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Resenha: It’s a love story – Annabel Monaghan

Sinopse: Regras para crescer em Hollywood: O amor é uma mentira. O riso é a única verdade.

Jane Jackson passou a adolescência como “Pobre Janey Jakes”, a piada com o molho barbecue na quinta sitcom favorita dos Estados Unidos. Agora, ela tenta ser levada a sério como executiva de um estúdio de Hollywood, adotando um novo mantra: finja até conseguir.

Só que ela talvez tenha fingido demais. Desesperada para ter seu primeiro projeto aprovado e irritada pelo pomposo diretor de fotografia e antigo crush Dan Finnegan, ela alegou que conseguiria que o mega astro pop Jack Quinlan compusesse uma música para o filme. Jack pode ter sido seu primeiro beijo — e sua maior fonte de vergonha —, mas ela não fala com ele há vinte anos.

Agora Jane precisa recorrer ao último homem a quem gostaria de ficar em dívida: Dan Finnegan. Jack está tocando em um festival na cidade natal de Dan, e Dan tem uma chance. Uma semana em companhia de Dan enquanto ela confronta seu passado é a ideia de inferno para Jane, mas ele pode surpreendê-la. Enquanto encobrem sua mentira, eles conseguirão encontrar algo verdadeiro?

Como vocês já sabem, essa resenha é em parceria com a Random House Internacional, de quem recebemos esse e-ARC (Advance reading copy: algo como “uma cópia de leitura avançada, ou seja, o livro ainda pode sofrer alterações antes de ser publicado). Também lembrando que essa resenha terá um formato diferente: por ser um e-ARC, não haverá quotes, já como os livros podem sofrer mudanças em seu texto antes de serem comercializados. Gostaríamos de agradecer profundamente a Editora pela oportunidade de parceria.

Quando eu escolhi esse livro para ler com a parceria que temos com a Penguin, eu não esperava que esse livro fosse tocar em partes tão pessoais em mim como tocou. Eu só estava querendo uma romcom fofinha para passar o tempo e me divertir, mas fui afogada por sensações que fugiram do meu controle.

Jane é uma mulher que cresceu em Hollywood – quando era criança fazia parte de um seriado que a colocava como “alivio cômico” e isso a moldou de uma forma muito profunda, a fazendo acreditar que, se ela fosse ela mesma, as pessoas sempre a veriam de uma forma errada e mais ainda: ela pensava que tinha que controlar absolutamente tudo ao redor dela para que ninguém ainda pensasse nela como a garota engraçadinha da série infantil, que assim as pessoas a veriam como a pessoa seria que ela era sobre o trabalho dela.

Então ela encontra um livro que quer muito adaptar, muito mesmo. E quando vai falar com o chefe dela sobre a possibilidade, ele a coloca no mesmo grupo que Dan, o rapaz com quem ela não se dá bem de forma alguma. E magicamente pela primeira vez, os dois tem a mesma ideia sobre a história, os dois acham que o livro vale a pena ser adaptado e que muitas pessoas tinham que ter alcance aquela história. Porém seu chefe deixa claro que não acha que aquela historia é “vendável” e que não vai fazer sucesso na bilheteria.

No momento de desespero, pensando que não pode perder a adaptação daquela história que tocou tanto no coração dela, Jane faz o impensável: diz que tem contato ainda com um rapaz que conheceu na época da série infantil e que ele com toda a certeza adoraria escrever uma musica para a trilha sonora e, com isso, faria várias pessoas quererem assistir, já como agora ele era um grande musico e que fazia muito sucesso.

É obvio para nós leitores que não, Jane não tem contato nenhum com Jack, o famosíssimo cantor, desde um encontro na adolescência que rendeu a ela seu primeiro beijo e sua primeira grande decepção amorosa. E é aí que ela precisa absurdamente da ajuda de Dan. Dan quer visitar a cidade onde nasceu para o aniversario de seus pais, e lá na cidade o irmão de Dan está trabalhando no evento que trará o show de Jack. Agora tudo que ela precisa é criar coragem para encontrar alguém que marcou tanto seu passado – enquanto passa a conhecer e conviver mais com Dan e ver que ele, talvez, não seja tão ruim assim como ela pensava.

Me tocou muito a história de Jane. A vida inteira ela pensa que não pertence a lugar nenhum e que ninguém nunca a levará a sério como uma produtora, vivendo sob o fantasma da personagem que interpretou no passado – e também sobre o pai dela. O pai a abandonou e a mãe enquanto ela ainda era basicamente uma neném, e isso carrega um peso enorme nos ombros dela.

Dan é simplesmente apaixonante. Apesar de toda essa forma cética que ele tem de ver a vida e como as coisas têm que ser em Hollywood, é simplesmente impossível não se apaixonar por ele.

No final das contas saí dessa história com uma das melhores leituras que fiz esse ano, completamente leve e engraçada, apesar das partes mais profundas e com um romance tão bom de acompanhar enquanto ele se desenrola.

Ainda não tem nenhuma notícia se ele será publicado aqui no Brasil, mas eu espero muito que sim. A história de Jane merece ser lida por todo mundo.

Thanks for the free e-book, Penguin Random House International.

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