26.02

“Os Últimos Dias de Krypton”
Kevin J. Anderson
Narração: Thiago Ubaldo, Zeza Mota, Daniel Vidal e Clayton Heringer
Duração: 16h07m38s
Tamanho: 226.38 MB
Produção: Tocalivros Studios
Editora: Leya
Material de Apoio: Não
Data de Lançamento: 13/05/2019
Disponível: Compra, Clube do Audiolivro e Assinatura Ilimitada

Antes do Apocalipse – que fez o bebê conhecido mais tarde como Clark Kent ser enviado à Terra – Krypton prosperava. Na cidade de Kandor, o cientista Jor-El e a historiadora Lara casaram-se e tiveram Kal-El, o único que sobreviveria ao fim do mundo. Tudo era harmonia e perfeição numa civilização com baixíssimo índice criminal, quando um alienígena invade o planeta e provoca uma tragédia irremediável para os kryptonianos.

É a grande chance do diabólico General Zod tomar o poder e implantar uma ditadura que usará da invenção tecnológica de Jor-El para subjugar a todos. E em meio a tudo isso, uma tragédia fatal se aproximava – um destino catastrófico profetizado por Jor-El que mudaria a história kryptoniana para sempre…

Nossa parceria com a Tocalivros foi renovada e aqui estamos novamente trazendo mais uma resenha de audiolivro para vocês, mas antes, vou lembrar os planos da Tocalivros para quem não se lembra ou está lendo uma resenha de um audiolivro deles pela primeira vez: Há um plano de assinatura por R$ 19,90 e você pode ouvir qualquer livro de todo acervo de audiolivros da plataforma – e são mais de 4 mil títulos. Mas sabe o melhor? Você pode testar completamente grátis por 15 dias criando sua conta clicando AQUI e preenchendo o formulário. E ah, você pode ouvir offline, ou seja, sem gastar seus dados se estiver no 3G, algo que também é ótimo. A plataforma é simples, intuitiva e muito, muito fácil: não tive qualquer problema em acessar o site, criar minha conta e acessar o audiolivro de minha escolha. Depois disso, baixei o aplicativo no meu celular e tudo continuou bastante simples. O livro ficou na minha biblioteca e o player é muito simples, além de colocar a disposição outras velocidades: a velocidade normal (1x) até 3x. No navegador em seu notebook, o player aparece do lado esquerdo, enquanto que no celular, é centralizado. Você ainda pode retroceder com facilidade 30 segundos, bem simples mesmo, com um toque em um botão. E ah, se você escuta no navegador e depois volta para o celular ou o inverso, o audiolivro para exatamente aonde você o deixou, o que é ótimo e muito prático.

Vou começar sendo bem sincera: “Os Últimos Dias de Krypton” foi o maior audiolivro que já ouvi e se não fosse a narração ser tão diversa, eu não sei se teria gostado da forma como gostei. Explico melhor: se não houvesse mais de um narrador fazendo os personagens, eu provavelmente teria me perdido porque a narrativa do livro é longa, bastante longa. Já estou familiarizada com a voz do Thiago Ubaldo (sem brincadeira!), e assim que eu a ouvi, a reconheci. Mas, voltando ao ponto, a narração nessa história fez toda diferente, e estou indo bem diretamente ao ponto.

Gosto muito de livros de ficção cientifica e já falei isso aqui diversas vezes. Também sou bastante geek e adoro super-heróis (também já falei isso aqui), e ao ter a oportunidade de ler um livro sobre os últimos dias de Krypton, o mundo de origem de Kal-El, nem ao menos pensei: escolhi rapidamente o titulo sem ao menos pensar duas vezes, até porque reconheci o nome do autor também (para quem não sabe, Kevin J. Anderson escreveu uma das séries spinoff de “Duna”, o livro que vai virar filme este ano). Enfim, parecia uma escolha perfeita e sem perigo para meu perfil, e me sinto até mal de usar o verbo em “parecia” porque não me arrependo da escolha, mas também confesso que foi cansativo, e não foi o audiolivro: foi o enredo.

Como já é obvio, “Os Últimos Dias de Krypton”, conta os últimos dias do planeta, mas não só isso: começa com Lara, jovem que deseja independência além do nome dos pais, basicamente salvando o jovem cientista Jor-El, o qual havia acabado de descobrir a zona fantasma (sim, aquela zona fantasma). E talvez esse seja o problema da trama: existe informação demais, personagens demais, tramas demais acontecendo para um único livro. Como vocês podem imaginar já como Jor-El está conhecendo Lara, eles vão ainda se apaixonar, se casar e ela engravidar, então sim, o tempo que se passa dentro da narrativa é algo em torno de 1 ano, e nesse ano há tanta, mas tantas tramas acontecendo que muitas vezes era capaz de me perder na linha do tempo.

O sol vermelho de Krypton se assomava no céu, um gigante inquieto. Em suas camadas gasosas, células condutoras de calor do tamanho de um planeta se agitavam como bolhas em um caldeirão infernal em câmera lenta. Delicadas bandeirolas coronais dançavam pelo golfo do espaço, interrompendo as comunicações planetárias.

Jor-El estava esperando havia muito tempo por uma tempestade cintilante como essa. Em seu laboratório isolado, ele havia monitorado suas sondas solares, ansiosamente fazendo preparativos. O momento estava próximo.

Enquanto Jor-El está conhecendo e se apaixonado, seu irmão, Zor-El, está descobrindo que o centro do planeta está instavel. Zod, que ainda não é General, está tentando ardualmente tomar o poder para ele mesmo enquanto ainda conhece e se apaixona por Aethyr, uma mulher firme, inteligente e bastante rebelde, que não aceita sua família. Enquanto temos toda a trama cientifica que é dividida entre os irmãos Jor-El e Zor-El, temos uma trama politica no núcleo de Zod, tudo com diversos pontos de vistas (todos esses personagens têm capítulos narrados sob seus pontos de vistas). De assassinatos ao nascer de fortes paixões, há toda um encaixa e conexão com o filme “Superman” (aquele, bem antigo, de 1978, e que é tido por muitos como o melhor filme sobre o personagem já feito), mas não exatamente, já como há mudanças que não falarei porque se tornam spoilers.

Há ainda criaturas que são apresentadas, há diversos outros personagens, há toda parte cientifica e há um grave problema para mim, que me incomodou bastante: a forma como o autor retrata as mulheres. Apesar de tanto Lara quanto Aethyr serem absurdamente inteligentes, terminando servindo basicamente como muletas para seus respectivos pares. Não há também um aprofundamento nos relacionamentos entre os personagens e não estou falando de romance: falo mesmo de ver mais do que os personagens desejam, querem e sonham. Entendo que Krypton estava no auge de sua civilização e não tinham problemas “corriqueiros”, o que o autor poderia voltar os personagens para conflitos entre eles, mas nem isso realmente acontece. Há uma lealdade de Nam-Ek )o qual também tem capítulos com seu ponto de vista, apesar do personagem não falar) para com Zod que ainda é explicada no livro, mas que beira a subserviência que não é completamente explicada – pelo menos eu senti assim porque há motivos para a lealdade, há motivos para se gostar, mas não há motivos para ser o capanga do outro além do simples e bom “é assim”.

O livro é uma ficção científica adulta, compreendo isso claramente, então meu problema com o livro não foi esse, foi mesmo a quantidade de informações que foram dadas e algumas simplesmente foram ficando durante a passagem das páginas.

E foi ai que o fato de ser um audiolivro salvou o livro para mim. As vozes diferenciadas, a entonação que os narradores deram, a troca rápida nos diálogos tornou a trama mais ágil para mim, e terminei o audiolivro mais rápido do que pensei e que muito provavelmente terminaria a leitura do livro físico. Já falei em outras resenhas que o audiolivro é uma ótima companhia e que se basta colocar os fones para se transportada para outro mundo, e foi exatamente o que aconteceu comigo. Se você nunca deu a chance para um audiolivro, eu te afirmo, com todas as letras, que você pode dar uma chance a “Os Últimos Dias de Krypton” porque foi justamente os narradores que brilharam: se eu fosse dar uma nota somente a trama, teria sido um redondo 3 estrelas, mas o áudio terminou levando 5 estrelas, e por isso a nota dada nesta resenha foi a média: 4 estrelas, porque sabemos que Krypton não pode ser salva, mas a minha leitura foi salva pelo audiolivro.

Para ouvir “Os Últimos Dias de Krypton” basta vir na Tocalivros.

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