17.11

Sinopse: Do mesmo autor de O homem de areia e Stalker, mais um excepcional thriller da série Joona Linna. Sucesso em dezenas de países, O caçador é um conto moderno sobre vingança e obsessão.

O detetive Joona Linna passou dois anos em uma prisão de segurança máxima quando recebeu uma inesperada visita. A polícia precisa de sua ajuda para deter um misterioso assassino: o chamam de O Caçador de Coelhos, pois a única conexão entre suas vítimas é que ouvem uma canção de ninar sobre coelhos antes de morrer. Joona agora tem a chance de sair da prisão para, com a policial Saga Bauer, tentar desvendar quem é esse misterioso caçador e salvar seus próximos alvos. Mas o que aparentemente parece ter motivações terroristas se transforma em um dos casos mais complexos de sua carreira.
Em O caçador, o romance mais vendido da Suécia e da Noruega em 2016, Lars Kepler apresenta novamente sua fórmula imbatível: ritmo frenético, situações limite e personagens impagáveis.

“Com um detetive cativante, um assassino em série hediondo e muito suspense, O caçador confirma Kepler como o mestre dos romances policiais psicológicos, mostrando o lado sombrio da humanidade.” — Library Journal

“O caçador segura o leitor desde o início. O livro se desenrola em ritmo alucinante e parece ter sido feito para a tela do cinema.” — Bookpage

[ALERTA DE GATILHO: Tentativa de estupro, mortes gráficas, uso de drogas e overdose]

Antes mesmo de terminar esse livro, eu estava me perguntando como diabos eu escreveria essa resenha e não era por odiar o livro, longe disso: eu amei cada página dele. Mas porque eu simplesmente estava torcendo demais para que o assassino, o “Caçador” conseguisse completar sua vingança desde o momento que entendi o planejamento dele e entendi quais os motivos o levaram a chegar a esse ponto.

Claro que a minha mente entende que nada justifica a forma que ele agiu e as coisas que ele fez, mas ainda assim tudo tem um propósito: ele não é apenas uma pessoa que enlouqueceu um dia e saiu matando todo mundo. Mas bem, vamos do principio e logo nós chegamos lá!

Dez coelhinhos, todos de branco enfeitados,
Tentaram chegar ao céu na ponta de uma pipa amarrados
Rompeu-se a linha da pipa, todos despencaram,
Em vez de irem para o céu, todos eles acabaram…
Nove coelhinhos, todos de branco enfeitados,
Tentaram chegar ao céu na ponta de uma pipa amarrados…

“O Caçador” é o 6º livro da coleção “Joona Linna”, que fala do detetive Joona (dã!) e as investigações que ele está fazendo. Eu não li os três primeiros, li apenas “Homem de Areia” antes (e você pode ver a minha resenha desse livro AQUI) e depois desse livro veio Stalker, que eu também não li antes de ceder à tentação e me afundar na história que “O Caçador” trazia. Assim como eu falei na resenha de “Homem de Areia”, não fez realmente muita falta ler o livro anterior, porque o grande foco do livro geralmente são suas investigações e todos os pormenores de relacionamentos, de acontecimentos passados, são mencionados e explicados quando são importantes.

Em “O Caçador”, nós já começamos com uma cena pesadíssima: uma garota de programa foi levada por um homem que se diz chamar Willie para a casa dele, com a promessa de que ele pagaria (e pagaria muito) se ela permitisse que ele realizasse o desejo dele com ela. Ela, é claro, concorda com isso, mas o homem a passa para trás e a dopa, querendo apenas abusar da garota e fazer tudo que tem vontade com ela. É aí que somos apresentados a primeira vez ao Caçador de Coelhos, como ele se denomina: ele invade a casa onde a garota está e aparentemente nem ao menos nota a presença dela lá, apenas parte para fazer o que queria fazer: matar o homem.

“Ao longo dos anos, a pessoa percebe que é capaz de suportar todos os tipos de rachaduras na sua autoimagem e ainda assim aferrar-se à sensação de segurança.”

Como no início do livro, o detetive Joona Linna está preso, esse caso vai parar nas mãos de Saga Bauer (que é uma personagem que também aparece em “Homem de Areia”) e ela começa a tentar entender não só porque aquela morte ali ocorreu, mas como um assassino, aparentemente muito profissional, deixou para trás uma testemunha do que ele fez.

Conforme o caso vai se desenrolando, Saga precisa da ajuda de Joona e entram em contato com ele dentro do presídio, porque eles não acreditam nem por um minuto que aquela morte ali seria a primeira e última. As coisas vão seguindo em frente e é aí que Saga e Joona se dão conta que estão no meio não só de um caso horrendo de um assassino que tem mais uma lista de vítimas pela frente, como também tem que lidar com a própria polícia, por questões políticas, tentando atrapalhar a investigação e impedir eles de descobrirem o que estava por trás.

“Um “assassino-relâmpago” é “uma pessoa que comete dois ou mais assassinatos sem nenhum período de reflexão”, de acordo com o FBI.
Nenhum assassino se encaixa perfeitamente em nenhuma definição; contudo, dispondo do conhecimento adequado, pode ficar mais fácil encaixar algumas das peças do quebra-cabeça.
Um assassino em massa comete seus assassinatos em um só lugar, ao passo que um assassino-relâmpago se desloca.
Um assassino em série muitas vezes sexualiza seus assassinatos, enquanto um assassino-relâmpago racionaliza seus crimes.
O intervalo entre os assassinatos raramente é superior a sete dias.
Joona olha para os pedriscos de areia no peitoril da janela.
Dez coelhinhos.”

Eu gostaria e MUITO de me aprofundar mais ainda no plot, porém se eu fizer isso, acaba com toda a surpresa que o livro reserva e vale muito a pena ler ele sem saber o que virá pela frente, cada página deixando na gente aquela leve angústia de querer saber mais e mais sobre a história, saber mais sobre a motivação do caçador de coelhos e o que ele pretende concluir com essas mortes.

Joona Linna continua bem exatamente como eu me lembrava dele em “Homem de Areia”: ele é um brilhante detetive. Brilhante demais. Ele enxerga coisas que as outras pessoas não notam e ele vai atrás, ainda que nem sempre pelas vias corretas, para poder resolver todos os mistérios que se abrem na frente dele. E sobre a Saga… Eu nem sei o que falar. Se eu já amei ela no livro que li anteriormente, em “O Caçador” ela terminou de roubar meu coração. Se tem algo que eu adoro em mocinhas é que elas não simplesmente desistem na frente do primeiro não e vão atrás da verdade e de ajudar os outros, custe o que custar.

“Ele recupera o controle de si mesmo. Está calmo e focado novamente. Sabe que não pode ceder a sua raiva, não pode mostrar seu rosto hediondo, nem mesmo quando está sozinho.”

Mas eu não posso deixar de falar aqui sobre o Caçador de Coelhos. Não posso MESMO. Fazia muito, muito tempo em que uma história de assassino não me intrigava tanto assim e me fazia torcer para que, pelo menos, ele conseguisse terminar o serviço de vez (eu sei, sou uma péssima pessoa, mas acho que muita gente concordaria comigo ao ver as motivações dele). Ele não apenas é completamente focado naquilo que ele quer, como também é um dos vilões mais inteligentes que eu já vi.

Não existia absolutamente nada que ele não fosse capaz de antever depois de ter passado 30 anos planejando essa lista de execução, cada pequeno passo ele tinha gravado e até mesmo as coisas que poderiam dar errado nesses passos. Ele era completamente uma máquina de matar e eu nem me arrependo de ter torcido por ele, porque inteligência em vilões – não só inteligência de esperteza, mas inteligência emocional para fazer o que devia ser feito sem surtar… Não é sempre que vemos por aí. É um personagem profundamente complexo.

“Se é assim, então por que foi poupada? É o que Saga se pergunta quando para na frente do carro, plenamente consciente de que eles ainda não têm a menor ideia do que o assassino quer.”

Também tem outros personagens que são igualmente importantes no livro: Rex, que é um chefe de cozinha renomado, mas que tem problemas com bebida e é uma das pessoas na lista de execução do caçador de coelhos, além de Sammy, o filho dele. Nós também vemos alguns outros personagens que eu já vi em “Homem de Areia” e que fazem suas participações ali durante a investigação.

Uma das coisas mais interessantes é que, assim como em Homem de Areia, nós somos apresentados ao assassino(a), de duas formas diferentes: ele(a) é um dos personagens recorrentes no livro e ao mesmo tempo, quando vemos do ponto de vista dele, ele se chama o tempo todo de caçador de coelhos, deixando sempre aquela pulguinha atrás da orelha de quem você pode ou não confiar. (Eu levei um tempo para descobrir quem seria o caçador de coelhos, mas eu descobri apenas por uma frase que achei que era muita coincidência, mas não vou dar esse spoiler aqui!)

“— Me desculpe.
— Você não tinha como prever qual seria o andamento da operação, ninguém é capaz de fazer isso — Joona diz calmamente. — Você faz o seu melhor, mas ainda assim às vezes as coisas dão errado. Você pagou um preço alto.”

Eu estou COMPLETAMENTE apaixonada pela história desse livro e eu acho que todas as pessoas que amam livros policiais e de suspense, deviam checar ele. Só que, como eu avisei ali em cima, ele tem uns gatilhos que é bom deixar avisado – e as mortes do livro são bastante gráficas em algumas partes, então vale a pena deixar o aviso aqui mesmo.

Se você gosta de livros dessa forma, dê uma chance para esse livro. Eu posso afirmar com a mais absoluta certeza que você não vai se arrepender, ele definitivamente entrou para o meu top 10 de livros do ano!

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1 comentário em “Resenha: [Joona Linna #6] O Caçador – Lars Kepler”



  1. Danilo disse:

    Qual é o próximo livro da série?? Aquele final deu um super gancho.



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