08.04

Sinopse: Da autora de Vermelho, branco e sangue azul, um romance onde nada é impossível – inclusive se apaixonar por alguém de outro tempo.

Aos vinte e três anos, August Landry tem uma visão bastante cética sobre a vida. Quando se muda para Nova York e passa a dividir apartamento com as pessoas mais excêntricas ― e encantadoras ― que já conheceu, tudo o que quer é construir um futuro sólido e sem surpresas, diferente da vida que teve ao lado da mãe.

Até que Jane aparece. No vagão do metrô, em um dia que tinha tudo para ser um fracasso, August dá de cara com uma garota de jaqueta de couro e jeans rasgado sorrindo para ela. As duas passam a se encontrar o tempo todo e logo se envolvem, mas há um pequeno detalhe: Jane pertence, na verdade, aos anos 1970 e está perdida no tempo ― mais especificamente naquela linha de metrô, de onde nunca consegue sair.

August fará de tudo para ajudá-la, mas para isso terá que confrontar o próprio passado ― e, de uma vez por todas, começar a acreditar que o impossível às vezes pode se tornar realidade.

Conforme crescia, August nunca teve uma vida normal. Não que tivessem acontecido coisas sobrenaturais, mas quando sua mãe era apenas uma criança, o irmão dela foi embora de casa e anos depois simplesmente desapareceu e a mãe de August nunca esqueceu do irmão e nem deixou de procurar por ele, que tinha o mesmo nome da nossa protagonista, se tornando uma espécie de detetive particular – e fazendo assim que a infância de August fosse bem diferente da maioria das pessoas.

Ela foi aprendendo durante os anos que se passaram tudo sobre como solucionar mistérios e crimes, sobre como achar provas e evidências e lugares onde deveria procurar. Porém, quando terminou o colégio, ela decidiu que aquilo ali bastava pra ela e quis ir embora de perto da mãe para encontrar uma faculdade em outro lugar, um lugar onde ela pudesse viver longe dessa aparente loucura que era procurar uma pessoa sem nenhuma ideia de que encontraria qualquer coisa.


“— Certo, então você era uma nômade. Uma nômade mochileira. É tão…
Descolado? — Jane sugere, erguendo a sobrancelha. — Ousado? Aventureiro? Sexy?
Inacreditável que não tenha sido estrangulada por um dos vários assassinos em série que matavam mochileiros em toda a Costa Oeste nos anos 70, é isso que eu ia dizer.

Então ela decide ir para New York, sendo desse jeito dela, completamente cética a respeito das pessoas – porque nunca teve muita proximidade real com ninguém, aprendendo sempre a desconfiar de todo mundo, ela não acha que se encaixa nem no apartamento que encontrou para dividir com outros três colegas de quarto: Myla, Niko e Wes. E assim ela começa a estudar em New York, até que um dia ela entra no trem e lá ela conhece alguém: Jane.

Jane chama atenção dela desde o primeiro minuto que elas se encontram e ela começa a tentar pegar sempre o mesmo horário para encontrar ela de novo e de novo e de novo e descobre que elas tem algumas coisas em comum: uma delas é que Jane já trabalhou no local onde agora August trabalha, uma lanchonete no Brooklyn. Muito levada pela emoção de achar que estão tendo uma ligação, August a convida para ir até lá, apenas para a garota nunca aparecer. E o mesmo acontece quando a convida para sair outra vez.


“August olha para ela e a esperança se abre como botões de resedá entre suas costelas. Como malditas florzinhas. Que vergonha do cacete.
Jane ergue os olhos.
Oi, Garota do Café.
Oi, Garota do Metrô — August diz.”

Então, no meio de uma bolha de vergonha por achar que Jane não está tão interessada assim, ela começa a evitar aquele trem – e Jane também. E um belo dia, sem que ela sequer imaginasse, ela nota em uma foto da lancheria que Jane estava lá no dia da abertura do lugar. Nos anos 70. Como isso é possível? August não faz a menor ideia – e Jane, que nem ao menos lembra muito sobre a própria vida, sabe menos ainda. Assim, August resolve ajudar Jane fazendo o que ela faz de melhor: resolvendo um mistério.

Bom… Eu não tenho palavras pra expressar. Acho que todo mundo tem uma vaga noção, pelo tanto que eu grito aos quatro cantos do mundo, que “Vermelho, Branco e Sangue Azul” é tipo um dos meus livros favoritos do mundo. Ele está no meu top 10 com facilidade. Então, quando eu soube que Casey escreveria um livro que era meio inspirado em Kate e Leopold (é um filme com o Hugh Jackman e com a Meg Ryan e se você não viu ainda, largue TUDO e vá assistir porque também é um dos melhores filmes do mundo), eu sabia que teria que pegar e ler.


“Ela não sabe como fazer outra pessoa entender como é, em que nível foi programada para fazer isso, para ser isso. Ela ainda guarda na memória rostos e cores de camisa, ainda quer verificar a poeira em todo peitoril de janela em busca de impressões digitais. Cinco anos depois, e seus instintos ainda a puxam de volta a essa imitação barata de Veronica Mars, e ela odeia isso. Ela quer ser normal.”

E foi justamente o que eu fiz, logo que o livro foi lançado lá fora, mas eu não podia deixar também de ler ele em português e prestigiar não só a Seguinte, que é minha editora favorita, mas também a tradução de Guilherme Miranda que é sempre perfeita e cheia de gírias e de referências brasileiras e me fazem dar gostosas risadas.

Além do mais, nunca é demais reler uma história que a gente gosta tanto e eu AMO de paixão a história de August e Jane. Não só o romance delas, mas as personagens individualmente. Eu, particularmente, me acho muito parecida com August em vários sentidos, mas principalmente com o quanto ela é meio cínica sobre as outras pessoas – não cínica de uma forma ruim, mas como uma forma de proteção: ela nunca deixa as pessoas se aproximarem demais porque sempre acha que tem algo errado com ela e eu entendo bem o que é isso.


“Ela não consegue acreditar que Jane teve a coragem, a audácia, de se tornar a única coisa a que August não consegue resistir: um mistério.”

Sem contar que ela é uma grande nerd de true crimes e adora desvendar mistérios e isso me faz amar ela ainda mais. Também junto com isso o quanto ela vai se desenvolvendo conforme o livro vai passando e vai se abrindo para mais pessoas e vendo que, hey, nem todo mundo é tão ruim assim.

E não é nada difícil entender porque ela gosta de Jane, simplesmente porque Jane é uma das personagens mais apaixonantes que eu já li sobre. Posso estar influenciada pela August, já como o livro é todo do ponto de vista dela? Posso sim. Mas eu nem ligo, e aposto que você, quando ler, não vai ligar também, porque vai estar apaixonada demais por Jane pra se incomodar com isso 😉


“— Você está montando uma força-tarefa, Landry?
Não é uma força-tarefa — August diz, o coração batendo mais forte ao som de seu sobrenome na boca de Jane. — Só um… bando de desajustados.
Os cantos da boca de Jane se contraem em um sorriso malandro.
Adorei.

Não só as duas personagens principais, mas absolutamente TODOS os outros que aparecem: os colegas de apartamento, Isaiah, que é o vizinho de apartamento deles – e que também é uma drag queen, e todos os colegas de trabalho de August: todos eles são maravilhosos. Cada um do seu jeitinho, fazendo a história acontecer e se desenrolar ali. Casey deu um jeito de transformar até mesmo a lanchonete em uma personagem tão importante quanto todos os outros (isso sem contar o trem, né, mas isso já fica óbvio).

Última Parada” não é apenas um romance, mas também é uma história importante sobre achar seu lugar no mundo, sobre encontrar uma família para chamar de sua. É uma história sobre se abrir para o mundo, mesmo que acabe se machucando um pouco, às vezes. Deem uma chance pra esse livro. Eu tenho certeza absoluta que não vão se arrepender.

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