07.05


“Chaos & Flame” e “Blood & Fury”
Tessa Gratton e Justina Ireland
ARC recebido em formato digital gentilmente cedido pela Penguin Random House International
Editora: Razorbill
Data de lançamento internacional: Respectivamente 28 de março de 2023 e 14 de maio de 2024

“Chaos & Flame”
Darling Seabreak não consegue se lembrar de nada antes do assassinato de sua família nas mãos da Casa Dragon, mas ela sabe que deve sua vida ao poder de seu Dom do Chaos e à Casa Kraken por libertá-la dos esgotos onde passou sua infância. Então, quando seu pai adotivo da Casa Kraken é capturado em batalha, Darling jura salvá-lo – mesmo que isso signifique matar todos os membros da Casa Dragon.

Talon Goldhoard sempre foi um zeloso Príncipe de Guerra da Casa Dragon, liderando bravamente as tropas de elite de seu irmão, o Alto Príncipe Regente. Mas ultimamente o governo errático de seu irmão ameaça desfazer cem anos de trabalho duro da Casa Dragon, e facções estão recorrendo a Talon para destituí-lo. Talon resiste, até ser emboscado por uma garota feroz que se parece exatamente com aquela que seu irmão pintou obsessivamente, repetidamente, durante anos, e Talon sabe que ela é a chave para tudo.

Juntos, Darling e Talon devem navegar pelas águas traiçoeiras da política da Câmara, envolvidos no complicado jogo que o Alto Príncipe Regente está jogando contra todos. Sendo os mais improváveis dos aliados, eles terão que parar de lutar entre si por tempo suficiente para aprender a lutar juntos e sobreviver às profecias de fogo e à antiga magia do sangue que ameaçam devastar seu mundo inteiro.

“Blood & Fury”
Meses após a traição ter transformado Darling Seabreak na há muito perdida Fênix e todos os regentes das Casas em sua forma empírea, Darling luta para entender seu destino como uma criatura lendária. Como pode ela, uma órfã sem família, ser a única a reunir as Casas despedaçadas e trazer a paz, se ela não consegue controlar a magia de seu novo corpo de Fênix?

Talon Goldhoard, ainda apaixonado por Darling, mas ferido pela traição dela, tem a tarefa de acabar com a guerra cruel que sua família instigou. Com a Fênix renascida, Talon tem esperança de que o derramamento de sangue acabe rapidamente. Em vez disso, o reino fica mais tenso, com a ameaça de violência sempre presente – especialmente por parte de forças sombrias e coniventes dentro das paredes de sua própria Casa Dragon.

Enquanto o caos reina, Talon e Darling devem encontrar o caminho de volta um para o outro – não apenas para sobreviver, mas para salvar o reino. Poderá Darling aproveitar o poder da magia antiga que corre em seu sangue para trazer uma nova paz? Ou será que a fúria que a Casa Dragon alimentou durante uma guerra de cem anos será forte demais para ser quebrada?

Essa resenha foi feita pela parceria com a Penguin Random House International, que gentilmente nos cedeu esse eARC (Advance reading copy: algo como “uma cópia de leitura avançada”, ou seja, o livro ainda pode sofrer alterações antes de ser publicado) de “Blood & Fury”. Também lembrando que essa resenha terá um formato diferente: por ser um eARC, não haverão quotes, já como os livros podem sofrer mudanças em seu texto antes de serem comercializados. Gostaríamos de agradecer profundamente a Editora pela oportunidade da leitura.

*Suspira*Ok, vamos lá, do começo: quando li a sinopse de “Chaos & Flame“, soube que queria ler esta duologia por todos motivos do mundo: enemies-to-lovers, fantasia, mundos criados e algo que particularmente adoro: duas autoras escrevendo cada uma um ponto de vista da história. Já conhecia o trabalho da Tessa Gratton (autora de “O Pacto de três Graces”) e gosto bastante da trama, e apesar de não ter tido contato com o trabalho de Justina Ireland, coautora desta duologia, resolvi que iria ler por que não tinha como dar errado, certo?

Errado. Deu errado. Deu muito errado e me sinto péssima de escrever esta resenha como me senti péssima ao terminar a leitura pelo simples motivo de que tinha tudo mesmo dar certo se não fosse a velocidade da escrita, que no primeiro livro pareceu arrastado demais e no segundo pareceu resumida demais. As duas autoras tinham dois protagonistas ótimos, Darling e Talon, filhos de Casas inimigas que estão em uma guerra secular, permeada de animais místicos, e que poderiam criar uma mitologia e história épica, mas falharam.

Em “Chaos & Flame“, somos apresentados a Darling Seabreak, jovem que foi adotada pela Casa Kraken (seres místicos, lembram?) no mundo de Pyrlanaum, onde a Casa Dragon está aniquilando as outras casas porque mataram a Rainha – a mãe de Talon Goldhoard, segundo filho e irmão mais novo de Caspian.

A parte realmente interessante chega de cara: em sua abertura não temos o ponto de vista de Darling ou de Talon, e sim de Caspian, o herdeiro da casa Dragon. Com um poderoso Dom de Visão, Caspian, ainda criança, começa a desenhar sem parar uma jovem com o Chaos nos olhos. Essa jovem desconhecida se tornaria importante para o destino de todos, mas a guerra que seu pai instiga depois da morte da esposa coloca a vida da tal garota em perigo. Com sua sanidade colocada em cheque pela corte, Caspian mente sobre seu dom da Visão, sua tia Aurora tomando para si todos créditos das visões previstas em uma tentativa de blindar o futuro Rei.

O primeiro capítulo começa com Darling se apresentando em uma missão de resgatar seu pai adotivo, o Rei Leonetti, da casa Kraken. O dom de Darling é se curar, mas, de alguma forma, ela mal consegue ver, o que torna bem claro o que não é surpresa pra nenhum leitor: a garota que Caspian desenhava é justamente Darling, que era destemida, corajosa e dona de uma língua afiada, tudo do jeitinho que uma boa protagonista precisa. Enquanto isso, Talon é um mocinho complexo por se sentir relegado a segundo plano, ao complexo de irmão mais novo de um grande líder e a vontade de se descobrir. Os dois personagens estão destinados a se conhecerem e é bem isso que acontece: a tia de Talon, Aurora, tem uma visão (sabemos que não foi ela e sim Caspian) na qual vê a frota Kraken chegar por mar para salvar o Rei Leonetti e a missão de Talon é só levar Darling para o castelo da casa Dragon. Claro que eles se odeiam a princípio e claro que eles vão se envolver em uma grande e colossal aventura.

O problema começa quando Darling conhece Caspian porque o irmão mais velho de Talon parece obcecado por ela e do tipo que deixa o leitor desconcertado, já como ela é supostamente par do irmão mais novo. Enquanto Darling vai ficando no castelo acontecendo, nada, absolutamente nada que impulsione a trama acontece, até que então tudo explode, levando a uma conclusão que encerra o primeiro livro prometendo muito para o próximo volume.

Quando “Blood & Fury“, o segundo e último livro, começa, meses se passaram e Darling e Talon estão separados e só se encontram novamente bem mais avançado na narrativa. Claro que há um motivo, mas não há suspense para o leitor, que já entendeu o que acontece, e este é um dos maiores problemas dessa duologia: nada de realmente inesperado acontece e tudo parece protocolar demais em todos aspectos, além da falta de explicações em diversos pontos da mitologia.

Darling e Talon funcionam bem e poderiam funcionar ainda mais se tivessem tido mais tempo juntos. No final das contas, o romance deles termina sendo superficial e apressado, porque há uma trama sobre a mitologia insanamente grande acontecendo ao redor deles que o leitor fica atordoado como termina de forma… estranha. Sobre as personagens secundárias, preciso apontar a tia Aurora como a melhor personagem. Já Adelaide, a irmã de criação de Darling, e seu relacionamento com ela, começa muito bem e termina muito mal – e não perdoarei as autoras por isto porque era um grande ponto chave, pelo menos para mim. Nem mesmo a morte de determinado personagem é capaz de provocar qualquer desespero no leitor de tão apressado que este livro termina sendo.
 
Deixo algo claro: Quando vou ler uma romantasia, espero que o romance conduza a trama. Quando leio uma fantasia, espero que a construção de mundo seja o principal. E é aqui o pior problema desta duologia: ela não é nem uma fantasia, nem uma romantasia. Parece que as autoras tentaram encontrar um equilíbrio que nunca chegou, uma vontade de criar um universo rico e intenso, um ponto de partida incrível, que foi perdido em uma vã tentativa de inovar demais.

Não me arrependo de ter lido esses 2 livros, só que definitivamente não iria continuar caso as autoras escrevessem um spin-off (o que pareceu se encaminhar em determinada altura da trama, mas depois não mais) de tão frustrada que fiquei  com o segundo livro. Enquanto o primeiro, “Chaos & Flame”, fica na promessa, o segundo, “Blood & Fury”, promete muito e entrega quase nada, com um final parcialmente satisfatório. Mas, como sempre assinalo nesses casos, os livros não funcionaram para mim e talvez funcionem pra você, que me lê. De sua chance e se arrisque, talvez você encontre uma chama no meio do caos que fui incapaz de fazer.

Não há informações sobre a publicação desta duologia no Brasil, mas fiquem ligados em nossas redes que caso hajam informações, divulgarem o mais rápido possível.

Thanks for the free book, PRH International.

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