15.10


Pensei Que Fosse Verdade

Huntley Fitzpatrick
Editora Valentina – 336 páginas

“O Paraíso À Beira-Mar.” “O Segredo Mais Bem Guardado Da Nova Inglaterra.” A ilha de Seashell, onde passei minha vida inteira, é tudo isso e muito mais. No entanto, a única coisa que eu quero é ir embora daqui. Gwen Castle nunca quis tanto dizer adeus à sua ilha natal quanto agora: o verão em que o Maior Erro da Sua Vida, Cassidy Somers, aceita um emprego lá como faz-tudo. Ele é um garoto rico da cidade grande, e ela é filha de uma faxineira que trabalha para os veranistas da ilha. Gwen tem medo de que esse também venha a ser o seu destino, mas, justamente quando parece que ela nunca vai conseguir escapar do que aconteceu – ou da ilha –, o passado explode no presente, redefinindo os limites de sua vida. Emoções correm soltas e histórias secretas se desenrolam, enquanto Gwen passa um lindo e agitado verão lutando para conciliar o que pensou que fosse verdade – sobre o lugar onde vive, as pessoas que ama, e até ela mesma – com o que de fato é. Da aclamada autora de Minha Vida Mora ao Lado, um romance sobre um amor “impossível”, cheio de expectativas e arrependimentos, humor e… perguntas difíceis.

“Pensei Que Fosse Verdade” é uma história um pouco diferente das convencionais. Não tem um “grande clímax” quando acontece algo que os personagens principais devem correr para mudar ou que vai apimentar a história. O livro é baseado em na vida de Gwen, uma adolescente que poderia muito bem ser qualquer um de nós, leitores, e gira ao redor dos acontecimentos de sua vida. Antes de começar a falar sobre o livro, quero dizer que ele me surpreendeu bastante. Admito, o começo é meio lento, mas assim que você se envolve com a história é muito difícil parar de ler. Todos os livros de Huntley Fitzpatrick são incríveis, aliás. Ela é uma autora que ganhou bastante espaço no meu coração e mal posso esperar para seus próximos livros.

“Pensei Que Fosse Verdade” se passa em uma ilha e tem toda aquela “vibe” de praia. A escrita da autora consegue realmente nos transportar para Seashell. Quase dá para sentir o cheirinho de mar e ouvir as garças cantando enquanto lemos o livro. Sério. E mesmo que aqui no Rio Grande do Sul estejamos em pleno inverno me sentia como se fosse verão toda vez que abria o livro. Fitzpatrick tem uma maneira muito incomum de escrever. Ela é extremamente detalhista, algo que eu, particularmente, adoro, porque ao descrever cada detalhe da cena, desde o que o personagem está vestindo até o que ele esta segurando ou a posição em que está parado torna muito mais fácil imaginar o desenrolar da cena. Ela também não usa tantas metáforas para descrever seus personagens. Nada como “seus olhar era profundo como o mar” ou algo assim. Fitzpatrick narra a história e tem um jeito de humanizar seus personagens, descrevendo manias dos mesmos que faz com que realmente nos indentifiquemos com eles.

O segundo motivo que realmente me fez gostar do livro foi a protagonista. Gwen é uma garota simplesmente incrível. Ela não tem pena de si mesmo ou se acha feia e incapaz como 99% das personagens infanto-juvenis que acompanhamos hoje em dia. Ela é uma garota independente, forte, sempre com uma resposta na ponta da língua, gosta de si mesmo, cuida da família e não é cega para os defeitos de seu par romântico como também acontece com muitas das nossas protagonistas atualmente.

A história de Gwen não é nada muito complicado. Como eu disse anteriormente, é bem parecida com o que muitos de nós enfrentamos. Ela divide uma casa pequena na ilha com seu irmão mais novo (que tem alguma doença não especificada, creio que seja algum tipo de atraso de desenvolvimento), e que é um dos personagens mais fofos de todos os livros que eu já li, sua mãe (obcecada por romances estilo 50 tons), seu avô (um senhor português que traz um ar cômico maravilhoso para o livro) e seu primo, Nic (namorado de sua melhor amiga desde sempre). Gwen também é filha do dono de uma das lancherias quase falidas da ilha, a Castle’s, onde trabalha para seu pai (divorciado da mãe) em troca de algum dinheiro para curtir e ajudar sua família.

A grande dificuldade de Gwen na história é lidar com a indecisão. Ela fica confusa quando descobre que um garoto que foi uma peça importante de seu passado, Cassidy Sommers, voltou para passar o verão trabalhando na ilha, e seus caminhos se cruzam. A partir daí, Gwen precisa decidir se vai, ou não, tentar apagar a história turbulenta que existe entre ela e Cass, e dar uma segunda chance para eles.

Cass Sommers, aliás, é um garoto rico que decidiu que não quer depender dos pais e quer trilhar um caminho diferente daquele que o pai escolheu para ele. Por isso, vai trabalhar como “faz-tudo” em Seashell, esperando que o trabalho árduo de verão possa iluminar suas ideias.

Adorei tudo em Cass e Gwen, absolutamente tudo! Adorei o modo como ela vai nos dando pequenos fragmentos de seu passado até revelar tudo que aconteceu entre eles. Adorei a dinâmica do casal e como eles se portam perto um do outro. Adorei o modo como Cass se envolve com o irmão de Gwen e realmente se importa em ajudá-lo, e como ele não se deixa ser influenciado pelos amigos. E principalmente, adorei como juntos, os dois descobrem e decidem o que querem para si individualmente e não apenas como um casal.

Não tenho nada, nada, nadinha de ruim mesmo para falar desse livro, exceto que achei um dos acontecimentos envolvendo a melhor amiga de Gwen, seu primo, e um terceiro personagem INCRIVELMENTE DESNECESSÁRIO E FEZ MEU CORAÇÃO DOER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Pela primeira vez me dou conta de que nenhum de nós está vendo a mesma coisa. Que todos os nossos horizontes terminam em lugares diferentes.

Recomento muito, muito mesmo “Pensei Que Fosse Verdade”. O livro não é só uma história romântica e gostosa de ler, mas também uma jornada de autoconhecimento que nos faz colocar as coisas sob perspectivas novas e tentar entender outras que nos acontecem sob um novo ângulo, ou o olhar de quem está do outro lado. É sobre nos fazer entender que muitas vezes nós nos enganamos e entendemos tudo errado, mas isso não significa que não dê para tentar de novo. Essa foi a segunda vez que li esse livro, e posso dizer que, com certeza, haverá uma terceira!!!!!!!!

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Magalu

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