25.10

Sinopse: Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse é um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, ela consegue entrar às escondidas no baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois, Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica.

Todo mundo aqui já deve estar familiarizado com a história da Cinderela: a menina que a madrasta mantem como uma empregada depois que o pai dela morre, a obrigando a fazer todos os deveres da casa e não a deixando fazer absolutamente nada por isso mesmo. O plano de fundo de “Um Perfeito Cavalheiro” é basicamente esse: Sophie era filha bastarda de um conde que nunca a reconheceu, obviamente, sempre dizendo a todos que ela era na verdade uma protegida dele, mas que todo mundo sabia qual era a verdade, incluindo pela semelhança física de Sophie com a mãe do Conde. Um dia quando esse Conde se casou, trouxe para casa não só a nova esposa, mas também as duas filhas dela que tinham a mesma idade de Sophie, fazendo a garota acreditar que enfim teria irmãs, mas não podia estar mais enganada.

Logo Sophie descobre que não importa o que ela faça, a madrasta simplesmente a odeia e, claro, como tudo sempre pode piorar, o pai de Sophie morre, a deixando apenas junto com a mulher e as meninas – e que a mulher só aceita que ela continue morando junto porque irá receber em dobro uma “pensão” do marido falecido, se ela concordar que a menina fique junto com ela até pelo menos a maioridade. Então, assim como em Cinderela, Sophie logo passa a ser tratada como uma empregada da casa, mas pior, porque a madrasta a maltrata toda vez que é possível fazer isso.

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“O que Sophie queria responder era ‘Estava quente quando eu o trouxe para você há uma hora, sua grosseirona preguiçosa’, mas o que falou foi:
– Trarei outro bule.”

Então a família Bridgerton dá um baile de mascaras bem na época das festas acontecendo em Londres quando as moças estão procurando por um casamento bom e bem, todo mundo sabe que os Bridgertons são os mais requisitados e ainda tem dois dos homens solteiros: Benedict e Colin. Logo a madrasta de Sophie fica desesperada de desejo que a sua filha mais velha consiga fisgar um dos dois, para que ela possa ter um casamento maravilhoso com uma das melhores famílias. Sophie, obviamente como a boa Cinderela que é, não tem autorização para ir ao baile e é aí que uma fada madrinha muito real, nada como a da Disney, aparece: uma das criadas da casa que viu Sophie crescendo, arrumou um vestido para a garota e uma mascara para que ela possa ir até o baile sem ser reconhecida e com a ajuda das mulheres que trabalham na casa, elas conseguem deixar a garota muito bem arrumada para ir até lá.

E é aí que nosso príncipe, que com certeza não se parece nada com um príncipe da disney, entra em cena como todo bom clichê: ele conhece Sophie no baile e fica completamente alucinado e encantado com aquela garota mascarada que não revela de forma alguma quem ela é de verdade. E assim como todo bom conto de fadas, quando bate a meia noite, Sophie tem que voltar correndo para casa, mas ao invés de um sapatinho de cristal, ela deixa com Benedict uma luva que diz a ele exatamente onde pode encontrar sua dama misteriosa, graças ao brasão da família que tem estampado nela. O que ele não esperava é encontrar uma madrasta no caminho dele que só apresenta as duas filhas e quando descobre que Sophie foi ao baile escondida, expulsa a garota de casa, a deixando sem nem ter para onde ir.

Dois anos se passam antes que Sophie e Benedict se esbarrem de novo, dessa vez com ele salvando ela de alguns garotos que queriam se abusar dela e ela fica em choque ao ver ele ali, mas ele não parece reconhecer de forma alguma que ela era a tal garota misteriosa e logo eles começam a se aproximar e criar um laço bem forte entre eles – mas será que esse laço vai ser capaz de durar mesmo depois que Benedict souber toda a verdade?

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“- Benedict? – sussurrou Sophie, se esquecendo de que ainda o chamava de Sr. Bridgerton.
Ele sorriu. Foi um sorriso pequeno e astuto, que fez um arrepio percorrer a espinha dela até outra parte de seu corpo.
– Eu gosto quando você diz meu nome – falou Benedict.”

Eu preciso assumir que, depois de Anthony, a minha barra de homens Bridgerton estava muito no topo (e ela ainda está!), então eu estava morrendo de medo de continuar as leituras e acabar me decepcionando com força e ok, eu não me decepcionei, mas Benedict não é nenhum Anthony e ele ainda segue sendo meu favorito (eu fiz a resenha do livro #2 “O Visconde que me Amava” e vocês podem ler clicando AQUI). Claro que se eu for comparar Benedict com o príncipe mesmo da Cinderela, que mal e porcamente tem alguma fala, eu vou dizer que ele é absurdamente superior a ele e Sophie certamente se deu muito bem.

Mas, quem ganhou meu coração nesse livro, foi Sophie. Eu conseguia entender toda a angustia dela com tudo que estava acontecendo ali (que não vou entrar muito em detalhes por motivos de spoiler), mas gostei que, mesmo com toda a merda que ela passou, ela ainda assim mantinha a cabeça erguida e não se deixava abater pelas coisas ruins, sempre tentando pegar o que tinha de melhor em cada situação.

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“- Você é desprezível – disparou ela.
– E você parece a heroína de um romance muito ruim – respondeu ele. – Qual era mesmo o livro que estava lendo hoje de manhã?”

A madrasta de Sophie teve uma cena que ela veio toda com uma vibe “Valentim Morgenstern” falando que odiava Sophie porque o pai da menina a amava, mas por favor, se ele a amasse tanto assim, nunca teria tratado ela como uma bastarda: e ok, eu entendo como as coisas funcionavam naquela época, que não era assim da forma como é hoje em dia, mais liberal, mas mesmo assim não pude deixar de achar o homem um péssimo pai, ainda mais com ele parecendo tratar melhor as filhas da esposa dele que eram apenas enteadas dele. Enfim.

A construção do casal também foi algo que me agradou muito: enquanto no segundo livro, entre Anthony e Kate, nós temos o clássico “enemies-to-lovers”, Sophie e Benedict exalam angustia e sofrimento do inicio ao fim, desde a parte que eles se reencontram novamente até o final, você sempre fica naquela tensãozinha de “mas e se não der certo?”

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“- Eu posso viver com você me odiando – disse ele em direção à porta fechada. – Só não posso viver sem você.”

Eu gostaria de indicar esse livro para pessoas que gostam de um bom romance mesmo, desses cheios de clichês – e mesmo se você não gostar, dê uma chance porque pode acabar te surpreendendo. Foi o que eu fiz e eu não me arrependo de nada! (Agora se você já é fã dos Bridgertons, venha conversar com a gente e nos falar no twitter qual é o seu irmão ou irmã favoritx <3)

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