Sabe aquele tipo de seriado “Guilty Pleasure” que você secretamente adora assistir? Acabei encontrando dois desses na Netflix nas últimas semanas. Não vou mentir, realities não são muito a minha praia, de verdade. Maaaaas esses dois abaixo ganharam um pedacinho do meu coração, e vou dizer pra vocês porque!
O primeiro deles é “Love Is Blind”. Eu, pessoalmente, nunca foi o tipo de pessoa muito fã de Tinder e esse tipo de aplicativo. Acho meio esquisito julgar todo o conjunto de tudo que alguém pode ser por meia duzia de fotos. E é exatamente disso que se trata esse reality. “Love Is Blind” é um experimento realizado por um casal, e o objetivo é testar se o amor é cego ou não. A moral consiste em colocar todos os participantes em um mesmo ambiente, divididos em homens e mulheres, e isolá-los em pequenas cabines, onde eles terão “encontros”, mas sem poder se ver. Os participantes podem conversar, cada um em sua cabine, com uma parede entre eles. Quando uma das duas partes (após ter um encontro com vários dos outros participantes) sente que encontrou sua cara-metade, este pode pedir a outra pessoa em CASAMENTO, e só então o casal se encontra cara a cara. Depois de se encontrarem, são levados a um resort, onde podem passar um tempo criando um laço físico, e a partir daí eles têm 30 dias até o casamento.
PRÓS: Achei toda a ideia de conectar pessoas através da conversa e das similaridades ao invés da aparência física muito, muito legal mesmo. Acho que é o que falta no dia de hoje. É muito fácil julgar alguém pela aparência e descartar a pessoa porque ela não seria o que você espera de um(a) parceiro(a) ideal sem antes se abrir para a possibilidade de conhecê-la, ou julgar que alguém é a pessoa certa para você pela aparência e acabar se decepcionando, porque, bem, o conteúdo do livro nem sempre está de acordo com a capa, não é mesmo?
CONTRAS: Não gostei muito da ideia do casamento. Achei a proposta da maneira como as pessoas se conhecem e se conectam super válida, mas é, na MINHA opinião, meio doido partir de uma simples conversa para a obrigação de casar com alguém que você não conhece tão bem assim. Eu entendi que isso foi feito para dar intensidade ao experimento e tornar todo o reality mais divertido, mas achei um pouquinho demais. Também senti falta de uma participação LGBT+, e acho que se houver uma próxima temporada, isso é algo que eles pode explorar, também.
No geral, gostei bastante do reality e da proposta, acho que se as pessoas procurassem sua outra metade mais pelo conteúdo e menos pelas aparências o mundo no geral seria melhor, e todos nós nos decepcionaríamos mesmo, não é verdade? Achei toda a produção muito legal e não vou mentir que meu lado “intrigueiro” amou todas as brigas e discussões que apimentaram a primeira temporada. Você pode conferir o trailer de “Love Is Blind” aqui, e o último episódio da série foi ao ar na Netflix HOJE! Então corre lá e assiste!
Ok, dos dois esse foi o reality que eu mais gostei, por algum motivo fútil que não compreendo em mim, hahaha. The Circle é um reality no qual os participantes vivem juntos em um mesmo prédio, cada um em um apartamento, e participam todos de uma rede social, o Circle. Nessa rede social, controlada por voz, você deve criar um perfil, com fotos, status, e biografia, e pode escolher ser você mesmo, oooou, criar um fake. Depois de todos os participantes criarem seus perfis, eles começam a interagir, e os mais populares vão eliminando os menos populares, até eleger o influenciador final do Circle, que recebe um prêmio de cem mil dólares. Eu não sei exatamente porque gostei tanto desse reality, só sei que quando comecei a assistir não consegui mais parar! Alguns dos participantes são meio otários, e outros pessoas genuinamente boas. Foi muito engraçado acompanhar Joey (de longe o meu favorito no Circle, mas que no começo DETESTEI), e Sammie (GIRLPOWER!!!!!) e, foi, de verdade, interessante ver como as pessoas criam conexões. Também foi muito triste ver quando algum participante realmente se apegava a alguém e essa pessoa acaba sendo um fake. Mas não vou dar mais spoilers!!!
Prós: O reality é realmente divertido, e como eu disse acima, é super interessante ver o que leva uma pessoa a criar laços com a outra. É super fácil de se identificar e se apegar a cada um dos participantes, e esse reality é uma ótima maneira de aprender que nem tudo que tá na internet é verdade, e nós devemos ser cuidadosos com o que postamos por aí e as pessoas em quem confiamos online! Mas também nos mostra que é possível fazer verdadeiros amigos através da internet, e que, se bem usada, ela pode ser uma ferramenta do bem 🙂
Contras: Acho que eles podiam ter mostrado um pouco mais a interação de alguns participantes, e acho que o jogo poderia ser um pouquiiinho mais apimentado. Também não gostei da maneira como o vencedor (apesar de ter gostado muito do resultado) foi escolhido. Achei que foi muito rápido.
The Circle, está, aliás, ganhando uma versão brasileira, que vai chegar a Netflix em Março e será apresentada pela Gio Ewbank, você pode conferir o trailer dessa versão clicando aqui, e, enquanto ela não chega, assistir à versão americana, e seu trailer, clicando aqui.
Minha nota, para as duas, vai ser quatro, gostei bastante do conteúdo mas achei algumas das falhas dos realities bem óbvias, e poderiam ser consertadas facilmente, se você realmente para pra pensar. De qualquer jeito, vale a pena sentar e assistir com seus amigos para dar risada, naquele dia de chuva, com seu chocolate favorito e um balde enorme de pipoca do seu lado 🙂