Sinopse: Há menos de um ano, Evelyn Dasher era uma garota normal vivendo uma vida tranquila e sem graça – uma completa mentira. Mas, agora, Evie descobriu a verdade sobre quem e o que ela realmente é.
Escondida na Zona 3, Evie sabe que, se perder de novo o controle de seus perigosos poderes, ela não só arriscará colocar em perigo todos da secreta comunidade onde vive, como também o belo e letal Luc, que fará o que for preciso para mantê-la segura. E isso inclui mentir, negociar, implorar… Matar!
Mas existem verdades que o próprio Luc desconhece e, à medida que os poderes de sua amada Evie se desenvolvem, as consequências de tudo o que ele fez tornam-se devastadoras.
Luc está dando um passo em direção às trevas. Mas Evie talvez já tenha sido perdida para as sombras.
Eis que chegou o dia que nunca pensei que aconteceria: eu vou reclamar de um livro do spin off da saga Lux. Ok, não vou reclamar do livro em si, mas vou reclamar bastante da Jennifer, então, por favor, tenham paciência comigo porque a frustração aqui tá grande.
Todo mundo que acompanha nossas resenhas sabe como meu interesse pela saga Lux começou de uma forma bem despretensiosa: eu li o primeiro livro e era uma farofada gigantesca e pensei “meu Deus, PRECISO ler o resto”. E assim foi: e eu sabia exatamente onde estava me metendo ali, sabia a quantidade de livros e tudo mais, sabia de tudo. E li o tempo todo com muito amor no coração. Tanto que fiquei feliz da vida quando soube que teria uma trilogia sobre o Luc, que é essa em questão que estou lendo agora.
“A história nos mostra que algumas das maiores atrocidades foram cometidas por pessoas bem-intencionadas.”
Só que não é uma trilogia mais. Salvo a autora querer dar tipo o PIOR FINAL de todos os tempos pra uma trilogia, não é mais uma trilogia. Eis que, pesquisando, eu soube que ela prometeu um quarto livro. Só que, apesar disso, até agora o quarto livro SIMPLESMENTE NÃO ACONTECEU. O ultimo livro da saga do Luc e da Evie foi publicado lá fora em 2018, se não me engano. E até agora absolutamente nada mais foi dito sobre quando a conclusão vem – se é que vem.
Então acho que vocês conseguem entender minha frustração. Quem já leu uma fanfic que nunca foi acabada, ou até mesmo os fãs dos livros de GOT devem saber bem como estou me sentindo e eu, uma pessoa que gosta MUITO de conclusões, estou muito, muito, muito irritada e frustrada e querendo ir pessoalmente até a casa da Jennifer perguntar o que diabos ela estava pensando ao prometer uma trilogia E AUMENTAR A QUANTIDADE DE LIVROS E NÃO CONCLUIR.
“- Exato. Vamos continuar. Um passinho de bebê Troiano de cada vez. Se você conseguir aprender a ler meus pensamentos, isso pode ser útil quando…
– Quando precisarmos conversar em particular – completei.
– Quando eu quiser falar sacanagem pra você em publico – corrigiu ele.”
Eu tinha ouvido rumores pouco antes de começar a ler, mas esperava, ainda que tivesse evidências, que podia ser um livro “mais ou menos fechado”. Tipo Os Instrumentos Mortais mesmo: são 6 livros, mas são duas trilogias. Você pode muito bem encerrar em “Cidade de Vidro”. Claro que isso vai perder a segunda parte da trilogia, mas é um final fechado, sabe? Enfim.
O livro em si é bom. Muito bom. É basicamente um grande filler, que mostra Evie se adaptando aos seus recém descobertos poderes, a mostra desenvolvendo-os, e é legal, mas tipo… Era necessário? Não. Foi só pra explicar pra provavelmente não parecer overpower demais quando o confronto vier: a gente acompanhar o desenvolvimento dela e como ela está aprendendo a lutar e se controlar – e também a explicação dos títulos bem na parte final do livro.
“Não seria, porém, a primeira vez que a raça humana cometia um genocídio. Nem mesmo a décima. Os humanos tinham uma bizarra incapacidade de aprender com a história.”
Como sempre Luc segue sendo maravilhoso, e Daemon que continue me perdoando porque nem o capitulo com o ponto de vista dele me fez ama-lo de novo da forma que estou amando Luc agora. Luc é tão cretino que é impossível não amar. E esse final foi a gota d’água pra me deixar mais frustrada ainda em saber que nem temos certeza de uma possível continuação.
E Evie… bem, ela ainda está mais badass do que de costume. Está aprendendo a lutar, a controlar a fonte e a extensão de tudo que pode fazer desde que não controlem o cérebro dela, é bom demais. Ela é definitivamente a personagem mais poderosa do universo Luxen, mas a forma que teve que ser transformada numa boba para chegar a conclusão no final, me deixou ainda mais puta. Era como assistir um trem descarrilhando e saber que não tinha nada que pudesse fazer pra ajudar, com uma decisão burra atrás de outra decisão burra.
“- Você pode ser o Original mais poderoso de todo o planeta…
– Universo – corrigiu ele.
Ignorei a observação.
– Mas, de vez em quando, parece um garoto de doze anos.
– Um garoto de doze anos que é o Original mais poderoso de todo o planeta.
Parei a alguns metros dele e o encarei.
Ele baixou o queixo, rindo.
– Mas você me ama.
Um sorriso repuxou meus lábios.”
Isso não me fez odiá-la não. Porque eu entendo os “motivos” que a levaram a tomar decisões ruins. Uma das minhas cenas favoritas de House é quando falam que nós perdemos a habilidade de pensar quando achamos que alguém que amamos pode morrer. E bem, não é mentira. E isso é bem o cerne da questão entre todo o relacionamento de Evie e Luc.
Eles se amam demais e a ideia apavorante e paralisadora de um perder o outro, faz com que tomem decisões precipitadas. Mas nada disso me faz perdoar ainda o fato de que a Jennifer usou o que era pra ser a conclusão como uma espécie de ponte entre um livro e outro. Isso se o outro vier ainda.
“- No que diz respeito a você, sou incrivelmente egoísta. Você já deveria saber qual vai ser a minha resposta.
– Você pode ser egoísta, mas não é indiferente. – retruquei.”
Dito isso e tendo reclamado bastante: se vou ler o livro (se for publicado algum dia)? É CLARO QUE VOU. Porque eu simplesmente não aceito que acabe da forma como acabou. Não aceito mesmo não. Tô pensando em juntar os outros 5 fãs da saga Lux que devem existir por aí e ir protestar na frente do quartel (a casa da Jennifer), acender uns celulares para o céu na esperança que algum alien veja e interceda pela gente.
E, se você como eu, quer ler um romance alienígena, mesmo acabando frustrado com a falta de final, dê uma chance pra saga Lux. Sério. Vale a pena. E passar raiva também. E eu também já resenhei toda saga Lux e os dois primeiros livros da saga Estrelas Negras: vocês podem ver aqui