13.12

 

Aqui está um filme que eu estava ansiosa para ver! Por causa do elenco, que conta com nomes como Julia Roberts e Ethan Hawke, mas também por toda a comoção que a Netflix criou ao redor do filme, gerando uma grande expectativa!

“O Mundo Depois de Nós”, filme que foi exibido em alguns cinemas seletos e chegou a Netflix recentemente, é um longa dirigido e adaptado ao cinema por Sam Esmail, baseado no livro de mesmo nome, lançado, aqui no Brasil, pela editora Intrínseca, e escrito por Rumaan Alam.

A sinopse do filme é a seguinte:

Em O Mundo Depois de Nós, o casal Amanda (Julia Roberts) e Clay (Ethan Hawke) e seus filhos vão passar o final de semana em uma mansão de luxo. Tudo vai bem até que um apagão traz dois desconhecidos com notícias de um grande ataque cibernético transformam o feriado em um inferno. G.H. (Mahershala Ali) e Ruth (Myha’la) chegam à casa desesperados por abrigo, alegando que a casa é deles e precisam entrar para se protegerem da grande ameaça invisível que arrisca a vida de todos. Agora, as duas famílias precisam se unir para se salvarem do desastre que se aproxima e, a cada momento, fica mais assustador e perigoso. O Mundo Depois de Nós é baseado no livro “Leave The World Behind”, do autor Rumaan Alam.

 

Incrível, não é? Promissor, não é mesmo? Eu também achei! E por esse motivo decidi ver o trailer. Eis que no trailer, infelizmente, um grande nó foi dado na minha cabeça, porque eu não entendi nadinha. Pensei que talvez fosse apenas um daqueles trailers que não quer entregar toda a história, ao oposto daqueles trailers em que você já sabe tudo que acontece no filme inteiro.

Só que não era. Sinto dizer que “O Mundo Depois de Nós”, é, de fato, um filme decepcionante. Com surpreendente DUAS HORAS E VINTE E UM MINUTOS de acontecimentos aleatórios e não explicados, o filme não faz nenhum sentido.

Na verdade não é que não faça sentido, é que simplesmente não há algo que gere uma compreensão acerca do que está acontecendo. Quando começou, parecia promissor, cheguei a pensar que poderia vir a ser uma daquelas surpresas positivas onde você não entende nada a princípio e depois passa a entender, como em “Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo”. Mas não poderia ser mais diferente, e lá se vão duas horas da minha vida que eu não terei de volta.

Você, lendo essa crítica, pode pensar: “Mas, Laura, talvez você não tenha entendido o filme”…
Mas sim, eu entendi! Eu entendi tudinho, eu entendi, até mesmo, a única coisa positiva no filme, a crítica velada ao racismo, que muitas vezes também é velado, quando a personagem principal desconfia da chegada dos donos da casa no meio da noite, e parece muito que o principal motivo da desconfiança é pela raça.

Dito isso, todas as coisas positivas que eu tinha a dizer que poderiam ser positivas a respeito do filme se encerram aqui, visto que até mesmo a atuação dos nomes renomados que eu citei anteriormente são rasas e deixam muito a desejar.

A direção do filme também é confusa, e sinceramente, se tem algo que eu não entendi foi o porque da câmera ficar girando para a vertical em alguns momentos. Se era para causar algum senso de impacto, não fez nada por mim.

A única coisa que faz sentido no filme é que eventos estranhos, isolados, e que não tem quaisquer conexão uns com os outros começam a acontecer, e o filme é dividido em “partes” por causa desses eventos, por exemplo: a queda de internet e redes de telefone, a queda de aviões e sinais de televisão, o agrupamento de animais, etc… Tudo isso, de fato dá um ar apocalíptico para o filme. Acontece que, apesar de toda a especulação de porque todas essas coisas estão acontecendo, e apesar de mais da metade do filme os personagens buscarem esse entendimento, pasmem: o final não é explicado, e o autor “prefere deixar em aberto o motivo dos acontecimentos”.

Bom, não sei, pessoal. para mim o filme tinha muito potencial e poderia ter entregado muito, mas não entregou nada, de fato. Se o longa se destacada no quesito filmes pós apocalípticos é apenas porque o final é “diferentão” e não é explicado. Para a Netflix, o diretor do filme justifica dizendo que o importante é o impacto que o motivo causa na sociedade, e não o motivo em si, por exemplo, a luz que coloca na dependência que temos de tecnologia, e ok, legal. Mas precisamos de um filme de 2h e meia onde todo o resto é muito ruim para refletir sobre isso?

Sei lá. Não me convenceu. Mas, se você quiser tentar, por algum motivo qualquer, segue o trailer abaixo:

 

“O Mundo Depois de Nós” está disponível para assinantes na Netflix.

 

 

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