30.10

Sinopse: “Um simples pedaço de papel
pode mudar a sua vida em um instante”
Mira é uma garota comum que, sem
saber, possui um destino grandioso.
Desse modo, ela é apresentada a
um mundo novo cheio de magia e beleza.
Porém, o perigo está à espreita,
e o verdadeiro inimigo não se trata
de um homem e sim da Morte.

A Última Sacerdotisa” é um livro que nós ganhamos da autora Clara Formatti, então queria agradecer primeiramente a ela por ter nos presenteado com esse livro <3

O livro conta a história de Mira que é, como diz o título, a última sacerdotisa. Mira nasceu em um reino que tinha muita magia, algo criado pelos deuses, mas que foi mandada para o reino onde não tinha magia quando era criança, a fim de fugir de seu pai, que queria a morte dela por ela ser justamente quem ela era. No passado, quando sete deuses se juntaram e criaram tudo que existe de magia no reino, incluindo seres que eram mais abertos a sentirem os deuses, que foram chamados de sacerdotes. Porém, o deus da cura, Eluin, não achava certo que existissem seres que pudessem ter o mesmo proposito que ele ou que o deus da natureza. O deus da morte, Temenis, concordava com seu irmão mais velho e foi pela raiva que tinha dos seres humanos por temerem ele e o odiarem, que decidiu se virar contra todos e acabar com tudo aquilo prendendo todos os deuses. Só que ele não conseguia fazer isso com Eluin, que ficou contra ele apesar de concordar sobre os sacerdotes, iniciando uma briga entre os dois.

Depois dessa luta gigantesca, Eluin prendeu o deus da morte, mas não conseguiu libertar os outros deuses da prisão onde estavam – e não conseguia também salvar a floresta mágica que aos poucos começou a morrer. Anos se passaram até Eluin se dar conta que uma nova sacerdotisa tinha nascido e agora ele precisava da ajuda dela para trazer os outros deuses de volta à vida.

“Desse modo, consumido pela raiva, tomado de inveja e ódio, Temenis voltou-se contra os outros deuses, usando a energia na Floresta Sagrada ao seu favor. Ele aprisionou a todos, exceto Eluin, que por ser seu oposto, não podia ser preso pelo poder da morte.”

Mira, como passou o tempo todo morando no reino sem magia, sem ter ideia de onde era ou do seu passado, nem ao menos imaginava os poderes que tinha e as coisas que seria capaz de fazer, tendo seu mundo virado de cabeça para baixo quando sua mãe adotiva foi sequestrada e ela foi levada até um colégio que ensinaria a ela sobre a magia que ela precisava para trazer sua mãe de volta.

Claro que nem tudo são mil maravilhas e estar no colégio não podia ser um mar de rosas, então Mira é levada de uma aventura até a outra, em busca de sua mãe, de respostas sobre o passado dela – e de seu irmão biológico, o responsável pelo sequestro de sua mãe adotiva.

“- Você não teria coragem – o homem o olhou com ódio.
Eu fui sua marionete por muito tempo, pai. Cansei de você ameaçar e atacar a todos. Você é um perigo para o nosso reino. Uma praga que precisa ser exterminada.

Acho que a primeira coisa que eu preciso dizer é o quanto toda a mitologia criada nesse livro conseguiu me envolver em várias partes, principalmente no que dizia respeito aos deuses. Eu fiquei bem encantada em como tudo ali foi desenvolvido de uma forma que nos deixa querendo mais, querendo saber mais sobre os deuses e sobre quem eles eram e quem viriam ser.

Os personagens do livro também são muito bem desenvolvidos. Mira é uma boa mocinha, que se frustra com ela mesma por não conseguir controlar seus poderes e ser tudo que dizem que ela realmente é, mas que é fácil de entender: seria irreal ela simplesmente conseguir controlar tudo assim da noite para o dia, então ver ela amadurecendo os poderes que tem aos poucos, dá um quentinho gostoso no coração.

“- Você também não gostou dele? – ela perguntou ao deus, sorrindo. A expressão de preocupação havia deixado o rosto dele.
Ele queria te levar diretamente à Idys, não importava sua condição. Como se eu fosse deixar.
Mira sorriu com o comentário, mas não disse nada.”

Junto de Mira, nós temos Kendra, a melhor amiga da nossa protagonista, é uma personagem muito forte e cheia de personalidade. Eu gostei muito do desenvolvimento dela e de como ela era forte e estava sempre ali por Mira.

Além das duas garotas tem outros personagens que eu preciso fazer uma menção honrosa e são eles: Eluin, o deus da Cura. Acho que eu criei um pequeno crush por ele com todas as cenas que ele aparecia e queria que ele aparecesse muito mais, não vou negar. Jack e Dylan também, eu sinceramente não sei o que falar além de que: que plot twist foi aquele, menina? Eu fiquei absurdamente surpresa e adorei demais. Certamente eu não vi isso vindo de modo algum.

“- O que você fez? – perguntou Mira. – Qual era sua missão?
Mirelle sorriu.
Assassinar alguém.

Eu queria falar também sobre os relacionamentos de Mira, tanto com Kendra quanto com Eluin. O laço forte que existe entre Mira e Kendra, que é reforçado quando temos um pequeno flashback das duas pequenas, é uma das coisas mais maravilhosas que eu achei nesse livro. Eu realmente amei a amizade das duas, eu adorei como elas se apoiavam o tempo todo.

E Eluin… Já falei que ele é meu crush, né? Enfim. Eu comentei com minha amiga enquanto estava lendo que o relacionamento dele com Mira era o que me deixava mais curiosa, principalmente pelo passado dele, de não querer saber dos sacerdotes, agora tendo que contar tanto assim com uma – e cuidar dela e proteger ela. E achei bem legal a forma como isso ficou colocado no final do primeiro livro.

“- Mas roubar é errado. Mesmo que a recompensa seja boa. – disse a morena.
Você tem razão, mas nesse caso é necessario. Além disso, as ervas não pertencem mesmo à eles.
Fumar e agora roubar. Você dá péssimos exemplos. – Mira respondeu.
Talvez. – disse Eluin rindo.”

Outra coisa que eu achei muito interessante e queria frisar bem aqui na resenha, é que eu amei a representatividade nesse livro. E não só a representatividade, mas que a autora não deixou de usar os termos certos (nada de “pele dourada” para designar pele negra por aqui, pessoal). Achei que isso contribuiu bastante no aproveitamento da leitura.

Só algumas coisas que me incomodaram um tantinho durante a leitura, mas isso é um gosto pessoal meu: a quantidade de pontos de vista. Eu tenho um certo problema em gravar nomes de personagens, isso em tudo que eu consumo, então ter tantos pontos de vista com tantos personagens diferentes (porque sim, o livro tem muuuuuuuuuito mais personagens do que eu mencionei aqui), me incomoda um pouco. E me atrapalha porque quando estou envolvida completamente em uma parte do plot, a mudança de ponto de vista me levava para um lado que eu não estava particularmente interessada (porque tinha várias coisas acontecendo ao mesmo tempo na história) me deixava meio frustrada.

E também, dependendo do ponto de vista onde estava, ficava um pouco confuso as explicações, era difícil de saber quem estava falando com quem em alguns pontos.

Mas fora isso, é realmente um livro bom, com uma boa mitologia criada e que tem um plot twist enorme no final, que me deixou completamente chocada, além do gancho que ele termina que apenas me deixou com vontade de ler o próximo!

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