29.11

Sinopse: Uma história única e envolvente sobre dois jovens que devem enfrentar a eletricidade do primeiro amor em meio às sutilezas das classes sociais e dos problemas familiares. Sally Rooney é a voz da geração millennial.

Na escola, no interior da Irlanda, Connell e Marianne fingem não se conhecer. Ele é a estrela do time de futebol, ela é solitária e preza por sua privacidade. Mas a mãe de Connell trabalha como empregada na casa dos pais de Marianne, e quando o garoto vai buscar a mãe depois do expediente, uma conexão estranha e indelével cresce entre os dois adolescentes – contudo, um deles está determinado a esconder a relação.

Um ano depois, ambos estão na universidade, em Dublin. Marianne encontrou seu lugar em um novo mundo enquanto Connell fica à margem, tímido e inseguro. Ao longo dos anos da graduação, os dois permanecem próximos, como linhas que se encontram e separam conforme as oportunidades da vida. Porém, enquanto Marianne se embrenha em um espiral de autodestruição e Connell começa a duvidar do sentido de suas escolhas, eles precisam entender até que ponto estão dispostos a ir para salvar um ao outro. Uma história de amor entre duas pessoas que tentam ficar separadas, mas descobrem que isso pode ser mais difícil do que tinham imaginado.

O fenômeno literário da década. ― The Guardian

Pessoas Normais” conta a história de Marianne e Connell, que se conhecem porque a mãe dele trabalha fazendo limpeza na casa de Marianne e também por estudarem no mesmo colégio, mas eles não podiam parecer aos olhos de todos mais diferentes do que são. Marianne é rejeitada por todos no colégio, que tratam ela como se fosse uma garota esquisita e cometem bullying com ela, ao contrario de Connell, que todos parecem adorar muito, além de ser do time de futebol do colégio, o que garante um certo status a ele, apesar de não ser rico e de uma família importante como Marianne é.

Um dia os dois conversam na cozinha da casa dela e a partir daí, eles entram nesse relacionamento meio confuso. Porém, Connell tem vergonha de assumir um relacionamento com a garota, por medo do que os colegas pensariam deles, então ele convida uma outra menina para ir com ele até o baile do colégio, o que faz com que Marianne abandone a escola, só voltando lá para fazer as provas necessárias para que pudesse entrar na faculdade, além de passar a evitar Connell completamente.

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“Quando conversa com Marianne, ele tem uma sensação de completa privacidade. Poderia contar qualquer coisa a seu respeito, até as coisas estranhas, e ela jamais as repetiria, ele sabe. Estar sozinho com ela é como abrir uma porta para fora da vida normal e fechá-la depois de passar.”

E então meses se passam e as coisas tornam um caminho diferente: quando se esbarram novamente na faculdade, agora Marianne é popular enquanto Connell não consegue mais fazer amigos, o fazendo se sentir absurdamente solitário. E mais uma vez eles entram nessa relação confusa, enquanto o livro sempre vai passando no intervalo de meses, levando nesse tempo todo idas e vindas desse relacionamento e amor que eles dizem sentir um pelo outro – com muito mais idas do que vindas, se eu vou ser bem sincera.

Eu preciso falar que eu fiquei muito frustrada com esse livro. Quando eu li a sinopse dele, logo que saiu, eu fiquei com MUITA vontade de ler ele e botei muita esperança nesse livro, por isso acabei com essa sensação. O livro não é um livro ruim, longe disso. Ele mostra a realidade de um casal que aparenta se amar muito, mas que simplesmente não consegue fazer essa relação dar certo. O que me frustra nesse caso, é que muito do que acontece entre eles poderia ser resolvido facilmente se eles simplesmente sentassem e conversassem.

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“A maioria das pessoas viveriam suas vidas inteiras, Marianne pensou, sem nunca se sentirem tão próximas de alguém.”

Todos os capítulos, como eu mencionei antes, passavam de meses em meses, e enquanto esses capítulos estavam ocorrendo, se passavam flashbacks para explicar o que tinha acontecido até ali, mostrando como tinha sido a vida deles em alguns pedaços (como eles tinham terminado relacionamentos e entrado em outros, por exemplo), como eles estavam também sempre no radar um do outro, mesmo estando a distancia e isso era um pouco incomodo, apesar de nem tanto assim, depois que se pegava o jeito da leitura, ia de um modo mais fácil.

Mas nisso entrava o fato de, passando esses intervalos de meses entre os capítulos, muitas das coisas que aconteciam, ficavam “de fora” e não eram exatamente exploradas. Muita coisa no plot foi jogada ali e então não foi explorada de forma alguma, como a depressão que Connell enfrentou e também o abuso verbal e físico que Marianne passava em casa, nada foi muito aprofundado entre Marianne e Connell além do relacionamento deles e bem, como eu disse que eles não conversavam muito, logo não era explorado de forma alguma.

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“Como seu sentimento por ela poderia jamais ser igual ao sentimento que tinha por outras pessoas?”

E me deixou muito frustrada também algumas coisas do tipo, eles faziam muita questão de nos lembrar o tempo todo como Marianne e Connell eram pessoas diferentes das outras e muito especiais como se fossem floquinhos de neve importantes quando… Na verdade não era bem assim. E não me entendam mal, se teve algo que eu realmente AMEI no livro, foi a personalidade dos dois em um quesito de que: eles eram humanos. Eles tinham falhas e tinham defeitos, chegando ao ponto de serem até um pouco problemáticos e isso é maravilhoso porque ultimamente as pessoas parecem apenas querer personagens perfeitos, e ok, mas como um personagem perfeito vai ter espaço para mudar, se desenvolver e melhorar? Enfim.

Então teve o final que pra mim, bem, não foi um final em aberto. Ele simplesmente acaba, sabe? Como se fosse aquilo ali e paciência. Eu não sei se a intenção a autora foi deixar o final em aberto ou se foi mostrar que aquela ali era a conclusão e pronto, mas definitivamente deixou a sensação de que tinha mais para vir depois e simplesmente foi esquecido.

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“Havia francamente desejado morrer, mas nunca havia sinceramente desejado que Marianne se esquecesse dele. Essa é a única parte de si que almeja proteger, a parte que existe dentro dela.”

Como eu disse lá em cima, não é um livro ruim, eu não odiei ele, mas acho que eu estava esperando tão mais que acabei me decepcionando e frustrando um pouco. Então, não funcionou muito bem pra mim, mas definitivamente teve muita gente que gostou (inclusive lá fora ele faz MUITO sucesso, vai até mesmo ser feita uma série dele – vou falar mais sobre isso abaixo), então pode ser que você goste, se quiser dar uma chance e ver a história por si mesmx!

Como eu tinha mencionado logo acima, uma série de “Pessoas Normais” está sendo gravada e se passará na Irlanda entre 2011 e 2015, assim como o livro. A serie estreia em 2020 pela BBC e pelo Hulu, mas não tem uma data ainda, e a série terá 12 episodios que foram escritos pela propria Sally junto com Alice Birch e Mark O’Rowe e cada episódio terá 30 minutos de duração.

Daisy Edgar-Jones será Marianne e Paul Mescal será Connell.

Fonte: [x]

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Submarino.

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