12.08

Essa foi a primeira leitura de um autor japonês que eu fiz na vida. Eu nunca havia lido nada japonês. Nem um mangá, na verdade. Foi uma experiência muito, muito diferente! Primeiro que, a diferença cultural é TÃO grande que está presente até no modo de escrever, de uma forma significativa. A narrativa desse livro acontece em terceira pessoa, e isso, supostamente deveria fornecer mais informações sobre a história, nos dar mais do que tirar, certo? Certo. Mas não é isso que acontece com esse livro.


Esse livro é diferente. O autor começa nos bombardeando de informações, muitos personagens, poucas características e backgrounds, que tornam a narrativa muito difícil de entender. Admito que, mesmo que a tradução da editora seja excelente, tive que ler algumas páginas várias vezes até conseguir entender o que estava acontecendo de fato. Em diversos momentos achei que havia perdido alguma informação necessária para a minha compreensão do que estava acontecendo, mas não. A narrativa é assim mesmo.
Ela não é focada tanto no seu entendimento dos porquês, do quem, mas muito mais focada no onde e como, e na experiência que os personagens vivem.


E é esse é um dos principais motivos que me fez julgar que a leitura vale a pena. É quase desafiadora, por assim dizer.

Agora, a sinopse:
“Quem você gostaria de encontrar, uma única e última vez, se fosse possível viajar no tempo?
Em uma ruazinha estreita e silenciosa de Tóquio, num subsolo, existe um estabelecimento que, há mais de 100 anos, serve um café cuidadosamente preparado. Graças a uma lenda urbana, o local recebe diversos frequentadores que esperam ansiosamente para viver uma experiência única: fazer uma viagem no tempo.

Aqueles que retornam ao passado devem estar cientes dos riscos e também das regras, já que a jornada exige que o cliente se sente numa cadeira específica e reencontre somente pessoas que já tenham visitado o estabelecimento. Mesmo assim, quatro personagens aproveitam a oportunidade para tentar resolver dramas do passado.

A experiência é imperdível, mas o tempo é curto. Mais precisamente, até o café esfriar.
Antes que o Café Esfrie é um romance do autor japonês Toshikazu Kawaguchi e best‐ seller do USA Today e do Times de Londres. Alcançou o 1o lugar na lista de mais vendidos (ficção literária internacional) da rede de livrarias Waterstones, no Reino Unido, e foi o romance traduzido mais vendido de 2020. No Japão, ultrapassou a incrível marca de 1 milhão de livros vendidos e segue fazendo sucesso em outros países como Taiwan, França e Itália.”

Sim, é isso mesmo que você leu! O livro é sobre viagem no tempo! Isso, e o título, foram os fatores que mais me chamaram a atenção e me fizeram querer ler a história.

Essa viagem no tempo, entretanto, possui algumas regras, já apresentadas a primeira viajante no tempo:

  • Você só pode encontrar outra pessoa que já esteve no café, também.
  • Nada do que você fizer durante a sua viagem mudará o presente. Tudo permanecerá igual.
  • Você precisa estar sentado em um lugar específico do café para viajar.
  • Você deve retornar ao presente antes que o café esfrie, ou então sofrerá consequências terríveis!

O livro então, explora quatro viagens no tempo, tratando de quatro temas diferentes, que se complementam muito bem. Quatro tipos de amores, podemos dizer. E faz com que a gente se pergunte, “Se eu pudesse voltar no tempo, mesmo sem poder mudar nada, eu voltaria? Voltaria para reviver um momento? Para matar a saudade de alguém que não está mais aqui?”

A leitura começa num ritmo um pouco confuso, com a apresentação do café e das regras, enquanto desenvolve o arco da primeira viagem no tempo, mas depois que tudo é explicado, é impossível parar de ler. É uma leitura que termina rápido, mas que precisa de atenção e deve ser feita de maneira lenta. Eu não vou falar sobre as histórias, porque acho que devem ser descobertas, e acho que cada história com certeza fala de maneiras diferentes com cada leitor. Mas todas as protagonistas das histórias são mulheres. Para mim, a quarta foi a que mais me pegou emocionalmente!

Pesquisando sobre o livro, vi que ele era originalmente uma peça, por isso podemos entender alguns elementos repetitivos da história, como as regras que são apresentadas várias vezes, e a falta de background de alguns personagens, mas não é nada que nos impeça de apreciar a história, já que como eu disse, se trata muito mais das situações do que dos personagens em si. O livro também já ganhou uma sequência, com quatro personagens homens, mas ainda não foi traduzida para o português.

Eu recomendo a leitura de “Antes Que o Café Esfrie” para todos aqueles que tem a mente aberta, e gostam de se emocionar!

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