02.11

Sinopse: “A Gothic-punk graveyard tale about what haunts history and what haunts the human soul. An addicting read that draws you into its descent from the first page.”—Chuck Wendig, New York Times best-selling author of The Book of Accidents

One of Vulture’s Best Horror Novels of 2022 (So Far), this terrifying supernatural page-turner will make you think twice about opening doors to the unknown.

Erin hasn’t been able to set a single boundary with her charismatic but reckless college ex-boyfriend, Silas. When he asks her to bail him out of rehab—again—she knows she needs to cut him off. But days after he gets out, Silas turns up dead of an overdose in their hometown of Richmond, Virginia, and Erin’s world falls apart.

Then a friend tells her about Ghost, a new drug that allows users to see the dead. Wanna get haunted? he asks. Grieving and desperate for closure with Silas, Erin agrees to a pill-popping “séance.” But the drug has unfathomable side effects—and once you take it, you can never go back.


Como vocês já sabem, essa resenha é em parceria com a Random House Internacional, de quem recebemos esse ARC (Advance reading copy: algo como “uma cópia de leitura avançada, ou seja, o livro ainda pode sofrer alterações antes de ser publicado). Também lembrando que essa resenha terá um formato diferente: por ser um ARC, não haverão quotes, já como os livros podem sofrer mudanças em seu texto antes de serem comercializados. Gostaríamos de agradecer profundamente a Editora pela oportunidade de parceria.

Ghost Eaters” é um livro que me surpreendeu bastante. Me surpreendeu porque eu, de fato, como sugere o título (e todo o resto sobre ele) estava esperando um livro de terror e de fantasmas e bem, esse livro não é sobre isso. É até sobre fantasmas sim, um pouco, mas não exatamente da forma convencional que fazem “bu” e balançam as coisas dentro de casa.

Me deixem explicar melhor:

Erin, Silas, Tobias e Amara se conheceram na faculdade. Todos com aquelas sensações de jovens de que o mundo não os entende e as poesias deles e as coisas de terror que eles gostam e que apenas eles se completam. Erin e Silas desenvolvem um relacionamento cheio de idas e vindas, até os quatro se formarem e, cada um deles decide o que quer da vida.

Porém, Silas, o líder do grupo deles segue meio perdido em sua vida.

E é aí que somos apresentados a todos eles. O livro vai contando com alguns flashbacks que explicavam como a amizade deles funcionava num centro: Silas, aquele que os juntou, tratava todos eles como se fossem a pessoa mais especial do mundo. E por isso todos eles não conseguiam evitar a ligação que tinham com eles, mas Erin que era a quem ele confiava a maior parte de seus segredos, mais do que os outros dois.

Então todas as vezes em que Silas entrava em contato, pedindo ajuda a ela, Erin não resistia ao impulso e a adrenalina que vinha com aquele pedido e sempre ia atrás dele, mesmo sabendo que devia quebrar aquele ciclo vicioso e deixar Silas aprender a se virar sozinho e que existia consequências para as escolhas dele.

Até que um dia, no meio de um encontro, Erin recebe novamente uma mensagem de Silas, pedindo a ela que o encontre e o salve. E assim lá foi ela novamente, indo tirar Silas do centro de reabilitação em que ele estava – mais uma vez e dando a ele um lugar onde ele pudesse dormir e descansar. E é aí que ela simplesmente explode com ele. Ela chama Toby e Amara para eles fazerem uma espécie de intervenção, e como Silas não leva a sério, Erin o expulsa da casa dela falando que ele nunca mais devia voltar ali.

E, como diz na sinopse, é quando ele morre.

Erin então começa a ser engolida pelo próprio luto e pela culpa que ela sente pelas últimas coisas que disse a ele no último encontro deles. E quando Toby aparece falando que ele sabia como fazer para entrar em contato com Silas, usando uma nova droga que foi inventada e que ajuda a entrar em contato com as pessoas que morreram, ela não pensa duas vezes antes de aceitar e começar a ver todos os tipos de fantasmas em todos os lugares da cidade, tudo isso em busca de Silas e de poder conversar com ele e falar o quanto ela sente muito por tudo.

Então, veja bem, eu acredito que vai muito do que você quer acreditar enquanto lê o livro. Erin vê fantasmas? Sim, vários deles. Tem muitas cenas descritas que fazem qualquer pessoa ficar de cabelo em pé, mas considerando que Erin durante boa parte do livro está sob o efeito de entorpecentes em busca de Silas, eu não a considero uma narradora muito confiável não.

E é por isso que, como eu falei acima, eu fiquei MUITO surpresa com esse livro. Eu realmente esperava mortos e fantasmas e corrente arrastando e recebi em troca bastante dor e sofrimento (acho que meu queridíssimo Mike Flannagan – o criador de Mansão Hill está dando escola por aí).

O mais interessante para mim é como esse livro mostra como cada pessoa lida com o luto de sua própria maneira: Erin está sofrendo muito o livro inteiro e ela quer acreditar com todas as forças que ela vai encontrar Silas naquela viagem maluca. Toby simplesmente assume uma personalidade que não é a dele: várias vezes Erin menciona como Toby era praticamente uma sombra de Silas e durante o livro nós o vemos basicamente se transformando em Silas, em tudo que sabemos do personagem até ali. E então temos Amara, que a resposta dela ao luto é querer jogar tudo para o alto e ir embora daquela cidade antes de ser engolida por ela também.

Isso é algo que eu sempre repito várias e várias vezes. Muitas pessoas são julgadas pela forma que estão vivendo seu luto, mas cada um sente de sua própria maneira. Tem gente que se vira bem com aquilo. Tem pessoas que levam semanas, meses, anos para se recuperar. Não que tenha como se recuperar completamente de algo assim porque a falta daquela pessoa perdida sempre vai estar ali te acompanhando e, literalmente, te assombrando.

Como eu disse, esse livro, pelo menos para mim, não se trata de fantasmas convencionais do tipo que puxam seu pé ou que ficam nos cantos da casa te espiando. Mas aquele fantasma da pessoa perdida, da dor do luto que nunca vai embora completamente e, mais ainda no caso de Erin, a dor da culpa também. É sobre como tem fantasmas que assombram não um lugar, mas uma pessoa.

Tem várias coisas que acontecem durante o livro que são muito abertas a interpretação de quem está lendo. Não sei se era essa a intenção do autor ao escrever o livro, mas eu interpretei dessa forma e eu imagino que terá quem interprete o livro como nada mais do que uma fantasia e que tudo que Erin viu e ouviu durante o livro são coisas reais.

E então tem o final, um final que deixa aquela sensação bem bittersweet pela forma com a qual tudo se passa, mas ao mesmo tempo reconfortante por trazer uma pequena luz no fim do túnel.

Eu acho que se você gosta de fantasmas (reais ou não), você devia dar uma chance para esse livro. Na verdade, eu estou bem curiosa para saber se mais alguém interpretou ele da mesma forma que eu 🙂

Thanks for the free book, Penguin Random House International.

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