15.12

Sinopse: Simon Snow venceu. Ele pôs fim às forças do mal que ameaçavam destruir o Mundo dos Magos. Tudo deu certo. Ou quase. Porque, agora, Simon perdeu toda a sua magia. Ele não passa de um normal… Bom, tirando o fato de ter asas e um rabo de dragão.

Vendo o melhor amigo mergulhar em um desânimo cada vez maior, Penelope decide levar Simon e Baz em uma viagem de carro para visitarem Agatha, que agora mora na Califórnia. O que era para ser um passeio divertido se mostra muito mais desafiador do que imaginavam. Afinal, os Estados Unidos abrigam todo tipo de criatura mágica mal-intencionada e disposta a causar problemas.

Em meio a uma confusão enorme com uma legião de vampiros e outros seres malignos, talvez Simon finalmente seja capaz de reunir a força necessária para seguir em frente ― e deixar algumas pessoas para trás.

[PODE CONTER SPOILERS DE SIMON SNOW #1]

Eu acho que muita gente sempre tem curiosidade para saber o que acontece depois do “felizes para sempre” – principalmente em livros em que não existem mais continuações depois que seus personagens favoritos terminaram a saga e fizeram aquilo que eles vieram para fazer: salvar o dia. Você fica se perguntando e remoendo e criando histórias na sua própria cabeça sobre coisas que poderiam estar acontecendo na vida deles.

Em “Filho Rebelde” é exatamente isso que nós temos: o que vem depois do fim.


“Baz lhe disse uma vez que tudo era uma história, e Simon era o herói. Foi quando eles estavam dançando. Se tocando. Baz olhava para Simon como se tudo fosse possível para eles a partir daquele momento, como se o amor fosse inevitável.

Tudo era uma história. E Simon era o herói. Ele salvou o dia. É nesse momento que as histórias acabam: todo mundo olhando adiante, rumo ao “felizes para sempre”.”

No livro anterior nós vemos Simon Snow fazer aquilo que ele sempre foi destinado a fazer: salvar o mundo dos magos da grande força que o dominava e acabar com, não só um, mas dois inimigos que ameaçavam a paz que eles tanto almejavam. Porém, ao fazer isso, Simon abriu mão daquela magia tão forte que sempre fez parte dele e que tomava conta de cada parte do corpo dele.

E agora, no mundo real, sem magia – e com um namorado mago e vampiro e uma melhor amiga que também tinha magia, o que restava para ele, além de seu rabo e suas grandes asas de dragão? Era isso que Simon não sabia precisar. Tudo que ele sabia é que estava cansado de se sentir um peso na vida dos dois – e principalmente que Baz merecia alguém melhor do que ele, enquanto Baz, sem ter ideia do que se passava na cabeça do namorado, achava que Simon tinha se cansado dele.


“Aquelas brigas costumavam me fazer bem. Porque permitiam que eu olhasse para Snow. Que chamasse sua atenção. Era onde eu podia extravasar todos os meus sentimentos por ele, mesmo que saíssem cheios de espinhos, afiados como uma navalha.”

É por estar exausta de ver Simon definhando aos poucos que Penelope vem com a ideia de que talvez uma viagem aos Estados Unidos para visitar Agatha (que abandonou o mundo da magia, indo para lá) não seja algo tão ruim assim. Eles podem visitar a amiga, ela vai ver o namorado que ela namora a distância – e que ela não vê faz muito tempo, e Simon poderá respirar novos ares e descobrir novas coisas sobre si mesmo e sobre o mundo também.

Afinal, o que poderia dar errado em uma viagem inocente entre melhores amigos aos Estados Unidos, um lugar onde a magia é completamente bagunçada e nada está nos seus lugares como funciona na Inglaterra? Nada, certo? Hahahaha.


“Não sinto falta da minha varinha. Não sinto falta da guerra. Não sinto falta de ter que fingir todos os dias que queria ser uma boa feiticeira.
Mas nunca vou pertencer a este lugar.”

Durante todo o livro, eu fiquei com uma sensação meio agridoce dentro de mim. Eu fiquei tão ansiosa para continuar, para saber o que Rainbow tinha reservado porque não conseguia entender como teria uma continuação depois de um final tão fechado, que não tinha ideia de que precisava justamente disso: dessa ideia de saber o que aconteceria depois do encerramento, como cada um deles levaria suas vidas dali pra frente, depois de tanta dor e perdas e sofrimento que eles passaram no livro anterior.

Simon continua um personagem tão maravilhoso quanto eu achei no primeiro livro. Eu vi muita gente reclamando sobre ele, sobre o fato dele estar confuso com tudo e sobre os próprios sentimentos dele em relação a Baz, mas eu achei que era algo completamente compreensível. Ele passou a vida inteira ouvindo que ele era o escolhido, ele era um herói, o maior dos magos. E agora ele nem ao menos tinha mais magia para se proteger sozinho. Era de se entender que isso mexesse com a cabeça dele.


“Quero pegar sua mão e mantê-lo aqui comigo, em meio à grama. Você ainda é meu?, eu perguntaria. Ainda quer isso?
Mas não faço nada.
Porque não quero ouvi-lo dizer que não.”

E também temos Baz, que nesse livro continua tão derrotado de amor por Simon como ele foi no primeiro livro. É possível ver, durante o ponto de vista dele, o quanto ele sente doer por estarem passando por esse momento difícil, por ele não saber o que fazer não só para animar Simon, mas para garantir que Simon não deixe ele.

E Penny, assim como no primeiro livro também, é maravilhosa. O desenvolvimento que as coisas que acontecem no início desse livro fazem ela ter, é simplesmente perfeito. É sempre bom ver como os personagens sempre tem o que amadurecer e melhorar.


“Simon Snow, dói olhar para você quando está feliz assim.
E dói olhar para você quando está deprimido.
Não há um momento seguro para olhar para você, nada em você que não arranque meu coração do peito e o deixe exposto e vulnerável.”

Confesso que eu gostei muito mais da Agatha agora, nesse segundo livro do que no primeiro. Ela parece mais a vontade com quem ela é e em decidir o que ela quer ou não e não precisar ficar escondendo atrás de uma máscara, ela está bem, bem, bem melhor.

Nesse livro somos apresentados também a dois novos personagens (alguns outros, mas esses são mais importantes) que é o Shephard, aparentemente um humano normal mas que sabe tudo sobre magia e sobre os seres mágicos e também Lamb, um vampiro de mais de 300 anos que sabe muito – e quer muito ensinar Baz.


“Mas se você não soubesse de nada, se tivesse nascido normal, ou simplesmente ignorante, e visse a magia em ação, se testemunhasse um milagre com seus próprios olhos… deixaria para lá? Se tivesse um vislumbre de um mundo secreto, fingiria que nada aconteceu? Ou passaria o resto da vida tentando descobrir uma porta para ele?”

Como eu disse ali em cima, toda a história passando me deixava com uma sensaçãozinha no peito que não é ruim, mas também me deixava meio triste. Ao passo que eu gostei bastante dos desenvolvimentos, gostei de um modo do plot num geral, eu também tinha aquela sensação que nós temos (principalmente fãs da Cassie que estão acostumados com isso) que ninguém nunca é realmente feliz nos segundos livros.

Claro que isso não me desanimou para ler o terceiro e último livro da trilogia (oi, Seguinte, manda notícias <3), muito pelo contrário. A forma com que o livro termina, nos deixando com mais perguntas do que respostas sobre o que pode possivelmente vir por aí, me deixou completamente louca de curiosidade. Mal posso esperar a hora da continuação e, se você ainda não começou, vai ler logo!

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