20.08


Série Magisterium
Cassandra Clare & Holly Black
Galera Júnior – 2021 – 1404 páginas

Duas das maiores autoras young adults do mundo escrevendo juntas sobre um mundo repleto de magia, aventuras e reviravoltas chocantes. Cassandra Clare, cujos livros dos Caçadores de Sombras já venderam mais de 60 milhões exemplares no mundo inteiro, e Holly Black, renomada autora da série best-seller O Povo do Ar, trazem vida ao Magisterium, uma escola de magia diferente de tudo que você já achou saber o universo da fantasia.

A série acompanha a história de Callum Hunt e seus anos passados dentro do Magisterium, um lugar que sempre foi ensinado a temer e a odiar. Enquanto aprende mais sobre os seus poderes, Call precisa colocar à prova todo o seu conhecimento para sobreviver.

Criado em colaboração pelas fantásticas mentes de Cassandra Clare e Holly Black, as autoras oferecem a você as chaves das portas do Magisterium, um universo mágico e inexplorado. Vistam as suas capas de magos, tomem cuidado para não serem Dominados pelo Caos e boa sorte! O Magisterium lhes oferece as boas-vindas.

Reunindo pela primeira vez os cinco livros da série, o Box Magisterium contém O desafio de ferro, A luva de cobre, A chave de bronze, A máscara de prata e A torre de ouro em edições ilustradas e com capas inéditas.

Com o lançamento do box da série “Magisterium” não poderíamos deixar de falar sobre os livros – ainda mais depois da live arrasadora com as autoras e Rainhas da Fantasia YA Cassandra Clare e Holly Black (da qual participamos!), mas vamos ser bem diretos nesses post e listar 5 motivos para vocês lerem a série de livros falando um pouco sobre a trama também!

Composta por 5 livros (em ordem: “Desafio de Ferro”, “A Luva de Cobre”, “A Chave de Bronze”, “A Máscara de Prata” e “A Torre de Ouro”), “Magisterium” foi publicado entre os anos de 2014 à 2018, com um livro publicado em cada ano. Cada livro cobre o período de aproximadamente um ano na vida de Callum Hunt, um mago de 12 anos que não queria possuir nenhuma magia e muito menos frequentar o colégio para magos – sim, o Magisterium. Levado por seu pai, que tentou lhe ensinar como falhar no tal Desafio de Ferro que os candidatos fazem para ingressar no Magisterium, Callum falha miseravelmente, mas, ainda assim, é chamado para ser aprendiz do Mestre Rufus, o antigo mestre do seu pai e de um jovem mago que veio a se tornar o temido Inimigo da Morte. Com Tamara Rajavi e Aaron Stewart, Call vai aprender muito sobre seu passado e os motivos pelos quais seu pai não queria que ele entrasse no colégio e porque sua mãe, antes de morrer, deixou uma misteriosa mensagem do lado do seu corpo.

Então vamos direto ao ponto e dar 5 motivos pelos quais você PRECISA ler “Magisterium”!

O fogo quer queimar.
A água quer fluir.
O ar quer se erguer.
A terra quer unir.
O caos quer devorar.

1. OS PERSONAGENS

Se você já leu algo de Cassandra Clare e Holly Black (claro que já leu!), você sabe que essas autoras são capazes de criar personagens complexos que fazem os leitores transitarem entre o amor profundo e o ódio extremo por eles, com o bônus do relacionamento entre eles. Aqui não é diferente, porque quando conhecemos Callum Hunt, o personagem principal, aos 12 anos, entendemos que ele não é nenhum personagem principal mocinho clássico: mal humorado, ranzinza, com uma língua feroz e extremamente sarcástico, Call não tem o carisma que você pode pensar que ele carregaria pelo lugar que ocupa.

Já Tamara Rajavi é a mocinha que todos nós amamos adorar: inteligente, teimosa e bastante determinada, ela sabe o que quer e aonde quer ir. Com uma família que parece lhe pressionar e um relacionamento bastante complexo com suas irmãs, Tamara tem um lugar de destaque na trama enquanto desenvolve um relacionamento com seus melhores amigos. Completamento o trio principal, Aaron Stewart é o garoto de ouro: gentil e bondoso, parecendo destinado a grandeza, mas que guarda um segredo que se envergonha. O relacionamento entre os protagonistas, que começa com os 3 crianças e terminam como adolescentes, se desenvolve de várias formas e formatos.

Ainda temos outros personagens secundários, como Jasper DeWinter, um garoto vindo de uma família bastante tradicional que fica bastante chateado de não fazer parte do grupo de aprendizes do Mestre Rufus. Alex Strike é um garoto mais velho que estuda no Magisterium, bastante popular, cordial com Call e que namora Kimiya, uma das irmãs de Tamara. Temos ainda Alastair Hunt, o pai de Call, que parece ter segredos demais e começa o livro encontrando a esposa, Sarah, morta, tendo deixado um recado escrito com as últimas forças de seu corpo. Mestre Rufus, o mago que toma o trio principal como aprendizes, também parece esconder algumas coisas.

É sempre maravilhoso acompanhar personagens se transformando, se tornando pessoas diferentes através de suas aventuras, escolhas, amores e inimizades. Personagens que você desconfiava se tornam aliados e alguns que você confiava se tornam os piores violões: você pode ter certeza absoluta, que você verá isso em todos esses livros.

Os magos lidam com os elementos: terra, ar, água, fogo e até mesmo o vazio, que é a fonte da mais poderosa e terrível magia entre todas, a magia do caos. Eles podem usar a magia para muitas coisas, incluindo abrir fendas na terra, como você fez.

2. O UNIVERSO

A magia que constrói esse universo é única e deriva do estudo da alquimia, evoluindo para a magia elementar: temos os quatro elementos (água, ar, fogo e terra), além dos magos serem capazes de usarem os derivados (como neve, gelo, metais) e um elemento mais forte ainda: o caos. Todos magos podem utilizar os quatro elementos, mas normalmente são inclinados para um elemento, sendo o caos o mais raro. Tido como “o nada”, o caos é capaz de dominar as pessoas e de basicamente as colocarem sobre o poder de quem o domina, mas, para dominar o caos, você precisa ser um Makar, que são magos poderosos que fazem magia do caos. O poder que esses Makaris possuem é tão grande que parte dos magos acreditam que eles nem ao menos deveriam ser treinados (porque a Assembleia dos magos pode interditar a magia de jovens que não concluíram ainda o 1º ano do Magisterium).

E por falar em anos do Magisterium, cada ano é relacionado a um metal, exatamente como os títulos dos livros, no qual cada aluno usa uma pulseira encantada que lhe permite abrir portas, por exemplo. O Magisterium em si é prédio escondido e funciona basicamente com a ajuda da magia, assim como o Collegium – claro que se há o Magisterium, há o Collegium, aonde os aprendizes ingressam em uma vida universitária. Apesar de viverem entre as pessoas comuns, os magos têm o dever de manter sua magia escondida dos olhos incapazes de compreender quem são.

Os magos conseguem até mesmo voar, mas precisam ter cuidado para não serem devorados por seu elemento, porque isso significaria que eles basicamente se tornaram seus elementos. E, por fim, a magia não é algo hereditário, podendo se manifestar em alguém que não tenha nenhum mago em sua linhagem e que tenham o potencial para se tornarem magos, e por isso participam do Desafio de Ferro. Aqueles que falham no Desafio voltam para suas vidas sem as lembranças do mundo mágico e nem de terem feito o teste.

E pronto, essa é uma introdução bastante básica para o universo, o qual vocês podem imaginar que é complexo, mas daquele jeitinho que os bookstans amam: difícil no começo, mas na página 100, você já sabe todos nomes de cabeça.

É lá que fica a escola? O Magisterium fica no subsolo? — Call perguntou.
Enterrada sob a terra, onde ninguém é capaz de encontrá-la — o pai lhe informou, sombrio. — Não há luz lá, nem janelas. O lugar é um labirinto. Você pode se perder nas cavernas e morrer sem que ninguém jamais saiba onde você foi parar.

3. A SUBVERSÃO DO ENREDO

Claro, vindo de Cassandra Clare e Holly Black você não poderia esperar uma história simples de um garoto de 12 anos que vai para uma escola de magos, aprenderia a controlar sua magia, se descobriria o grande mago de sua geração, salvaria o mundo e destruiria o vilão, não é mesmo? Aqui as autoras conseguem algo que não esperávamos, entregando uma grande reviravolta já no final do 1º livro, mostrando que poderíamos esperar por muitas outras reviravoltas durante toda narrativa (e isso acontece de novo e de novo e de novo).

Por exemplo: Apesar de serem um povo que estuda e manipula a magia, os magos são um povo bastante bélico e viveram há 12 anos a Terceira Guerra dos Magos que culminou no Massacre Gelado, aonde houveram mortes de até mesmo crianças e o próprio Call, ainda bebê, foi bastante atingido, causando o ferimento em sua perna. Seu pai, se afastando daquele universo, o leva para tentar curar a fratura com médicos humanos, e mesmo depois de dezenas de operações, Call fica com sequelas e manca, sentindo dores ainda na perna, o que te leva a perguntar porque um pai mago escolheria usar medicina dos humanos se poderia tentar a magia, que provavelmente seria bem mais eficiente? São essas tipos de escolhas, todas com bons fundamentos, que levam a uma subversão do enredo, fazendo com que nada seja tão óbvio quanto se pode parecer.

Não espere um protagonista bonzinho, destinado a grandeza e que sabe tudo que precisa fazer. Não espere um mestre que confia cegamente em seu aprendiz. Não espere nem mesmo pais que confiam em seus filhos – então, sem falar mais para não dar spoilers, acho que você já entendeu que vamos fugir a todas regras por aqui, certo? E é isso mesmo que a gente ama.

Eu vejo através das máscaras de pele o que vocês vestem — o Devorado continuou. — Vejo seu futuro. Um de vocês vai fracassar. Um morrerá. E outro já está morto.

4. A DOR (você gosta de sofrer na literatura, nós sabemos)

Se eu fosse resumir a história de “Magisterium” em 3 palavras, eu definitivamente escolheria: Magia, luto e morte.

Se você pensa que porque os protagonistas começam a série basicamente crianças (ok, pré-adolescentes), Cassie e Holly iriam pegar leve com elas, você está enganado em todos níveis.

Por diversos momentos, principalmente quando a série vai se aproximando do seu final, eu fiquei surpresa como a trama vai realmente ficando sombria sem medo de se complicar porque essa é uma história que precisava ser contada e é isso mesmo que as autoras fazem. De mortes dolorosas a decepções, em algum momento você vai sentir dor simplesmente porque muito de “Magisterium” vem do luto. Muitos dos personagens perderam alguém em algum ponto da história e até mesmo o vilão teve de aprender a lidar com o peso que é perder alguém que ele se importava com.

A morte, assim como o luto, está bastante presente na narrativa, tanto pela motivação do vilão (que literalmente se chama O INIMIGO DA MORTE), quando na vida dos personagens. Como vocês já sabem, os magos passaram por várias guerras e entre elas o massacre gelado, então nada mais óbvio do que a morte estar presente.

Os sentimentos aqui são intensos. Pode apostar.

Algumas pessoas são destinadas a ser amigas, e outras, inimigas — concluiu Rufus. — No fim das contas, o universo se ajeita.
Tudo em equilíbrio — murmurou Call. Era um ditado alquímico.

5. O RITMO DA TRAMA

E, para completar, os livros têm um ritmo absurdamente rápido. Há passagens de tempo entre os livros, que não se focam em narrar especificamente o ano completo dos personagens, mas não pense que há perda nisso. Sempre pelo ponto de vista de Call, vamos avançando na trama com bastante aventura (bastante mesmo, de verdade) a ponto de muito se resolver em pequenas batalhas.

A narrativa não volta para fazer aquele bom e velho conhecido “resumo” no começo de cada livro sobre o que já aconteceu, mas ele te situa bastante competentemente o que está acontecendo naquele ponto da trama, sem fazer o leitor perder tempo pensando sobre coisas que ele já sabe.

Definitivamente você consegue ler qualquer livro da série em 2, 3 dias no máximo, e até mesmo em um se você ficar bastante curioso para saber o que acontecerá em seguida (como eu fiquei do livro 3 em diante). As explicações vem rapidamente e o modo como a trama vai avançando te faz ter certeza absoluta de que muito mais ainda vai acontecer e essa sensação fica em você até quase a última página.

Essa lição nos ensina que não podemos permitir que o medo nos governe — continuou o Mestre Rufus. — As fofocas, a suspeitas contra seus colegas aprendizes, tudo isso é fruto do medo. Mas o medo não tem lugar no coração de um mago. Foi o medo da morte que fez Constantine Madden agir como agiu. Quando o medo nos governa, esquecemos quem somos de verdade. Esquecemos de que somos capazes de fazer o bem.

Bem, te dei todos bons motivos para ler essa série que merece ser muito mais conhecida. Sei que muitos pensam que são livros para crianças e estou aqui para afirmar que não, não são, exatamente como comentei acima sobre a trama.

E se tudo isso não te faz querer correr para ler essa série, deixa eu te mostrar o box MARAVILHOSO com nova identidade visual (e exclusiva do Brasil!) que a Galera Júnior está lançado da série, e vem com brindes (e os livros tem orelhas)!

Compre o seu na Amazon ou Submarino.

Os 5 livros de Magisterium pela primeira vez reunidos em uma caixa rígida e com novas capas, feitas exclusivamente para o box. Acompanha 5 marcadores com impressão metálica em cores diferentes, combinando com a capa e o título de cada livro, e 1 smartsafe!











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