“Escândalo na Boêmia e Outros Contos Clássicos de Sherlock Holmes”
Arthur Conan Doyle / Compilado por Mario Feijó
Record – 2018 – 400 páginas
Antologia exclusiva que reúne 15 contos clássicos de Sherlock Holmes.
Esta antologia reúne 15 contos escolhidos para sintetizar o cânone das aventuras escritas por Conan Doyle para a Strand Magazine, revista britânica conhecida por levar a um público amplo grandes nomes da literatura, como Agatha Christie, Rudyard Kipling e Graham Greene. Dos mistérios em quartos fechados a planos mirabolantes de assalto; de intrigas internacionais a casos de espionagem capazes de derrubar o governo (e talvez a Realeza); sem deixar de lado chantagens, perseguições e assassinatos a sangue-frio. Para aqueles já iniciados nos tortuosos casos de Sherlock Holmes, esta edição oferece, além dos contos consagrados, narrativas menos conhecidas que ajudam a compreender a jornada do detetive mais conhecido da literatura ao longo de três décadas. Para os recém-chegados, eis o universo original do peculiar Sherlock Holmes e seu fiel escudeiro, Dr. Watson.
Quem não conhece o famoso detetive particular com pouco gosto por socialização e hábitos estranhos, residente do número 221B da Baker Street?
Para aqueles que vem se esquivando de referências históricas e não têm muita certeza se imaginam Sherlock Holmes com o rosto do Homem de Ferro ou do Doutor Estranho; o excêntrico detetive é a obra mais conhecida do autor e médico Arthur Conan Doyle, nos anos de 1887 até 1927, onde protagonizou 56 contos, 4 novelas e um hiato de 8 anos (que rendeu até ameaças à vida do autor nas ruas de Londres) marcando a literatura britânica e dando base para diversas e inacabáveis adaptações.
Se você acha que Cassandra Clare inovou em seus livros de contos, que mensalmente nos traz uma nova história curta sobre algum dos personagens; Meu caro Watson, lhe faltam informações vitais. Sherlock Holmes vem conquistando o público desde sua primeira aparição em 1887 em “UM ESTUDO EM VERMELHO” publicado em uma revista vitoriana em circulação na época, fazendo um incrível sucesso e acumulando leitores fanáticos durante seu tempo de publicação, conto a conto em revistas.
O sucesso do detetive e seu amigo, Watson, sempre responsável por compilar seus casos, é fundamentado não em este ser o primeiro investigador criminal da literatura, e sim por utilizar a famosa lógica dedutiva e a ciência criminal em seus casos. Seus métodos, escritos e explicados por um médico da época, tornaram-se tão únicos que dentro e fora de suas histórias os contemporâneos da personagem encaravam-nos como um super-poder, onde através de um pequeno vislumbre o detetive consegue determinar informações cruciais e aparentemente impossíveis de se obter e juntar informações insignificantes e formular sequencias temporais de acontecimentos e prever o comportamento de seus inimigos. Em seus contos, Sherlock não é assim tão absurdo quanto (coff coff) algumas de suas adaptações modernas o pintam, em vez disso, ele utiliza toda e qualquer informação obvia ou até mesmo dispensável, para formular situações cabíveis, e este olho dedicado e mente aguçada sim são os super-poderes da personagem.
“Elimine o impossível, e o que restar, por mais improvável que pareça, deve ser verdade.”
O signo dos quatro – The Sign of Four (1890)
Esta antologia nos traz 15 contos, alguns não tão conhecidos, em que podemos ver claramente como funcionavam os métodos não ortodoxos de Holmes. Ele usa diversos disfarces, ajudantes e estratégias que no decorrer das histórias colocam não só Watson mas alguns de seus coadjuvantes (inspetor Lestrade e Sra Hudson, por exemplo) em graves situações de perigo, ao se meterem planos mirabolantes, intrigas internacionais, chantagens e assassinatos em vista de obter novas informações para auxiliar suas linhas de raciocínio em vias de solucionar um mistério.
Seus contos passam por toda a cidade de Londres (apesar do autor ter nascido em Edimburgo) narrando perseguições, incursões e visitas muitas vezes a serviço da Polícia, ou mesmo de grandes famílias da Europa; em busca de criminosos e objetos roubados que detêm o poder de arruinar vidas caso continuem perdidos ou sejam trazidos à tona. Em seus casos, Watson, o narrador dedicado e admirador de Holmes, sempre faz referência a incrível capacidade de dedução de seu amigo e por um certo tempo, companheiro de quarto; mas também sempre elabora descrições de seus outros métodos de ajuda, como por exemplo a famosa rede de mendigos de Londres, pela qual Holmes consegue se manter atualizado no mundo do crime sem muito esforço.
Uma das maiores diversões que se pode ter ao ler seus contos, é tentar chegar você mesmo ao culpado do crime, ou descobrir como o roubo/assassinato aconteceu. Uma vez que seus contos foram escritos no fim da Era vitoriana (ALÔ LEITORES DE TID) métodos de pesquisa convencionais para nós ainda não poderiam dar uma ajudinha ao detetive, sendo assim seus métodos e linhas de raciocínio dependem puramente do detalhes e informações dadas ao leitor, que se sente na própria cena do crime narrada pelo Watson.
“Para resolver fatos estranhos e eventos extraordinários precisamos buscar as respostas na vida normal, que sempre é mais desafiadora que qualquer esforço da imaginação.”
A Liga dos Cabeças Vermelhas – The Red-Headed League (1891)
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