27.08

Oi, pessoal! Tudo bem com vocês? Hoje vim falar para vocês de um clássico da literatura que, acreditem ou não, eu nunca tinha lido: O Pequeno Príncipe. Eu já conhecia, com certeza, é o livro favorito da minha irmã mais velha e ela sempre me falou muito dele, mas eu nunca tinha dado atenção porque não me chamava atenção.
Até que um dia desses um amigo me falou do livro, das lições que ele dá e tal, e eu resolvi dar uma chance.
Comecei a ler o livro de tarde e terminei no começo da noite. Porque é simplesmente sensacional.

Então se você, assim como eu, nunca leu “O Pequeno Príncipe”, essa é para você, mas antes vamos passar pelos detalhes técnicos: o livro foi escrito em 1943, pelo francês Antoine de Saint-Exupéry. O autor também é o ilustrador de todos aqueles desenhos fantásticos do livro, você sabia? (eu não fazia ideia, achei sensacional). Aliás, o livro, muitas pessoas dizem, é uma autobiografia dele. E faz muito sentido, já que o personagem principal é um aviador e o próprio autor foi, também, um aviador. “O Pequeno Príncipe” ficou tão, mas tão famoso, que vendeu mais de 200 milhões de exemplares do livro, da pra imaginar? O livro é, também, de onde vêm diversas quotes famosas que vemos por aí, inclusive em comerciais, como:

O essencial é invisível aos olhos.

“O Pequeno Príncipe” já começa de uma maneira sensacional. O narrador tem um quê de Peter Pan que eu simplesmente amei, até porque Peter Pan é um dos meus livros preferidos. No início do livro, o narrador fala sobre como as “pessoas grandes” são diferentes das crianças. Como as crianças são capazes de usar a imaginação e criatividade, diferente das pessoas adultas, que estão sempre preocupadas com coisas que consideram importantes sem pararem para refletir se, de fato, essas coisas são importantes.

Já nas primeiras páginas ele mostra um desenho que fez, e como os adultos e as crianças tem uma interpretação diferente do desenho. Ele também fala de como consegue “filtrar” os tipos de pessoa com quem conversa, e acaba guiando a conversa que tem com cada um para lados diferentes dependendo da personalidade da pessoa. Se ela não demonstrar ser criativa, ou ter imaginação, por exemplo, ele vai manter o assunto no que os adultos consideram confortável.

As primeiras páginas do livro, para mim, são simplesmente sensacionais, porque nos fazem perceber como as coisas mudam a medida que crescemos. Nós ganhamos novas responsabilidades, com certeza, e perdemos nossa inocência, mas acabamos deixando essas coisas tirarem de nós toda a habilidade de olhar para situações e ver algo além do que está ali. Nós perdemos a capacidade de criar, de ir além do que se vê. Quantas vezes nós complicamos coisas que não precisam ser complicadas? Ou deixamos de dar importância e tratamos com leviandade acontecimentos e momentos que, de fato, deveriam importar?

As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo
amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: “Qual é o som da sua
voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que ele coleciona borboletas? “Mas
perguntam:
“Qual é sua idade? Quantos irmãos tem ele? Quanto pesa?
Quanto ganha seu pai?” Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos
às pessoas grandes: “Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas
no telhado. . . ” elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso
dizer-lhes: “Vi uma casa de seiscentos mil reais”. Então elas exclamam: “Que beleza!”

O Pequeno Príncipe, começa a contar para o aviador, então, toda a jornada que percorreu até chegar na Terra, e todas as pessoas que encontrou nos diferentes planetas em que passou. Cada um desses “encontros” é uma metáfora. O livro é cheio delas, e eu amei isso. Algumas podem ser mais difíceis de entender do que outras, depende muito da experiência de vida que você tem e da compreensão que possui acerca de alguns assuntos. Quando tive dificuldade de entender alguma coisa, googlei algumas das metáforas que não entendi e segui em frente. Mas na pior das hipóteses, você não vai entender alguma das metáforas e, te prometo, que mesmo assim, a leitura vai fazer sentido para você. Porque “O Pequeno Príncipe” também pode ser lido por crianças (que vão ter uma interpretação diferente da das “pessoas grandes” e, acredito eu, tão sensacional quanto).

Esse me parece ser um daqueles livros que foi feito para ser lido diversas vezes em momentos diferentes da sua vida, e que pode trazer um tipo novo de conhecimento e compreensão em cada vez que você o lê. Mas vamos falar um pouco dos encontros do Pequeno Príncipe (não vou falar de todos porque não quero tirar a graça do livro, e porque são muitos).

Em sua jornada para a Terra, ele encontra um Rei. O rei, que mora só em seu planeta, fica extremamente feliz em ver o Pequeno Príncipe. O rei só quer saber de mandar. A ordem que ele dá não importa. O que ele quer são súditos, e que os súditos obedeçam suas ordens. De modo que quando ele percebe que o Pequeno Príncipe precisa bocejar, porque está com sono, ele ordena que o Príncipe boceje, para sentir que está no controle. Esse encontro é uma metáfora para mostrar como os adultos se preocupam com poder, e, muitas vezes, não sabem nem o que fazer com ele.

É contra a etiqueta bocejar na frente do rei, disse o monarca. Eu o proíbo.
Não posso evitá-lo, disse o principezinho confuso.
Fiz uma longa viagem e não dormi ainda…
Então, disse o rei, eu te ordeno que bocejes. Há anos que não vejo ninguém
bocejar! Os bocejos são uma raridade para mim. Vamos, boceja! É uma ordem!


Em outro encontro, que é, particularmente, o meu preferido, o Pequeno Príncipe encontra uma raposa, e a chama para brincar, mas ela responde que não pode, pois ainda não foi cativada. Toda a lição do “cativar” do livro, mostra como uma pessoa se torna diferente, para nós, quando criamos um laço com ela, e da responsabilidade emocional que passamos a ter com uma pessoa quando passamos a fazer parte da vida de alguém. Ela se destaca das demais, e não podemos ter uma visão “comum” de alguém depois que essa pessoa desenvolve um papel significativo em nossas vidas.

Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?

É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços.

Criar laços?
Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto
inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não
tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil
outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para
mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…

E o que falar da rosa do Pequeno Príncipe? Não muito, para não dar spoiler. Mas vou só dizer que a Rosa e sua interação com ela se trata do amor, de como ele pode ser difícil, e de como, mesmo assim lutamos por ele, e devemos continuar o fazendo.

No fim das contas, “O Pequeno Príncipe” é um livro emocionante, cheio de lições que você pode carregar consigo, e te dá muito, muito mesmo, no que pensar… Foi, com certeza, a melhor leitura que eu fiz esse ano até agora. E eu já estou escolhendo minha edição física com cuidado, porque quero um exemplar para mim, para que eu possa reler até que ele fique gasto.

E por hoje é isso, pessoal! Pega seu exemplar de “O Pequeno Príncipe”, faz um chá quentinho e vai pra baixo do cobertor aproveitar essa obra de arte. Posso garantir que você não vai se arrepender!

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