03.12

Sinopse: A darkly funny, frightening novel about a young woman learning how to take what she wants from a witch who may be too good to be true, from the author of The Return. All her life, Annie has played it nice and safe. After being unceremoniously dumped by her longtime boyfriend, Annie seeks a fresh start. She accepts a teaching position that moves her from Manhattan to a small village upstate. She’s stunned by how perfect and picturesque the town is. The people are all friendly and warm. Her new apartment is dreamy too, minus the oddly persistent spider infestation. Then Annie meets Sophie. Beautiful, charming, magnetic Sophie, who takes a special interest in Annie, who wants to be her friend. More importantly, she wants Annie to stop apologizing and start living for herself. That’s how Sophie lives. Annie can’t help but gravitate toward the self-possessed Sophie, wanting to spend more and more time with her, despite the fact that the rest of the townsfolk seem…a little afraid of her. And like, okay. There are some things. Sophie’s appearance is uncanny and ageless, her mansion in the middle of the woods feels a little unearthly, and she does seem to wield a certain power…but she couldn’t be…could she?

Como vocês já sabem, essa resenha é em parceria com a Random House Internacional, de quem recebemos esse eARC (Advance reading copy: algo como “uma cópia de leitura avançada, ou seja, o livro ainda pode sofrer alterações antes de ser publicado). Também lembrando que essa resenha terá um formato diferente: por ser um ARC, não haverão quotes, já como os livros podem sofrer mudanças em seu texto antes de serem comercializados. Gostaríamos de agradecer profundamente a Editora pela oportunidade de parceria.

Eu preciso começar essa resenha dizendo que a sinopse de “Cackle” é um pouco enganadora e eu vou explicar o porque: porque simplesmente não existe nadinha em Sophie que faça você ficar assustado com ela – bom, talvez tenham alguns momentos em que você ache as coisas um pouco questionáveis, porém, tudo tem um motivo, sempre tem. Vou explicar mais a seguir.

Quando o livro começa, nós somos apresentados a Annie. Ela está fazendo aniversário, comemorando a entrada nos seus 30 anos com uma ex-colega de trabalho com quem ela não tem muito contato, simplesmente porque Annie não tem muitos amigos, apesar de morar em NY por 12 anos. É um dos últimos dias de Annie na cidade, porque ela está de mudança para uma cidade interiorana que não é conhecida por quase ninguém após aceitar um trabalho em uma escola por lá que a manteria longe de seu ex, Sam.

Annie e Sam namoraram por dez anos (ou oito, se você perguntar a ele) e então em um dia Sam apenas chegou para Annie e falou que achava que eles deviam terminar porque ele ainda a amava, mas “não estava mais apaixonado por ela” porque eles eram muito mais amigos do que namorados de todo jeito (primeira red flag aqui) enquanto tudo que Annie pensava é que logo eles tomariam um passo a mais no relacionamento e se casariam.

Com o fim do namoro, Annie não tinha para onde ir, afinal, ela e Sam moravam juntos e ela não tinha como manter uma casa sozinha, ele aceitou que ela ficasse por ali porque eles podiam seguir com a amizade deles (segunda red flag aqui) e então eles ficavam fazendo um rodízio: uma noite ela dormia na cama e ele no futon na sala, na outra noite ela quem dormia no futon e ele na sala (terceira red flag aqui) e, mesmo jurando que eles ainda eram amigos, ele não se prestou nem a passar o aniversário dela com ela (então, já perdeu a conta de red flags?)

Então por isso nossa protagonista resolve que o melhor é ir para longe, mesmo sabendo que sentirá falta de NY – e do próprio Sam, porque é um lugar onde ela pode pagar por um apartamento e um emprego bom e estável. Assim Annie se muda para *procurar o nome da cidade*, que é uma cidadezinha bem pequena e pitoresca e com uma vizinhança bem amigável. E é nessa vizinhança amigável que ela conhece Sophie.

Sophie é uma das moradoras da cidade, apesar da casa dela ser uma mansão no meio da floresta e ela parece ser adorada por todos – ou até mesmo um pouco temida. Mas ela recebe Annie de braços abertos e faz dela uma amiga, cuidando e fazendo de tudo para que Annie se sinta em casa na nova cidade, não sinta falta de NY e nem de seu ex e Annie nem consegue acreditar na sorte que tem de uma mulher tão linda e interessante se interessar assim por ela, que se considera tão tediosa.

Claro que ela nota o jeito do pessoal da cidade, que parece ter um pouco de medo de Sophie, mas ela não consegue ver nada demais na nova amiga, ela só é um pouco mais… mágica que a maioria das pessoas que ela conheceu e nada disso poderia ser tão ruim assim, certo?

Tenho que confessar o que eu comentei com a Vi quando terminei de ler que, pelo menos por 90% do livro, eu fiquei bem incomodada com Annie. Eu fiquei incomodada porque, como nós vemos o livro do ponto de vista dela e com as coisas que ela fala, eu ficava confusa de como era possível ela não ver o que estava na frente dela sobre Sophie – apesar de saber bem que muitas vezes nós não vemos o que não queremos ver mesmo.

Mas, o que mais me incomodou de longe nela, foi o fato de que ela passou muito tempo do livro apenas chorando e se lamentando por estar solteira e sozinha aos 30 anos, falando sobre como sentia falta de Sam (sim, apesar de todas as red flags, e sim, eu odeio ele bastante HAHAHAHA). Parece que ela entrava em um vórtice onde tudo que ela precisava na vida dela era ter o apoio de um cara, estar em um relacionamento para se sentir validada e isso me deixou MUITO incomodada.

Ao mesmo passo em que isso me fazia adorar Sophie. Sophie, por ser um pouco mais velha que Annie, já não dava muita bola para isso e ela tenta o tempo todo, fazer Annie ver que existe mais na vida do que estar em um relacionamento sem futuro apenas para não estar sozinha. Como eu disse acima, eu não consegui ver nada de maldade em nenhum ato de Sophie. Eu entendo que a sinopse tenta vender como se algo estivesse errado com ela, não sei se por uma escolha da autora mesmo de querer montar um plot twist para o final ou se era para odiarmos ela em algum ponto. O que eu sei é que: apesar de ter algumas atitudes que eu acho que podem ser consideradas questionáveis ou até mesmo um pouco mais duras com Annie, eu não consigo ver maldade nenhuma em nada do que Sophie faz.

Ela está tentando ajudar Annie a alcançar seu potencial e ver que ela não precisa de um namorado para isso: ela só precisa se ver pela mulher foda que ela é e que ainda pode ser mais foda do que isso.

O bom é que, mesmo só acontecendo perto do fim, nós vemos uma mudança em Annie e vemos ela enfim aceitando quem ela realmente é e deixando de lado os medos e as inseguranças que aquele relacionamento falido com Sam fizeram ela ter. Eu confesso que fiquei com um gostinho de quero mais sobre a Sophie. Como eu disse, o ponto de vista do livro é todinho de Annie, mas tem MUITAS coisas sobre Sophie que eu fiquei curiosa e querendo saber mais.

Fica aqui minha esperança para que a autora resolva fazer uma história contando mais sobre essa maravilha que Sophie é.

Ah, e o que aconteceu com o boy-lixo-Sam? Isso eu vou deixar para que vocês descubram lendo o livro. Mas eu garanto que vale bem a pena 😉

Thanks for the free book, Penguin Random House International.

Para comprar “Cackle” basta clicar no nome da livraria:

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