20.10

Oi pessoal! Hoje vim falar para vocês sobre um dos livros que foi sucesso absoluto no TikTok e que entrou para várias listas de mais vendidos ao redor do mundo!

O chamado “Depois das Brasas” de Aly Martinez é um livro emocionante e cheio de reviravoltas. Vamos começar com a sinopse:

Um romance devastador sobre um amor nascido de um desastre.

Quando Eason e Jessica decidem fazer uma noite de jogos em sua casa e convidam Bree e Rob, tudo que querem é tirar uma folga dos filhos por algumas horas e aproveitar o momento com os amigos — até que uma explosão muda suas vidas para sempre.
No meio do caos, Eason resgata a esposa e a leva para longe do fogo. Entretanto, quando consegue sair da casa, sem a fumaça atrapalhando a visão, ele se dá conta de que a mulher em seus braços não é Jessica, e sim Bree, com quem nunca teve muita afinidade. Em seguida, uma segunda explosão acaba com todas as esperanças de salvar Jessica e Rob.
Agora viúvos e devastados pela perda, Bree e Eason decidem passar por cima das diferenças e se juntam em prol dos filhos. Com o tempo, o ressentimento e a dor dão espaço a uma amizade que se transforma lentamente em um amor capaz de superar a tragédia que os uniu. Muitos segredos se escondem em meio aos escombros, e o que parecia o fim pode ser apenas o começo de uma nova história.
Depois das brasas é um romance emocionante e inesquecível sobre duas pessoas que passam pelo inimaginável e constroem um laço que nem uma dor avassaladora é capaz de destruir.

CONTEÚDO ADULTO

Então vamos lá: quando li essa sinopse, fiquei com muita vontade de ler o livro, porque o plot me chamou super a atenção! Para quem gosta de CoHo, autora de livros como Hopeless e É Assim Que Acaba, pode ser que essa leitura seja para você, porque a vibe do livro tem muito o estilo CoHo, um clichezão com um pouco de tudo aquilo que já funciona em outras coisas.

Sobre a narração em si, temos 2 pontos de vista, dos dois sobreviventes no caso: Eason e Bree. Eu não achei tanto que a narração difere de um pro outro, parecia que eu tava lendo a mesma pessoa e isso me incomodou. Ao passo que a narrativa de Aly é fluida, parece que em alguns momentos ela foca em descrever coisas desnecessárias, como a cor dos móveis ou algo aleatório, que não contribui para a construção do momento que está sendo narrado e tira o foco do que importa.

Desconsiderando isso, as 80, 90 primeiras páginas, são bem focadas no processo de luto dos personagens principais, e eu achei isso incrível. A autora deve ter feito algum tipo de pesquisa extensa sobre o processo de luto, porque a história deixou bem claro que é algo não linear e que pode ter os momentos de altos e baixos. Deu pra sofrer bastante com o sentimento de luto e perda dos personagens e se você for um pouco mais sentimental, quem sabe essa parte da narrativa não te arranque até algumas lágrimas.

O problema do livro para mim, começa a partir daí. Da página 90 para frente, a história entra em um looping de plots twits que não são necessários e na minha opinião, não foram bem construídos. Se são surpreendentes? Sim! As viradas que as histórias vai dando são, definitivamente, surpreendentes. Mas para as mentes mais imaginativas e criativas pode ser que sejam meio previsíveis, também. O livro em suas menos de 300 páginas não tem tamanho o suficiente para desenvolver tudo o que a autora quis inventar, e por isso acho que algumas das invenções poderiam ter ficado de fora. Foi uma somatização de problemas e viradas que desviaram bastante a história daquilo que achei que seria o foco: duas pessoas se reconstruindo através do amor.

Então assim: o livro NÃO é sobre duas pessoas que se apaixonam depois de perderem os cônjuges em um acidente. Isso é só o pontapé inicial.

Por outro lado, mesmo cheio de clichês e reviravoltas que podem ser um tanto quanto cansativas, o livro prende facilmente o leitor em um frenesi para saber como tudo aquilo vai se resolver e o quê, afinal de contas, vai acontecer.

Não é a melhor história do mundo, mas é suficientemente bom para que você o conclua e definitivamente é passível de render um debate legal entre amigos!

Para quem gosta de romance e aquelas cenas calientes, o livro é cheio disso. Não é uma leitura Young Adult, e sim adulta. Mas, apesar de os personagens serem adultos e o livro ser cheio de cenas hot hot e palavras explícitas, senti que muitas vezes a mentalidade dos personagens é bem adolescente.

Apesar de tudo, podemos dizer que Depois das Brasas é uma leitura surpreendente, e capaz de prender o leitor. E que não é de todo ruim, tendo bons pontos altos ao longo de suas páginas. Se eu leria de novo? Sim! Se vai ficar guardado em mim? Não. Se eu recomendo a leitura? Depende do seu gosto, se você gosta de clichês e leituras para passar o tempo, vai fundo. E, principalmente se você precisa de um livro que te prenda o suficiente para curar sua ressaca literária de algum livro recente que possa ter conquistado você!

A partir de agora, essa resenha vai contar um pouquinho de spoiler sobre as viradas que o livro dá, então se você não quiser saber, é melhor parar por aqui.

O primeiro plot twist da história me surpreendeu bastante, apesar de estar conversando com uma amiga hoje cedo e ela me dizer que já espera que isso seja um fato do livro sem nem mesmo ter feito a leitura antes, então pode ser que não seja assim tão surpreendente.

A autora tentou construir os dois cônjuges falecidos como más pessoas, talvez para justificar o surgimento do amor entre os sobreviventes? Não sei. Mas achei desnecessário. Não acho que precisava ter seguido esse caminho e acho, inclusive, que a história poderia ser bem diferente, e melhor, se ela NÃO tivesse seguido esse caminho.

O segundo plot twist é algo que não pode ser imaginado antes de sabermos do primeiro, mas que, assim que descobri o primeiro plot, o segundo já me veio na cabeça.

Agora, o último plot do livro, e o que eu MENOS gostei e achei totalmente desnecessário, esse, sim, alugou um triplex enorme na minha cabeça. Me pareceu que a autora escreveu todo o livro e no último minuto ela teve a ideia de trazer o personagem de volta, nas últimas páginas do livro, e aí ela decidiu fazer isso e não ficou bom. Não fez muito sentido pra mim, e serviu muito mais para reforçar o estereótipo de herói do personagem principal do que de fato para contribuir com a história.

Mas, ainda assim, acho que vale a pena dar uma chance e tirar, você mesmo(a), suas próprias conclusões!

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