26.11

“Futuros Malfeitos, Pretéritos Imperfeitos”
Felipe Castilho
Narração: Zeza Mota, Thiago Ubaldo
Duração: 01h43m10s
Tamanho: 24.13 MB
Produção: Tocalivros Studios
Editora: Independete
Material de Apoio: Não
Data de Lançamento: 27/08/2018
Disponível: Compra, Clube do Audiolivro e Assinatura Ilimitada

Um futuro próximo onde absolutamente tudo pode ser resolvido por um aplicativo – até mesmo a encomenda de sua morte.
Uma garota e seu melhor amigo: um menino afogado.
Uma maldição de pai para filho e um acerto de contas entre monstros.
Uma cidade dividida em castas e o inimigo público número 1 de seu governo: um encapuzado que rouba dos ricos para dar aos pobres.
Em quatro contos que se alternam entre o pessimismo de futuros cinzentos e a esperança contida em corações machucados no passado, Felipe Castilho (autor do best seller “Ordem Vermelha: Filhos da Degradação” e da saga “O Legado Folclórico”) apresenta histórias de fantasia e ficção científica forjadas em um presente incerto.

Antes de começar, me permitam lembrar quem é a Tocalivros, que se tornou nossa parceria no mês passado. A Tocalivros oferece um plano de assinatura por R$ 19,90 e você pode ouvir qualquer livro de todo acervo de audiolivros da plataforma – e são mais de 4 mil títulos. Mas sabe o melhor? Você pode testar completamente grátis por 15 dias criando sua conta clicando AQUI e preenchendo o formulário. E ah, você pode ouvir offline, ou seja, sem gastar seus dados se estiver no 3G, algo que também é ótimo. A plataforma é simples, intuitiva e muito, muito fácil: não tive qualquer problema em acessar o site, criar minha conta e acessar o audiolivro de minha escolha. Depois disso, baixei o aplicativo no meu celular e tudo continuou bastante simples. O livro ficou na minha biblioteca e o player é muito simples, além de colocar a disposição outras velocidades: a velocidade normal (1x) até 3x. No navegador em seu notebook, o player aparece do lado esquerdo, enquanto que no celular, é centralizado. Você ainda pode retroceder com facilidade 30 segundos, bem simples mesmo, com um toque em um botão. E ah, se você escuta no navegador e depois volta para o celular ou o inverso, o audiolivro para exatamente aonde você o deixou, o que é ótimo e muito prático.

E agora… vamos a “Futuros Malfeitos, Pretéritos Imperfeitos”, livro de contos do autor Felipe Castilho. São 4 contos unidos em um único audiolivro, somente encontrado nesse formato, que me impressionou bastante por tratarem de temas tão dispares e, ao mesmo tempo, focados em como o passado está presente em nosso presente e pode determinar nosso futuro.

O 1º conto, “Você sabe por que estou aqui”, me jogou em uma espécie de episódio de uma distopia (alô, Black Mirror hahahaha) aonde todos podem encomendar o que quiserem por aplicativos, até mesmo a morte, como já sabemos. Há aqui uma reviravolta no enredo, a qual obviamente não comentarei. Raul, o personagem principal, é basicamente um motorista de Uber, voltado para a levar seu passageiro Paulo, o qual ele descobre, com espanto, ser um padre. Parece somente um dia comum, mas obviamente não será, e até o final do conto, vamos saber o motivo de tudo estar acontecendo e, principalmente, entrar em uma ação inesperada. Raul é o personagem principal, mas quem roubou a cena, para mim, foi Paulo, a quem me deixou com tantas, mas tantas perguntas que nem sei por onde começar a enumerá-las. É um conto bom e satisfatório.

Na sequência temos o conto “A inexistência do Inferno”. Cris, o personagem principal, é um personagem da série “O Legado Folclórico” do autor. Já tinha ouvido falar da série do autor, mas nunca tinha lido, e agora, depois de ouvir esse conto, realmente fiquei com vontade de ler. Temos aqui a mitologia dos velhos e bons lobisomens trazidos para o Brasil, aonde Cris se transforma em um lobo-guará – tem algo mais legal do que isso? A narrativa aqui é não linear, misturando o presente, aonde Cris trabalha como motorista de um ônibus escolar, e o passado, contando a infância do lobinho. É de partir o coração as passagens dele sendo criança em uma cidade tão pequena aonde desconfiam de sua herança genética (aqui é assim determinado), ainda mais com o paralelo que há entre os adultos que o cercam quando adulto e as crianças que fazem a vez quando ele é adulto. Sério, eu me apeguei ao personagem nesses 40 minutos e quero muito saber mais sobre ele!

Ele era feito por fora, mas era ai que terminava o seu horror.
O azar era meu por estar presa em um mundo cercada de gente bonita, saudável, vida e monstruosa.

Então temos “O que separa as coisas ”, que, pra mim, é o melhor conto dos 4. Aqui temos uma menina, uma criança, que começa a ver um fantasma do no corredor de sua casa e seu “relacionamento” com ele durante seu crescimento. É doloroso ouvir a narração de quando ela enfrenta o preconceito que acontece pelo motivo dela ser quem é e o conforto que ela encontra em quem menos acreditamos ser capaz de lhe dar. Não quero mesmo falar muito sobre e estou sendo bastante vaga de propósito, mas realmente gostaria que mais pessoas ouvissem este conto para serem tocadas por ele como eu fui, e entender que o maior medo que temos de ter não é de criaturas, fantasmas, zumbis, lobisomens – e sim do próprio ser humano e sua falta de empatia.

Por fim temos “Atrás das cortinas, Atrás das muralhas”, um conto que traz um personagem chamado João que mora nesse futuro distópico aonde todos seu lugar demarcado, e ele, por ser gordo, foi tirado de sua família e jogado em uma casta inferior, que passa a limpar banheiro até o dia que descobrem seu talento para cantar. Levado para cantar para as mais altas castas, ele se depara com uma figura chamada “Capuz” que é basicamente um Robin Hood dentro daquele universo aonde os ricos e poderosos decidem o destino dos outros com uma facilidade extrema de quem não quer mudar em nada no sistema. Confesso que o conto me frustrou justamente por ser somente um conto e eu não saber mais sobre aquele universo e aonde os personagens iriam terminar realmente porque há muito, muito mesmo para se saber aqui.

O audiolivro é uma ótima, mas ótima mesmo, companhia. Basta colocar os fones e pronto, fui transportada para dentro do universo do livro e confesso que gostei mais do que imaginei que iria gostar ao escolher o título – não por esperar pouco, mas porque esse audiolivro foi narrado de uma forma muito, muito dinâmica mesmo, e que nem ao menos parecia que o tempo estava passando. Ele é curto, como tem nas informações acima, menos de 2 horas, e os dois narradores aqui foram incrivelmente bons em seu trabalho. Nota 10 para a narração aqui!

Para quem gosta de distopias e um pouquinho de terror, a sua chance de apoiar um (ótimo) escritor nacional, conhecer o formato audiolivro (para quem não conhece, claro) e ainda conhecer estórias que definitivamente merecem ser ouvidas, mostrando que o futuro pode ser malfeito e o prefeito pode ser imperfeito, mas o presente pode (e deve) ser bastante agradável com livros que nos acompanham.

Para ouvir “Futuros Malfeitos, Pretéritos Imperfeitos” basta vir na Tocalivros, ele está disponível com exclusividade.

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