Cassandra Clare em entrevista para a SciFiNow
Cassie divulgou uma entrevista dada ao SciFiNow falando sobre a série “As Crônicas de Castellane”, que teve seu segundo livro publicado em março em inglês. “O Rei dos Ladrões” é o segundo livro da série que tem “O Portador da Espada” como primeiro livro da série, que terá 4 livros no seu total. O terceiro livro se chamará “The Bone Conjurers”, sem data de publicação ainda.
Aqui no Brasil, você ainda consegue comprar “O Portador da Espada” com brindes (clique AQUI), sem brindes (clique AQUI) ou ainda a versão eBook (clique AQUI), que também está no Kindle Unlimited (assine e leia gratuitamente clicando AQUI. Já “O Rei dos Ladrões” é esperado para o segundo semestre por aqui, mas ainda sem data especifica – você pode garantir seu exemplar em inglês clicando AQUI. Nós já resenhamos o livro sem spoilers e você pode ler clicando AQUI.
Confiram a entrevista já traduzida por nossa equipe, mas fica aqui o aviso de SPOILERS para quem não leu ainda o primeiro volume e para evitar entregar algumas reviravoltas da trama, deixamos o sexo de determinados personagens indefinidos nas respostas de Cassie. Leia por sua conta e risco:
“Corrupção é interessante, não é?” A autora Cassandra Clare fala sobre “O Rei dos Ladrões”
A autora dos Caçadores de Sombras, Cassandra Clare, fala sobre seu novo romance de fantasia e magia, “O Rei dos Ladrões”, sequência de “O Portador da Espada”, e sobre o que ela irá escrever em seguida.
Escrito por Cassandra Clare (“As Crônicas dos Caçadores de Sombras”) chega “O Rei dos Ladrões”, a sequência da fantasia com magica de 2023, “O Portador da Espada”, e desta vez vemos o Príncipe Conor, seu dublê Kel e a curandeira Lin lidando com a turbulência após o massacre no final explosivo do livro anterior.
Kel e Lin agora estão envolvidos com o notório Rei dos Ladrões, governante do submundo criminoso da deslumbrante cidade de Castellane, que detém as únicas pistas sobre quem traiu a família real. Embora Lin esteja lidando com seus próprios problemas agora, ela afirmou ser a lendária Deusa Renascida e detentora de uma magia poderosa.
Enquanto isso, o Príncipe Conor luta contra a culpa dos eventos do livro anterior, bem como com o peso do reino e tenta descobrir o motivo da loucura de seu pai.
Em nossa resenha do livro, dissemos que a “mistura de maquinações políticas, vinganças pessoais e elementos místicos” de “O Rei dos Ladrões” mantém os leitores presos, culminando em uma série de revelações chocantes e satisfatórias. Então, tivemos que nos aprofundar mais e conversamos com a autora Cassandra Clare para descobrir mais sobre as ruas sinuosas de Castellane, o que ela planejou para o próximo livro da série e descobrir sobre a nova fantasia YA em que ela está trabalhando…
Em “O Portador da Espada”, os leitores foram apresentados ao intrincado mundo de Castellane. Como “O Rei dos Ladrões” expande a dinâmica política e social desse cenário?
Em “O Rei dos Ladrões”, a família real de Castellane se encontra em uma posição política cada vez mais delicada. A nação vizinha, Sarthe, exige uma indenização exorbitante pelo assassinato não resolvido de sua jovem princesa Luisa, e o Rei Markus se torna cada vez mais estranho e retraído, deixando o Príncipe Conor sozinho para lidar com a situação.
À medida que Conor toma medidas para garantir a posição de Castellane no cenário mundial, entramos em contato com novos e influentes personagens internacionais, incluindo um corsário astuto, um assassino perigoso, um rei no exílio e duas princesas muito diferentes. Enquanto isso, Lin lida com as ramificações de sua reivindicação sobre ser a deusa renascida, o que mudou radicalmente a maneira como ela é tratada por seu próprio povo. Ela se encontra refugiada entre novos amigos na cidade — amigos do tipo criminoso.
A jornada de Kel se entrelaça profundamente com o submundo criminoso do Rei dos Ladrões. Quais desafios Kel enfrenta ao se aprofundar nesse reino sombrio em “O Rei dos Ladrões”?
No final de “O Portador da Espada”, Kel uniu forças com o Rei dos Ladrões para investigar a conspiração contra o trono. Ele o fez para proteger Conor, mas também pelas costas dele. A necessidade de sigilo coloca uma pressão em seu relacionamento com o príncipe — e, na verdade, com todos em Marivent — e, à medida que Kel se aprofunda em sua investigação, aqueles na Corte que buscam manipulá-lo aparecem.
Kel também está às voltas com seus sentimentos há muito enterrados por Antonetta Alleyne, que está prestes a se casar com um nobre monstruoso — alguém que pode estar intimamente envolvido com a conspiração que Kel está tentando descobrir.
Lin Caster se enrola com quem é e as expectativas de ser a Deusa Renascida. Como sua personagem evolui nesta sequência, especialmente com os testes pelos quais deve passar?
Lin começa este livro em uma posição estranha, meio dentro e meio fora de sua antiga vida enquanto aguarda o teste de sua afirmação. Ela ainda atende pacientes e trabalha como médica, mas sabe que esses dias podem estar contados. Há aqueles entre os Ashkar que têm fé nela, mas outros acreditam que ela é uma impostora e aguardam ansiosamente que ela seja desmascarada como uma farsa.
É uma posição estressante, mas Lin mantém sua determinação em aprender magia suficiente para curar sua melhor amiga de uma doença terminal. À medida que seu julgamento se aproxima, Lin começa a se desesperar, mas a ajuda chega de um lado inesperado — um paciente incomum, adquirido por meios pouco ortodoxos. Eu diria que a jornada de Lin neste livro é uma jornada de descoberta da fé em si mesma — mas com o risco de perder todo o resto.
O título, “O Rei dos Ladrões”, sugere um foco neste personagem enigmático. O que os leitores podem esperar descobrir sobre seu passado e sua influência no submundo de Castellane?
O Rei dos Ladrões é uma figura constante na cidade — é um título um tanto quanto o de ‘Dread Pirate Roberts’, passado de geração em geração entre criminosos ao longo dos séculos. Pistas foram deixadas sobre a identidade deste Rei dos Ladrões, e haverá mais.
Ao final do livro, oleitor descobrirá quem Andreyen realmente é — ou era — e por que ele está tão interessado na busca de Lin pela magia.
Temas como poder e corrupção são predominantes em suas obras. Como esses temas são explorados de forma diferente em “O Rei dos Ladrões” em comparação com seus livros anteriores?
A corrupção é interessante, não é? Ela pode se espalhar desenfreadamente na Corte, fazendo parecer que há mais honra entre ladrões do que na Colina. Nos livros dos Caçadores de Sombras, a corrupção geralmente assume a forma de humanos canalizando energias infernais ou colaborando com demônios literais para obter poder para si.
Em Castellane, não há demônios reais na cosmologia, e a corrupção não é sobrenatural. É muito mais focada em maquinações políticas e disputas por influência econômica e social na Corte e além.
A dinâmica do relacionamento entre Kel, Lin e o Príncipe Conor é complexa e envolvente. Como esses relacionamentos mudam nesta edição e qual o impacto que eles têm na narrativa geral?
Os relacionamentos estão de fato mudando. Em “O Rei dos Ladrões”, Conor e Lin se encontram juntos, buscando conhecimento sobre uma magia ancestral que o Rei encontrou há muito tempo em Malgasi. Mesmo sendo de mundos diferentes, os dois são inegavelmente atraídos um pelo outro — de uma forma que pode significar um desastre para ambos.
Enquanto isso, Kel é engolido por sua própria teia de segredos, mais distante de Conor do que nunca. Kel e Lin são amigos, no entanto. Eles têm alguns momentos agradáveis.
Sua construção de mundos frequentemente se baseia em diversas inspirações culturais. Você pode compartilhar alguma influência específica que moldou a comunidade Ashkar e sua fé em “O Rei dos Ladrões”?
Há muita magia de fantasia que foi construída sobre os pilares do mito cristão. Eu queria escrever magia que ressoasse com pessoas que foram criadas na tradição judaica. Há uma corrente mágica rica e divertida para explorar e extrapolar (para aqueles interessados em aprender mais, recomendo o livro “Árvore das Almas: A Mitologia do Judaísmo”, de Howard Schwartz). Dito isso, os Ashkar não são de forma alguma um análogo exato do povo judeu — eles têm sua própria fé que surgiu da história de um mundo inventado, um mundo onde a magia existia e se perdeu.
Com “O Rei dos Ladrões” fazendo parte de “As Crônicas de Castellane”, como você imagina o progresso da série nos próximos episódios? E há alguma dica que você possa dar sobre a direção da história?
Hmm, como posso falar sem não estragar o final de “O Rei dos Ladrões”? Lin embarca em uma… jornada emocionante, digamos assim. Kel se familiariza ainda mais com o submundo do crime — partes que ele já conhecia e partes que não conhecia. E Conor? Bem, há sinos de casamento no horizonte para ele… quer ele goste ou não.
Quais seus próximos lançamentos?
Atualmente eu estou trabalhando em “Os Poderes Sombrios”, a trilogia que encerrará minha série YA, “As Crônicas dos Caçadores de Sombras”. Também estou começando a trabalhar em uma nova série de fantasia YA chamada “Foretold”, que se passa em um mundo onde a magia está muito mais presente do que nas Crônicas de Castellane.
O que você está lendo agora?
“Hungerstone”, de Kat Dunn, “O Silêncio da casa fria”, de Laura Purcell, e “Revival”, de Stephen King.
“O Rei dos Ladrões” entrou para a lista de livros mais vendidos dos Estados Unidos (vocè pode ler mais clicando AQUI. A série de alta fantasia de Cassandra Clare tem arrancado diversos elogios da critica estrangeira.