25.10

“My Sweet Girl”
Amanda Jayatissa
ARC recebido em formato físico em parceria com a Penguin Random House International
Editora Berkley

Data de lançamento internacional: 14 de setembro de 2021

Paloma pensou que sua vida perfeita começaria assim que ela fosse adotada e chegasse à América, mas ela está prestes a descobrir que não importa o quão longe você corra, seu passado sempre te alcança…

Desde que foi adotada em um orfanato do Sri Lanka, Paloma teve o melhor de tudo – escolas, dinheiro e pais tão perfeitos que ela teme nunca viver de acordo com eles.

Agora com trinta anos de idade e recentemente sem mesadas de seus pais, ela decide sublocar o segundo quarto de seu apartamento superfaturado em São Francisco para Arun, que recentemente se mudou da Índia. Paloma tem que admitir, é bom ajudar alguém a encontrar seu caminho na América – isso até Arun descobrir o segredo mais obscuro de Paloma, que poderia colocar em risco seu próprio lugar frágil neste país.

Antes que Paloma possa pagar Arun, ela o encontra de bruços em uma poça de sangue. Ela foge do apartamento, mas quando a polícia chega, não há corpo – e nenhuma evidência de que Arun tenha existido.

Paloma está apavorada que tudo isso esteja de alguma forma emaranhado nas ações desesperadas que ela tomou para escapar do Sri Lanka há tantos anos. O segredo de Paloma morreu com Arun ou ela agora está em maior perigo do que antes?

Como vocês já sabem, essa resenha é em parceria com a Random House Internacional, de quem recebemos esse ARC (Advance reading copy: algo como “uma cópia de leitura avançada”, ou seja, o livro ainda pode sofrer alterações antes de ser publicado). Também lembrando que essa resenha terá um formato diferente: por ser um ARC, não haverão quotes, já como os livros podem sofrer mudanças em seu texto antes de serem comercializados. Gostaríamos de agradecer profundamente a Editora pela oportunidade de parceria.

Paloma, uma mulher de 30 anos, divide seu apartamento com Arun, que acaba descobrindo o maior e terrível segredo da vida dela e a chantageia. Dias depois, Paloma encontra seu colega de quarto morto, em uma poça de sangue, em seu apartamento e então, estranhamente, o corpo some. Essa é a premissa principal de “My Sweet Girl”, livro de estreia escrito pela autora nascida no Sri Lanka Amanda Jayatissa, que é vendido como um thirller.

Dois elementos principais despertaram meu interesse em My Sweet Girl. Primeiro, por ser um thriller, e segundo, por sua autora ser do Sri Lanka. Me peguei pensando que nunca havia lido um livro de escritores deste país. Eu amo ler autores novos, autores de nacionalidades diversas e esse livro foi a oportunidade perfeita. Infelizmente não gostei tanto como imaginei.

Lembrando que não sou crítica literária, os pontos positivos e negativos citados são baseados no meu gosto e experiência sincera e pessoal mesmo.

Vamos aos pontos positivos? O livro possui narrativa em dois momentos temporais e geográficos: dias atuais, em São Francisco, e em Ratmalana, no Sri Lanka, cerca de 18 anos atrás, quando a protagonista Paloma tinha 12 anos e vivia em um orfanato. Achei que essa troca de narrativa foi muito importante para entendermos mais sobre o desenvolvimento da personagem (que foi adotada por pais americanos) e sobre os segredos que o passado esconde.

Outro ponto positivo foi que aqui temos uma narradora não confiável. Paloma é uma personagem confusa e, além disso, ela faz uso de medicamentos psiquiátricos enquanto ingere bastante bebidas alcoólicas (possivelmente anulando os efeitos dos seus medicamentos), o que levanta sempre o questionamento se seus sentidos estão realmente corretos.

Agora vamos aos elementos negativos?

Primeiro, como eu havia dito, o livro é um thriller, mas as vezes fica um pouco confuso entender para que ele veio. É um thriller? Thriller psicológico? Sobrenatural? Ele parece ter um pouco de tudo, o que por hora surpreende e por hora confunde. Mas esse foi o menor dos problemas que eu tive com o livro, o que faz passarmos para o próximo tópico: o ritmo de leitura.

O ritmo do livro acabou sendo extremamente lenta para meu gosto. Eu sou amante do slow-burn, porém em um thriller eu sempre espero algo mais acelerado, com reviravoltas e pontos interessantes a todo momento, o que eu não obtive lendo Sweet Girl. Durante quase metade do livro eu senti que estava andando em círculos, sem nada interessante ou surpreendente acontecesse que me deixasse com vontade de devorar as páginas. Com o final se aproximando, o livro começou ficar mais “pegado”, mas não o suficiente para me conquistar e apagar toda monotonia do começo.

Outro ponto que me incomodou bastante: nossa protagonista Paloma. Ela é detestável, tornando o título “Sweet Girl” a maior ironia do livro. Paloma não tem nada de doce (sweet), ela é fria, irritante, não gosta de ninguém, odeia a todos. Esse poderia não ser um problema, afinal, personagens imperfeitos são os mais interessantes. Porém Paloma, para mim, chegou no ponto que se tornava chato estar na cabeça dela, assim como é difícil acompanhar qualquer personagem que você pouco consegue criar empatia. Além disso… os palavrões! Estou longe de ser puritana (inclusive faço uso de palavrões também), porém quando palavras como f*** viram virgula tanto nos diálogos quanto nos pensamentos da personagem, eu me pegava pensando se era algo proposital para a narrativa (para irritar) ou se falta de vocabulário (prefiro pensar que não).

Dito tudo isso e colocando os prós e contras na balança, eu mais desgostei que gostei do livro. Porém ainda acredito no potencial de Jayatissa. Afinal, foi seu livro de estreia e a maioria dos pontos negativos que eu disse são mais gostos pessoais do que críticas a história em si. Acredito que seja uma autora para ficarmos de olho em seus lançamentos futuros! E em resumo: recomendo para quem gosta de thrillers com construção lenta, narrador não confiável e protagonistas irritantes. Para os que não gostam, talvez seja melhor procurar outro título.

Thanks for the free book, Penguin Random House International.

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