27.05

Sinopse: Nesta versão de My Fair Lady às avessas escrita por Lauren Layne, uma socialite de Manhattan precisa transformar um homem rústico da Luisiana em um perfeito cavalheiro nova-iorquino.

Violet Townsend sempre gostou de agradar. Criada num universo ultraprivilegiado, ela faria qualquer coisa pelas pessoas que ama, em especial a melhor amiga de sua falecida avó, o mais próximo de família que lhe restou. Então, quando Edith pede a Violet que ensine seu recém-encontrado neto a se encaixar na elite nova-iorquina, Violet concorda, claro. Seu objetivo é tornar Cain Stone o ceo perfeito para a empresa de Edith.

Nascido e criado na Luisiana, Cain infelizmente não tem nenhum interesse na avó que ele não sabia que existia, e muito menos em se tornar um almofadinha da cidade grande. Mas em algum momento, entre jantares desastrosos e ternos caros demais, Violet e Cain começam a se dar bem, e ela percebe que ele não é o único ali que tem coisas a aprender.

Enquanto os sentimentos de um pelo outro crescem, Violet e Cain descobrem que se abrir para novas experiências talvez não seja tão ruim assim e que o amor pode vir de lugares inesperados.

A trama de “No coração de Manhattan” não poderia ser mais simples: é uma história do tipo em que o homem conhece uma mulher que não é padronizada naquele mundo, mas que a transforma para ser isso e, no meio do caminho, acaba se apaixonando por ela. Só que ao contrário: nós temos aqui Violet, que a pedido da melhor amiga de sua avó, quem considera muito como parte da família, a chama para mudar Cain, um homem bem bronco, que não está acostumado a ser fino como é preciso ser na “cidade grande” e que precisa aprender para ser herdeiro da empresa da mulher.

A primeira vista, Violet acha que ele não tem mudança nenhuma, que absolutamente nada que ela faça vai conseguir com que ele mude, principalmente porque o nosso mocinho não parece muito seguro de que quer mudar: acontece que ele só ficou sabendo dessa avó agora, depois de adulto, porque o pai sempre o escondeu da mulher e só com a morte do pai que esse futuro herdeiro apareceu – e apareceu com uma vida completa, tendo um trabalho dele e coisas que ele gosta de fazer que não envolvem ficar puxando o saco de um monte de riquinhos em ordem de manter a boa vizinhança.


“Ela estava impecável como sempre, porque, se Edith ensinara algo a Violet nos poucos anos desde que a colocara debaixo de suas asas, foi que emergência se encara com batom e um belo par de saltos.”

E, o que todos nós esperamos disso? Um bom e velho romance, daqueles que fazem a gente ficar sonhando acordada e o que eu posso dizer? Funciona.

“No coração de Manhattan” realmente não tem um grande plot twist, ele é justamente aquele romance calminho que a gente já viu acontecer em outros lugares (My Fair Lady, em que o livro é inspirado, ou também “Ela é Demais”, que agora conta com o remake da Netflix “He’s All That”), recheado de clichês que a gente adora: um quarto com uma cama só, o casal que fica se bicando e se odiando, mas cheio de clima daquela tensão boa, isso sem contar a mocinha que se veste igual Blair Waldorf, mas que apesar de fútil tem um coração enorme e só quer o bem das pessoas e agradar a elas.


“Seus pensamentos confusos desapareceram assim que a cortina se abriu e Cain apareceu.
Violet ficou olhando para ele e pronunciou mentalmente uma frase tirada do vocabulário dele.
Puta merda.

Era justamente o que eu esperava que fosse. E ainda assim, eu me vi morrendo de amores por Cain e seu jeito grosso de ser, me vi tensa que eles fossem não acabar se acertando, porque assim como é grosso, nosso mocinho também é bem teimoso quando quer – e nossa mocinha não fica muito atrás no quesito de ser geniosa, a partir do momento em que ela se dá conta que ela é mais do que os outros esperam que ela seja.

Eu sempre brinco que, pra uma pessoa que fala que não gosta muito de romance, eu leio romances demais, então acho que eu devia deixar claro que eu não acredito muito em romances pra mim, mas adoro ler histórias de outras pessoas se apaixonando. Acabem elas com desgraças ou finais felizes, eu me divirto sempre, porque por aquelas poucas horas ali, você sente junto com os personagens o friozinho no estômago e fica com o coração quentinho (ou quebrado, dependendo de como o final é).


“Não conseguiu pensar em nada para dizer. Obrigada? Boa noite? Bom dia?
Tá sentindo o mesmo que eu?
Não perguntou nada disso.
(…)

“Ótimo. Boa noite, duquesa.”
“Boa noite. Ou bom dia.”
“É alguma coisa boa.”
Violet sorriu ao entrar em seu quarto. Era, de fato, alguma coisa boa.”

E eu preciso dizer que esse livro entrega absolutamente tudo nesse quesito: não é difícil gostar nem de Violet e nem de Cain, muito pelo contrário. Você não só gosta deles como acaba torcendo para que eles tenham o tão esperado final feliz. Agora se eles vão ter? Isso você terá que ler pra saber, não vou entregar esse spoiler assim não! E, acreditem quando eu digo que: vale a pena ler esse livro. Vale demais. Seja você fã de romances ou não, se só estiver precisando de um livro para passar algumas horas e desanuviar, se precisar de uma distração e não souber para onde correr. Caia de cabeça em “No coração de Manhattan” que você não vai se arrepender!

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