10.01

Sinopse: É outubro e a neve de outono começa a cair em Copenhagen, deixando os dias mais curtos e as noites mais sombrias… e pelas ruas geladas e escuras, um psicopata aterroriza a cidade. Em uma manhã tempestuosa em um tranquilo bairro de Copenhagen, a polícia faz uma descoberta sinistra: o corpo de uma mulher brutalmente assassinada, com uma das mãos faltando. Sobre ela está pendurado um pequeno boneco feito de castanhas. O caso é entregue à ambiciosa detetive Naia Thulin e a seu novo parceiro, Mark Hess, um investigador introspectivo que acabou de ser expulso da Europol.

Logo se descobre uma evidência ligando o sr. Castanha a uma garota desaparecida há um ano: a filha da política Rosa Hartung. O homem que confessou tê-la sequestrado e assassinado está atrás das grades e o caso foi encerrado há tempos ― e qualquer insinuação contrária causa disputas e inimizades na corporação. No entanto, quando novas vítimas e novos bonecos aparecem, Thulin e Hess acham cada vez mais difícil ignorar a conexão entre o caso Hartung e o novo serial killer.

Mas que conexão seria essa? E como impedir o assassino de continuar sua caçada, se ele parece sempre um passo à frente da polícia?

As Sombras de Outubro traz o melhor do estilo thriller noir, acrescentando ao suspense clássico uma boa dose de energia. Sveistrup retrata seus personagens com sensibilidade e mostra como romances policiais podem fazer críticas contundentes às realidades sociais.

Tudo que Naia Thulin mais quer é dar o fora daquela corporação. Não por ser tratada mal ou algo do tipo, mas porque ela tem certeza absoluta de que ela tem muito mais a oferecer do que está sendo usado ali. Ela apenas quer que seu chefe a indique para a vaga que foi oferecida para ela em outra equipe para que ela possa dar o fora. E o mesmo acontece com Mark Hess. O homem acabou de ser “expulso” da Europol e foi mandado para a corporação como uma especie de castigo enquanto ele espera decidirem se vão aceitar ele de volta lá.

Então um dia, os dois como parceiros, vão investigar a morte de uma mulher e enquanto investigam isso, outras mortes ocorrem e eles começam a se ver presos em uma teia muito mais complexa de um assassino que, como diz a sinopse, parece estar anos luz a frente deles em tudo que eles estão investigando.

“Ela entende o que a voz está dizendo, mas não consegue acreditar. A dor das palavras é maior que a dos outros ferimentos.”

Na cena do crime, eles descobrem um pequeno bonequinho feito de castanhas e isso poderia apenas ser considerado algo normal, se não fosse pela parcial de digital encontrada no bonequinho, que levava diretamente a um caso já concluído pela policia: uma menina de 14 anos, filha de uma politica que trabalha cuidando de problemas familiares desapareceu um ano atrás e como nunca foi encontrado nada que levasse a ela, a menina foi dada como morta.

Então como a garota morta estava deixando por aí as suas digitais em cenas de crimes? E o que isso queria dizer para a politica Rosa Hartung? E mais ainda, porque todas as moças mortas pareciam ter tido um motivo para serem investigadas pelo serviço social pelos filhos sofrerem maus tratos? Tudo isso se torna uma bola de neve enorme e eles não conseguem se soltar, os dois querendo chegar até o fim dessa investigação, que eu asseguro a vocês, tem um encerramento de tirar o folego.

“É uma coisa pequena, mas importante. Não se pode deixar que os mortos ofusquem os vivos. Foi o que disseram os psicólogos e terapeutas, e ele sente com todas as fibras do seu corpo que estavam certos.”

Desde o primeiro momento que eu peguei esse livro nas mãos, eu me senti transportada diretamente para a série “The Killing”, que é uma série que tem atualmente na Netflix e foi feita pelo mesmo autor. Eu não sei se isso foi algo que ele fez de proposito, mas até mesmo os personagens principais detetives lembram muito os detetives da série na personalidade.

E não só por isso, mas porque é uma história realmente BOA e que te prende porque cada pagina que você passa, você sente mais vontade ainda de seguir adiante e descobrir o que diabos está acontecendo e porque está acontecendo e isso chega a ser enlouquecedor. Eu confesso que teve um ponto na história em que eu cheguei a desconfiar dx assassinx, mas é tão bem feito e tão bem construído que depois de algum tempo eu descartei isso porque pensei “nah, é só loucura minha”, até que por fim realmente era uma das pessoas de quem desconfiei em algum ponto.

“E, antes que ele percebesse, estava em uma casa na qual o luto se prendia às paredes como piche. E aquilo sempre fazia com que ele sentisse vontade de fugir aos gritos de qualquer lugar.”

Eu sou meio suspeita para falar sobre os personagens principais, porque como eu disse ali em cima, eles me lembram em tudo dos detetives de “The Killing” e essa é uma as minhas séries favoritas e eu amo tanto os dois principais, que realmente eu só queria ler mais e mais sobre o que se passava na cabeça de Hess e de Thulin e de como eles pensavam para desvendar aquele quebra-cabeça.

Em contra parte, os outros personagens de quem nós vemos (porque são MUITOS povs, vou falar mais disso mais abaixo), chegavam a me deixar com vontade de bater a cabeça na parede porque não era possível que fizessem tantas coisas burras por segundo. Como todo bom livro policial, é fundamental manter o suspense e é fundamental também ter aquelas pessoas que fazem cagada pras coisas darem errado e o/a assassinx ir mais adiante, é claro, mas não deixa de ser frustrante (e não digo isso como uma critica, porque para você ficar frustrada com ações de um personagem que não é tão importante, é porque a história está funcionando!)

“Depois da visita à casa da família Hartung, ele precisava respirar um pouco. Tinha alguma coisa o incomodando, e não era só o luto. Era um detalhe. Algo que ainda nem tinha virado um pensamento; ou talvez tivesse, mas provocou uma enxurrada de perguntas que sua mente consciente se apressou a afastar — ele simplesmente não queria lidar com aquilo.”

Se teve uma coisa no livro todo que me incomodou bastante foi realmente o excesso de pov’s. Acho que se tivesse permanecido nos três pov’s principais (Hess, Thulin e da politica Rosa Hartung) e ocasionalmente entrasse um ou outro, seria menos confuso, porque até mesmo o zelador do prédio de Hess teve pov em algum ponto do livro em coisas que não eram necessárias realmente e também tinham MUITOS personagens, então foi bem difícil gravar assim todos nomes, mas só essas duas coisas que me incomodaram mesmo.

A conclusão do caso é uma das melhores conclusões que eu já vi na vida, sinceramente. Porque ao mesmo tempo que você pode descobrir quem é a pessoa por trás de tudo, também é muito surpreendente como você descobre e principalmente as motivações da pessoa para cometer os assassinatos. E, apesar de ter concluído o caso, ele certamente deixou um espaço aberto para escrever sobre os dois detetives novamente algum dia e sinceramente? Eu espero que escreva sim!

Se você gosta de livros de perseguição policial, um certo suspense e principalmente muitas pistas e tentar montar quebra-cabeças, esse livro foi feito pra você!

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Travessa.

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