ser um temido caçador de ninfas, ao mesmo tempo é tão humano quanto ele pode ser. Exausto daquela guerra travada com o oceano, exausto de ter que viver uma vida na qual ele não se sente ele mesmo dentro do reino, tudo que ele quer é viver sua vida no mar, da forma que ele gosta, sem as responsabilidades que um reino requer dele.


“Nas profundezas da nossa alma, se eu me permitir abrigar a ideia de que tenho uma alma, Elian e eu não somos tão diferentes. Dois reinos que trazem consigo responsabilidades que cada um de nós dois tem dificuldade de carregar. Ele, as correntes de estar preso a uma terra e a uma vida. Eu, presa nos confins do legado assassino da minha mãe. E tem o oceano, que chama por nós dois. Uma canção de liberdade e anseio.”

E é isso que torna o relacionamento de Lira e de Elian tão especial no meu ponto de vista. Os dois tem um background muito parecido no quesito sobre a realeza, cada um deles lidando com seus próprios demônios e com as formas que querem viver a vida e como acham que eles têm que viver a vida. E conforme os dois vão se aproximando mais e mais um do outro, mesmo com Lira ameaçando a vida de Elian constantemente, eles vão desenvolvendo um laço muito bonito.

E eu não poderia ter ficado mais feliz de como o relacionamento deles desenvolveu e de como tudo foi resolvido no final, que é claro que eu não vou dizer como foi porque seria um grandessíssimo spoiler.


“Tudo foi silenciado, e quando Lira desce sua lâmina contra a minha mais uma vez, abandono tudo. Minha missão, meu reino. O mundo. No momento, tudo isso existe em algum lugar diferente deste. Agora, há apenas isto. Eu, meu navio, e uma garota com o oceano nos olhos.”

Eu sempre digo, em todas minhas resenhas, que eu adoro personagens femininas fortes e isso não falha nesse livro. Não só Lira, mas também Madrid que é uma pirata no navio de Elian, assim como Kahlia, prima de Lira e até mesmo a própria Rainha e Sakura (que eu não sou muito fã) são personagens fortes e que não deixam nada a desejar.

E preciso falar que graças a Deus não existe um triangulo amoroso! Parece que todas as releituras de “A Pequena Sereia” gostam de abusar desse ponto, mas nesse livro realmente o romance é a última coisa a ser focada, eles dão muito mais ênfase no desenvolvimento dos dois personagens principais e nas histórias e lutas deles do que no relacionamento romântico e eu gostei bastante disso.


“- Veneno? – penso em voz alta. – Você estava guardando isso para a sua futura esposa?
Não é letal – diz Elian. Para um assassino, ele parece estranhamente ofendido pela ideia. – E não. – Ele faz uma pausa, então se vira para mim com um sorriso de lado. – A não ser que você fosse a minha esposa.
Se eu fosse a sua esposa, eu mesma beberia o veneno de bom grado.

Acho que posso dizer com segurança que, pelo menos até aqui, essa é a minha releitura favorita de “A Pequena Sereia”. Tem tudo de mais maravilhoso que podemos querer: fantasia, lutas, desenvolvimento de personagens, mulheres fortes e uma pitadinha de romance, além de um final que, na minha opinião é simplesmente PERFEITO.

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