25.06

Oi, pessoal! Como estão as coisas? Hoje vim falar para vocês sobre uma série que assisti na semana passada e foi uma experiência nova pra mim.
Eu nunca havia assistido uma série de terror antes, e A Maldição da Mansão Bly foi minha estreia. Admito que já estava bem curiosa para assistir há tempos… Mas me faltava coragem, porque morro de medo de ver essas coisas sozinha. Para quem não sabe, essa série é como se fosse uma derivação da primeira série do criador, A Maldição da Mansão Hill, que foi muito bem comentada e avaliada por aí. Não assisti essa ainda, resolvi começar pela Bly, apenas pela história ter me chamado mais a atenção mesmo, mas pretendo assistir a Hill em breve.

A Maldição da Mansão Bly tem uma história bem legal, e, para quem não assistiu, pode até parecer meio genérica (mas não é). A história se passa em meados dos anos 80, e conta a história de Dani, uma babá atormentada por um passado difícil que resolve reconstruir a vida na Inglaterra tomando conta de duas crianças que recentemente tornaram-se órfãs, porque os pais morreram em um acidente. Dani então se muda para a mansão onde as crianças, Flora e Miles, vivem com a governanta, Hannah, a jardineira, Jamie e o cozinheiro, Owen.

Ao chegar na mansão, Dani começa a perceber que coisas estranhas estão acontecendo na casa, e que as crianças têm um comportamento estranho. É aí que, ao invés de sair correndo, a babá acaba se envolvendo mais e mais na história, descobrindo aos poucos o que aconteceu para que as coisas se tornassem como são.

Então vamos lá… A história parece bem simples, né? Basicamente o plot de vários filmes de terror que vemos por aí. Acontece que não é, não. A Maldição da Mansão Bly é bem rica e complexa no sentido histórico. O porque de a casa de fato ser amaldiçoada é uma história bem bacana e bem diferente das mesmices que já conhecemos que alimentam outros filmes de terror por aí. O que me chamou a atenção na história é que ela é, de fato, bem construída. Vários elementos importantes para o fechamento da história já são apresentados desde o começo, nós apenas não temos informações o suficiente ainda para entendê-los. O modo como fazemos a descoberta do que está de fato acontecendo junto com a protagonista, Dani, também é super legal. Porque é uma percepção gradual e nada é extremamente previsível na série. Quer dizer, uma vez ou outra eu adivinhei o que estava de fato acontecendo, mas devo admitir que tive várias surpresas na série, e isso para mim é um ponto positivo, porque é muito fácil um filme ou série de terror ser previsível.



O terror em si da série, as cenas que dão medo, acontecem de forma sutil, quase elegantes. Em momento nenhum a série apela para os sustos ou acontecimentos chamativos, surtos repentinos, etc… na verdade, os próprios elementos da série, e o comportamento das crianças, especialmente do Miles, assusta muito mais do que momentos e cenas em si.

O elenco da série é muito bom. Para quem já assistiu A Maldição da Mansão Hill, vão notar que boa parte do elenco das duas séries é o mesmo, porque os produtores e diretores também são. É uma série meio American Horror Story, com temporadas que não são sequência mas ocorrem no mesmo “universo”. Nessa temporada, Victoria Pedretti interpreta Dani, a protagonista. Não vou mentir para vocês, não achei ela péssima, mas também não achei ela boa. Sei que na Mansão Hill ela não era protagonista, e, como não assisti, não posso opinar sobre a atuação dela lá, mas nessa temporada em específico não achei a atuação dela nada de especial. Digo o mesmo da Tahirah Sharif, que interpreta Rebecca, uma personagem com um destaque considerável na série. Também não achei ela nada de especial. Já as crianças, por outro lado, dão um show, de verdade. Especialmente Benjamin, que interpreta Miles. O menino me assustou real, kkkk.



Enquanto a história e plot da série; os elementos, são muito bem construídos, os efeitos deixaram um pouco a desejar, mas até são aceitáveis. O quê mais pesou pra mim, na nota final, foi a cronologia dos eventos. No fim das contas dá pra entender tudo o quê está acontecendo, os porquês e como as coisas aconteceram. Mas muitas vezes, ao longo dos episódios, a ordem dos acontecimentos fica bem bagunçada. Eles poderiam, no meu ponto de vista, ter apresentado esses elementos e acontecimentos em uma ordem diferente, contando a história da maldição primeiro, por exemplo.
Outro ponto negativo é que muitas vezes a série se estende muito, de uma maneira muito maçante na história dos personagens. Alguns pontos são, de fato, interessantes e necessários para que a gente possa entender os motivos daquele personagem, mas outros me pareceram que foram só pra “encher linguiça” mesmo.

Então no geral, pessoal, é isso, sabe? A série não é uma obra-prima, não é nada que vai te levar para outra dimensão ou te apavorar a ponto de você não conseguir dormir. Não é nada tão especial que vai fazer você ficar dias e dias pensando naquilo, mas para quem quer sentir um medinho, passar o tempo, ou só matar a curiosidade mesmo, não vai ser uma perda de tempo total.

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